tag:blogger.com,1999:blog-19195748.post1895875525365527619..comments2023-11-05T11:18:01.427+00:00Comments on portugal contemporâneo: Grécia dá uma lição de democracia à Europarui a.http://www.blogger.com/profile/12719782890063965694noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-19195748.post-48584433302169975252015-07-14T09:34:19.751+01:002015-07-14T09:34:19.751+01:00(Continuação)
Outro exemplo. O estado disfunciona...(Continuação) <br />Outro exemplo. O estado disfuncional da Cultura/Turismo, que é de longe o de maior potencial do país. Foi depois da Troika que os horários dos museus foram alterados para estarem abertos mais horas, pois ali a conveniência era a dos funcionários públicos, não a dos visitantes. Imagine-se o que era ter de visitar a Ágora de Atenas até às 15.30h da tarde com aquele calor! Vá lá que agora no Verão o espaço fecha mais tarde. Também ninguém conseguia entender porque é que o Museu Nacional de Arqueologia tinha um horário e o novo Museu da Acrópole podia ter um horário alargado. Agora já está tudo mais ou menos uniformizado. <br /><br />O que me parece é que se os gregos se sentem humilhados não devia ser por terem de fazer o que está no novo programa, mas por não terem muitas daquelas coisas! Deviam sentir-se mal por pedirem um terceiro resgate, não por serem obrigados a fazer reformas. Não é possível um país da UE não ter registo da propriedade, não ter uma máquina fiscal, e ter uma economia puramente distributiva. Isto não é viável, muito menos na zona euro, que é um estádio de integração europeia muito mais exigente e competitivo (competitivo inclusive entre os Estados membros, daí os choques dentro do Eurogrupo...). É até duvidoso que a Grécia tenha estrutura para estar no euro, mas uma vez que já está, andam os outros às voltas a experimentar como é que o país pode deixar de ser um peso para os outros (sem os resgates, e sem acesso aos mercados a Grécia tinha "crashado" na hora). <br /><br />É por isso que os países de Leste, que passaram por tantos, ou até mais, sacrifícios do que os gregos para se adaptarem à UE, porque tinham o desígnio de saírem da órbita russa, que eles associam ao atraso económica e à opressão política, são tão intolerantes com os gregos. Os eslavos não entendem a volatilidade da Grécia.<br /><br />PS - Um jornal trazia em capa esta semana que o número de turistas portugueses na Grécia aumentou mais de 500% neste ano. Para a esquerda a Grécia deve ser a nova Cuba e então visitam o país por causa do Syriza, não por causa da cultura grega. Por acaso os brasileiros são dos povos que mais visitam a Grécia, daí que seja muito comum encontrar guias turísticos gregos que falam português (brasileiro). Por aqui se vê também o atraso de parte do nosso país...<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19195748.post-57235687087289280662015-07-14T09:33:44.589+01:002015-07-14T09:33:44.589+01:00Como tenho algum tempo, vou escrever um "test...Como tenho algum tempo, vou escrever um "testamento". Em Portugal toda a gente fala da Grécia, mas poucos sabem do que estão a falar.<br /><br />O dilema dos programas de ajustamento é que a Grécia, por ser parte da UE, é tida pelo FMI como uma economia avançada, mas não tem muitas das características de uma economia avançada, desde logo instituições credíveis, uma base industrial, e um Estado minimamente organizado; e por isso as premissas em que se baseavam os programas não estavam de acordo com o que que existe no terreno (para além de haver uma grande má vontade no país). A Grécia é sim um país fortemente subsidiado pela UE. Sempre recebeu mais fundos comunitários per capita do que Portugal, por exemplo.<br /><br />Vou só dar alguns exemplos. A Grécia tem muito pouca indústria, logo, tem pouco que exportar para além do turismo. Pelo contrário, importa 70% dos bens essenciais. O sistema financeiro grego está 15 a 20 anos atrasado em relação ao português (por isso é que o endividamento privado também é muito mais baixo lá...). O BCP chegou lá e foi "faca na manteiga", estava muito à frente da concorrência grega em tudo. O comércio também está muito atrás do nosso. No entanto, antes da crise o ordenado mínimo grego era 900 euros (hoje são 750 euros e os credores querem que desça mais) e o salário médio era 1500 euros. Como é que se pagava isto? Com dívida. E atenção que a dívida pagava coisas muito boas, como por exemplo livros grátis para os estudantes desde a escola primária até à Universidade, mas era dívida na mesma. <br /><br />Uma dívida que já era galopante antes dos resgates, só que eles não ligavam a isso. Um grego com quem falei, dos mais esclarecidos porque tinha uma boa formação de base económica e curiosamente até fala português brasileiro, disse-me a que a Troika na Grécia tinha como bitola Portugal. Ou seja, a Troika queria que a Grécia se alinhasse por Portugal, porque para os credores a Grécia não tem economia para pagar mais salários e pensões do que Portugal. Mas os gregos achavam isso uma barbaridade...<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19195748.post-47425827981162644672015-07-13T21:22:37.206+01:002015-07-13T21:22:37.206+01:00Será que falhou?Será que falhou?Ricciardihttps://www.blogger.com/profile/03372123859451394771noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19195748.post-75666826980736407892015-07-13T21:22:36.318+01:002015-07-13T21:22:36.318+01:00Será que falhou?Será que falhou?Ricciardihttps://www.blogger.com/profile/03372123859451394771noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19195748.post-88800191578143503472015-07-13T21:22:28.164+01:002015-07-13T21:22:28.164+01:00Será que falhou?Será que falhou?Ricciardihttps://www.blogger.com/profile/03372123859451394771noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19195748.post-5872090295393742272015-07-13T20:58:12.185+01:002015-07-13T20:58:12.185+01:00Hoje os "tugas" estão consternados. Não ...Hoje os "tugas" estão consternados. Não se conformam com a "violência" sobre o Tsipras. Devem pensar que a segunda principal moeda mundial é para brincar. É pena que não experimentem o que seria uma crise do euro a sério, se os responsáveis europeus dessem ouvidos à tralha que andou a levar o Syriza ao colo. E uma crise do euro seria os mercados atirarem-se à moeda - como se atiraram às dúvidas soberanas dos países da periferia - se deixassem de confiar na governação política e económica da moeda única. Foi este, aliás, o intento do Varafukis, mas falhou. Temos pena.<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.com