27 outubro 2015

a OMS está descredibilizada

“If you got everything that the WHO said were carcinogenic and took it out of your daily requirements, well, you are kind of heading back to a cave,” he told ABC radio on Tuesday.
He said just living in a city like Sydney was likely to expose people to all kinds of cancer risks.
“If you’re going to avoid everything that has any correlation with cancer whatsoever – don’t walk outside, don’t walk down the streets in Sydney, there’s going to be very little in life that you do in the end.”
PS: Sugestão do Rui Alves, na caixa de comentários.

20 comentários:

Anónimo disse...

“If you’re going to avoid everything that has any correlation with cancer whatsoever..."

Nem reparou que o ministro não deixa de reconhecer a correlação ;), dando razão à OMS.... A única coisa que o ministro diz, estupidamente, é que não se pode evitar tudo o que potencialmente provoca cancro. Dah. Nem a OMS, nem os médicos, proíbem nada.
Licenciado Joaquim, se o seu médico lhe disser que consumir isto ou aquilo pode fazer mal, não tem de se fechar em casa, com medo.

Rui Alves disse...

Anónimo
Penso que lhe escapou a ironia com que a palavra correlação é empregue pelo ministro neste contexto.

Rui Alves disse...

De mais a mais, os tarados dos estudos cancerígenos recordam-me aquela velha anedota médica:

"Senhor doutor, acha que consigo viver até aos cem anos?"
"O senhor fuma?"
"Não."
"O senhor bebe?"
"Não."
"Anda em festas, faz vida nocturna?"
"Também não."
"Mas então, por que raio quer viver até aos cem anos?"

Anónimo disse...

Rui Alves, não me escapou nada. A OMS faz um estudo cientifico, que deverá será contestado, obviamente, em termos cientificos, por quem o souber. O resto é piada fácil, ainda que com graça. Essa sua anedota está gira, por exemplo. O ministro lá fez também a sua graça.
Dizia ontem na televisão uma representante de uma associação portuguesa de restaurantes que as pessoas deviam aprender a ler o relatório da OMS. Evitar-se-iam os foguetórios, num sentido, ou noutro. Quem é que falava muito aqui no blog na "populaça"...;)

Rui Alves disse...

E algures como disse o Rui Silva, e bem, é fácil confundir correlação com causalidade. Correlação é um valor numérico, objectivo, concreto, obtido por uma determinada fórmula. E de facto, uma correlação forte pode indiciar uma relação de causa-efeito. Mas obtê-la é que são elas...

Tecnicamente falando, essas ditas "correlações" que valor absoluto apresentam? Que valores lhes devolveram as fórmulas (se é que as usaram)?São superiores a 90%? Ou a 95%? Se for isso, são altamente significativas e esses fulanos têm um estudo valioso nas mãos. É de 80%? Então pode indiciar uma relação de causa e efeito, mas é estatisticamente fraca. Abaixo disso (o que eu acredito mais), é puro exercício de fé ou de wishful thinking. Correlações abaixo de 80% simplesmente são lixo estatístico.

Quando esses supostos "especialistas" falam que obtiveram correlações, acredito que estão a fazer uma brutal confusão e apenas intuiram, de modo subjectivo, relações de causa e efeito.

Rui Alves disse...

Anónimo
É fácil contestar em termos científicos. Eles que divulguem as amostras estatísticas usadas no estudo, e com uma folha Excel aplicamos a fórmula da correlação linear, um teste de Qui-quadrado com um intervalo de confiança de 90%, ou um teste de Kolmogorov, seja o que for, o teste de significância estatística mais adequado ao contexto.

Os bons estudos, credíveis, afirmam sempre "admite-se uma probabilidade de erro de x nestas conclusões", onde x deve ser preferivelmente menor ou igual a 5%.

Anónimo disse...

Rui Alves, não sei se será fácil. A OMS é uma sociedade secreta e não cederá assim tão facilmente a metodologia. Acho que estão apostados em incentivar o consumo de repolho, cenouras e bacalhau; é a máfia da vitamina e do ómega 3, mais conhecida como “confraria do bacalhau com todos”. Cuidado também com esse tal Kolmogorov, que me parece suspeito. Um dos vilões do james bond tinha um nome parecido.

sampy disse...

Ó anónimo, não precisas de dar grandes asas à tua imaginação. Basta pensares que estamos em Novembro. É a época de "mostrar" trabalho, na hora de se acertar o financiamento para o próximo ano. Desde que os media engulam os relatórios, tudo está certo.

Rui Alves disse...

Anónimo, com essa piada do Kolmogorov lembrou-me esta velha anedota, do tempo dos telegramas:

Lisboa mandou um telegrama para o Instituto de Meteorologia e Geofísica
de Luanda avisando:

1 - MANIFESTAÇÃO SÍSMICA. STOP.
2 - 7 DE RICHTER. STOP
3 - EPICENTRO A 3 KM DE LUANDA. STOP
4 - TOMAR PRECAUÇÕES. STOP

Dois meses mais tarde respondem de Luanda:

1 - MANIFESTAÇÃO FOI TRAVADA.
2 - LIQUIDAMOS OS 7, MAIS O RICHTER.
3 - O EPICENTRO E SEUS CAPANGAS ESTÃO DETIDOS.
4 - DESCULPEM NÓS SÓ AGORA RESPONDER, MAS HOUVE AQUI UM TERRAMOTO
QUE IA DANDO CABO DESTA ***** TODA.

Anónimo disse...

sampy, o mais engraçado é que já sabe há muito que as carnes vemelhas e processadas são potencialmente cancerígenas. Qualquer médico lhe dirá para moderar o consumo de carne, por causa disso mesmo. Portanto, se a OMS publicasse agora um relatório a desdizer isso tudo, afirmando que o consumo excessivo dessa carne até preveneria o cancro, teria mais impacto. Venderiam uns milhões de relatórios a mais e fariam uma pipa de massa.
Mas têm de se decidir: ou aqueles cientistas são fanáticos anti-carne, ou são meros materialistas que apenas querem ganhar o seu dinheirinho. Acertem lá a teoria da conspiração.

zazie disse...

Cientistas?

Gente que diz uma coisa num dia e outra oposta daí a uns anos?

Cientoinice é esta fé em tudo o que aparece com a chancela da dita "ciência".

Tanto dizem que gorduras provocam colestrol como daí a uns anos afirmam que afinal é ao contrário.

Tanto recomendam margarinas como daí a uns anos voltam à manteiga e por aí fora, Não há uma única cena proibitiva que daí a uns tempos não se apresente como o inverso.

Quanto ao cancro, é chato mas as únicas pessoas que conheço que o tiveram, eram fanaticamente ambientalistas e seguiam à letra todas estas pancas.

zazie disse...

O resto é mais que óbvio e sempre o souberam os antepassados- caçar e comer logo a seguir é mais saudável, até porque obriga a fazer ginástica para apanhar o animal.

Comer coisas em putrefacção disfarçada é bom para as hienas.

zazie disse...

Os japoneses têm aquela cena de comer peixes vivos. Matam-nos e cortam logo ali e misturam com molhos.

Mas é um requinte que era apenas usado entre castas superiores.

De resto, o kuru é fruto de canibalismo.

zazie disse...

Das vísceras, porque só as mulheres e as crianças ficavam com a porcaria da mioleira. A carne melhor era para os chefes.

Consta que o Alzheimer é uma variação priónica do kuru dos canibais.

sampy disse...

Anónimo, se eles publicassem um relatório em sentido contrário, todos iam querer conferir os números para perceber a reviravolta. O que implicaria que teria de ser um relatório muito bem fundamentado. Ora, isso implicaria muito trabalho.
O melhor mesmo é chover no molhado: recicla-se os relatórios anteriores e toca a bater no ceguinho. Como o pessoal já está habituado à cantiga, poucos quererão tirar a limpo os números da tal correlação. E assim, com pouco esforço se produz mais um documento assente em indícios e suspeitas que passa como novidade.

Anónimo disse...

Sim, sim, sampy, porque, como toda a gente sabe, leste o relatório, analisaste-o e acha-lo mal fundamentado. Pois claro. Até à vista.

sampy disse...

Ó anónimo, achas assim tão difícil obter informação?

http://www.iarc.fr/en/media-centre/pr/2015/pdfs/pr240_E.pdf

Aprende, que eu não duro sempre...

Anónimo disse...

Eu disse que era difícil obter informação? E mandas-me um link? Hahaha! Ó valha-me Deus… Tu vais à net e até obténs um estudo de 500 páginas sobre a teoria da relatividade. Ler, analisar e discutir criticamente é outra coisa completamente diferente. Tu ainda estás na fase do “é pá, aqueles gajos são uns aldrabões que querem é tacho…”. Infantil.
Eu acho que duras para sempre. Mas podes viver uma eternidade que eu não aprendo nada contigo sobre este assunto.

Anónimo disse...

Imbecil

sampy disse...

Ó anónimo, mas queres obrigar-me a fazer-te um desenho? Não és capaz de perceber que o link que eu deixei é o que está na base do noticiado? Ou será que já recebeste pelo correio o volume 144 das Monografias da IARC?

Estás com especial dificuldade em dar conta da hábil mistura de termos qualificativos relativamente aos dados/evidence? Não reparaste na maravilhosa síntese do único valor avançado (cada dose de 50 gr consumida diariamente equivale a um aumento de risco de 18%)? Estarás preparado para saborear a deliciosa sentença das Q&A: depois de 20 anos e mais de 800 estudos, "eating red meat has not yet been established as a cause of cancer"?

Deixa-te de presunções, pá. Está provado que te causam cancro na inteligência...