15 agosto 2007

o escalpe de um banqueiro


Segundo os jornais, o Dr. Teixeira Pinto anunciou que encara a possibilidade de se retirar do cargo de presidente executivo do banco se, por sua vez, o Engº Jardim Gonçalves abandonar a presidência do conselho superior.
Não vale a pena reforçar o ponto de que o Dr. Teixeira Pinto ocupa o lugar que ocupa por inteira responsabilidade do homem cuja cabeça quer agora ver simultaneamente decepada com a sua.
Mas talvez não fosse de todo inconveniente recordar que um banco não é um partido político, uma agremiação recreativa ou um clube de futebol. Que é um tipo de instituição que tem regras muito particulares, digamos, conservadoras, onde há certas coisas que não caem particularmente bem. Pedir as cabeças dos fundadores dos bancos, por exemplo.
Imagine-se o que seria do sector se, amanhã, um qualquer colaborador do Dr. Manuel Ricardo Espírito Santo lhe pedisse o toutiço, um futuro herdeiro de Dr. João Rendeiro lhe fizesse o mesmo, ou o Dr. Fernando Ulrich reclamasse o escalpe do Dr. Santos Silva. Não caía bem, pois não?
Pois é, se calhar, por este tipo de ideias, que o Dr. Teixeira Pinto tem visto os accionistas mais tradicionais que o apoiavam, a marcharem a velocidade acelerada para o regaço do Engº Gonçalves.

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