24 janeiro 2016

o factor X

Mais de 30% dos portugueses eram analfabetos por alturas do 25 de Abril de 1974.

Victor Bandarra, O factor X - CM, hoje

Em 2005, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou que 48% dos portugueses não conseguiam perceber o que liam ou tinham dificuldade em entender parte da informação (enquanto a taxa de analfabetismo literal se situava situava entre os 9% e os 5%).

Expresso, 14/09/2015

Comentário: "É preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma"; não adianta baixar o nível do ensino e dar diplomas a toda a gente. Na prática, o resultado é o mesmo.

9 comentários:

Zephyrus disse...

Eram analfabeto apenas e porque começámos tarde a resolver o problema com o uso da força. Acho que foi lá para os anos 50, depois do Salazar ter enchido as terriolas de escolas que hoje estão abandonadas.

Esta conversa do analfabetismo mete nojo.

Zephyrus disse...

Sempre que se tentou punir as famílias por não deixarem os miúdos na escola o Parlamento nunca aceitou. Foi preciso uma ditadura para resolver o analfabetismo. Esta é a verdade. Em democracia, o analfabetismo não teria fim. Nos países luteranos a comunidade destrói a ralé. Nos países católicos, têm de ser ditadores de Direita a pôr o povo em sentido.

Rui Alves disse...

De acordo, Zephyrus. A minha avó nonagenária conta que para conseguir ter a 4ª classe (anos 20-30), a minha bisavó teve que fazer frente ao meu bisavô, que achava inconcebível mulheres estudarem.

Rui Alves disse...

Acrescente-se que mais de 75% dos portugueses eram analfabetos em 1936.

Rui Alves disse...

Perdão, queria dizer em 1926

Ricciardi disse...

Povo pouco educado não pode, nem podia, produzir bons frutos.
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A democracia trouxe uma coisa boa. Literacia. Saber ler, escrever e fazer contas. Ensino obrigatorio e universal. Mas ainda há uma geracao mais velha, acima dos 50 anos, que entra para as estatísticas.
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O ensino pode ser bastante melhorado, porém, aquele que temos agora produz excelentes engenheiros, ciências medicas, arquitectos e Economistas/gestores. Capazes de competir com qualquer engenheiro estrangeiro de qualquer universidade. As engenharias portuguesas são mui apreciadas pelas multinacionais. Da América à Alemanha. Vêm a Portugal recruta-los.
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O que falta a Portugal é investimento para formar super elites. Para aqueles com capacidades maiores. Não temos um MIT que dê possibilidade de ir mais longe.
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Rb

Zephyrus disse...

O problema da iliteracia resolve-se com autoridade e exigência. Com um modelo de professor e de escola que o sistema político não aceita.

Gostaria era de ver números do tempo médio para terminar cursos em Portugal ou das reprovações em cursos universitários. Consta que são dos mais elevados da Europa. Um dia virá um Salazar que expulsará das universidades quem reprove e quem ande a brincar às praxes. E assim as reprovações terão fim.

Nos países católicos os problemas com frequência só têm solução assim, pois cada um acha-se no direito de ter uma opinião diferente da do vizinho e ninguém se entende, ninguém consegue aceitar uma estratégia de acção comum. Uns dizem que deve haver exames no quarto ano, outros no sexto, outros provas de aferição, outros que não se deve avaliar nada. Há alguém sensato que diz, vamos fazer um estudo isento e decidir racionalmente. Mas de nada serve, a balbúrdia continuará sem ninguém se entender até que apareça um Homem autoritário que faça a coisa certa por vezes impondo-a recorrendo à violência.

Infelizmente foi assim que o Franco, Getúlio Vargas, Pinochet ou Salazar conseguiram resolver muitos problemas que durante décadas não tinham tido solução nos países que Governaram.

Aposto que se Franco governasse, não haveria aborrecimentos com a Catalunha nem com o Podemos, e a Espanha cresceria mais de 3% ao ano.

Ricciardi disse...

Eu aposto que se nos atassem as maos não escrevíamos.
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A liberdade, o investimento, o mérito individual produzem bons resultados. Pode dar-se o caso, raríssimo, de que o autocrata seja um ser que promove a liberdade, o investimento e o mérito individual. Mas normalmente induzem compulsivamente orientações miseráveis. Seja o autocrata de direita ou de esquerda.
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Apostar no raríssimo não é boa opção.
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A Opção é melhorar o acesso, qualificar quem acede e investir.
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Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.