12 março 2009

sabedoria



Tendo identificado em posts anteriores o principal defeito da mulher portuguesa ou de tradição católica - a sua falta de julgamento e a sua consequente incapacidade para tomar decisões - gostaria agora de passar a tratar a sua maior qualidade. Aquilo que vou dizer surgirá provavelmente como uma surpresa ao olhos do leitor menos atento, mas deveria ser previsível para quem tem seguido até aqui o meu argumento. Trata-se da sua sabedoria.
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A mulher, escrevi anteriormente, é mais representativa do povo português do que o homem e, por isso, representando melhor do que o homem o maior defeito do povo português - a sua falta de julgamento - também representa melhor do que o homem a maior qualidade do mesmo povo - a sua sabedoria.
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Deixarei o tratamento mais desenvolvido do tema para o próximo post, reservando para este algumas notas prévias que são essenciais ao argumento. A primeira é a resposta à questão que provavelmente surpreenderá muitos homens: "O quê, as mulheres mais sabedoras do que os homens? Mas então não é nelas que se encontra menos desenvolvida a capacidade da racionalidade? "

É certo que a capacidade da racionalidade, que se traduz no argumento racional implacável, na lógica pura e dura, e na capaciadde para julgar, está mais desenvolvida no homem do que na mulher. A racionalidade exige afastamento (detachment) em relação às coisas e às pessoas, e é esta capacidade de afastamento que não existe nas mulheres. Mas é precisamente a maior proximidade das mulheres às coisas e, sobretudo, às pessoas que lhes confere uma capacidade de aprendizagem que não existe nos homens - a emocionalidade. Refiro-me aqui claramente à chamada inteligência emocional ou ao sexto-sentido feminino.

A razão está obviamente na sua condição de mães. Durante o período da gravidez, a mulher tem uma proximidade e uma intimidade com o ser humano que o homem nunca experimenta. Durante o primeiro ano de vida, pelo menos, essa proximidade prevalece e é a mãe que, perante um ser humano que não sabe exprimir-se, lhe adivinha os estados físicos e da alma, se tem fome ou sede, se está doente, ou com frio, se está triste, ou simplesmente quer mimo. Esta proximidade íntima com outros seres humanos o homem nunca a tem.
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Segue-se que a inteligência emocional ou o sexto sentido da mulher é uma forma de ela adquirir sabedoria que não recorre à razão. Exprime-se meramente olhando para os outros, às vezes nem isso é preciso, adivinhando-lhes os estados de alma, antecipando o que eles querem sem que eles tenham necessidade de abrir a boca. Através da sua emocionalidade superior, a mulher tem formas de saber que nunca estão disponíveis para os homens.
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O segundo ponto que gostaria de fazer vincar aqui é que a mulher tem com o seu filho-rapaz uma relação muito diferente daquela que tem com uma filha. Este é um tema que desenvolverei mais tarde. Mas, sendo esta série de posts dirigida aos homens que pretendem ser elite em Portugal, gostaria de deixar claro que nos próximos posts me ocuparei sobretudo da relação da mãe com o filho-rapaz. Primeiro, para afirmar que a primeira fonte de sabedoria para um rapaz é a sua própria mãe e, depois, mesmo depois de adulto, são as mulheres. O argumento que estou a antecipar aqui é que o homem que pretende ser elite deve aprender a sabedoria com o povo, como já afirmei anteriormente, mas agora vou mais longe. Deve aprendê-la mais com os mulheres do que com os homens, porque é nas mulheres que a sabedoria está em primeiro lugar na nossa cultura católica.
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Finalmente, um aviso para o jovem adulto da nossa cultura que deseja ser elite. Não tente enganar as mulheres da nossa cultura. Quase de certeza vai-se sair mal, vai ser apanhado. E vai ser apanhado no momento em que menos espera e pela via por que menos espera. Ela lê-lhe a verdade nos olhos e nos gestos. Por outras palavras, não arme em chico-esperto com elas, porque elas têm mais sabedoria do que você.
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Na realidade, se a grande contribuição que um homem pode dar à vida de uma mulher é a sua capacidade de julgamento, a grande contribuição que uma mulher pode dar à vida de um homem é a sua sabedoria. Sem uma mulher ao seu lado, a vida de um homem será miserável, não necessariamente em termos económicos, mas em tudo o mais que faz a qualidade da sua vida.

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