25 maio 2007

weimar

Santana Lopes anda farto da sua reforma política antecipada e de estar sentado, sem fazer nenhum, no «jardim dos passarinhos» da política portuguesa em que, segundo as suas próprias palavras, se transformou o nosso Parlamento. Para quebrar a rotina, chamou «nazi» ao seu partido e, pensa-se, inevitavelmente ao seu líder, o Dr. Marques Mendes, assim convertido no Adolf Hitler da III República. Ofendido, o seu companheiro de partido, o Comandante Azevedo Soares (um «Comandante de Terra Seca» que não conhece o doce sabor da «vitória», segundo Santana), vê «despeito, ressentimento e ambição» nas palavras do antigo primeiro-ministro.
Distante destas polémicas, Adolf, digo, Marques Mendes, preferiu sentir-se insultado por Mário Lino, em vez de nutrir os mesmos sentimentos pelo seu antecessor. Por falar em Lino, «jamais» se viu tamanha inabilidade de um ministro da República a lidar com um assunto tão pesaroso quanto o da construção do aeroporto da OTA. Insulto maior do que as suas «desérticas» declarações sobre a Margem Sul, só mesmo o despautério do professor-do-Porto-que-insultou-Sócrates-e-que-é-do-PSD-casado
-com-uma-senhora-vereadora-da-câmara-do-Porto-daquele-partido. Mas esse, felizmente, já teve o que merecia, porque em Portugal as autoridades vigiam. Esfíngico, o Presidente Ramalho Eanes quer esclarecimentos
Era neste ambiente de desnorteio, que antigamente se davam os pronunciamentos militares que depunham os governos e arrastavam regimes. Como somos, agora, um país da «Europa», logo, bem comportado, essas coisas já pertencem ao passado. O enfado das pessoas, esse, com ou sem revoluções à mistura, agrava-se a cada dia que passa. Até quando, a ver vamos.

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