21 maio 2015

o Estado e o Zé Povo


O E. gastou durante anos acima das suas possibilidades e há 5 anos foi à falência. Nenhum banco lhe emprestava “guito” e o nosso E., por sugestão deste gajo, recorreu à família. Ameaçou o pai Z., e este, amedrontado, aumentou-lhe a mesada, à custa dos cartões de crédito e de empréstimos pessoais.
Com as suas contas reequilibradas, o E. anda por aí a gabar-se de que já tem crédito no mercado e a juros negativos. É uma pessoa esforçada e séria.
Por outro lado, o Sr. Z. anda num sufoco, a pagar juros usurários para suportar o aumento da mesada do E.
Como a maior parte dos portugueses não percebe patavina de economia, deixo aqui esta historieta, em que se substituírem E. por Estado e Z. por Zé Povo, ficam com uma ideia muito clara do que se está a passar.

5 comentários:

Ricciardi disse...

O caro Joachim está, e bem, um keynesiano. Pois é, Keynes, a pedra no sapato, fartou-se de dizer que, os problemas dos estados resolvem-se com privados mais fortes e não ao contrario. Quer dizer, resolvam-se os problemas das empresas e dos particulares que os do estado resolvem-se por simpatia.
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O "gajo" fez ao contrario. Achou q os problemas do estado se resolviam recorrendo ao resto do pessoal, empobrecendo-o.
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Agora, temos o estado satisfeito e com as contas direitinhas (coladas a cuspe), e o resto do pessoal aflito, ao ponto de ter de recorrer a créditos para satisfazer o estado. A créditos e ao próprio património q lá conseguiu juntar. Os milhões de penhoras são disso prova cabal.
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O que é q Keynes teria proposto?
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Obras publicas? Não. Ele defendia isso se o endividamento fosse baixo.
Impostos reduzidos? Sim.
Cortes salariais e sociais e despedimenyos? Sim, mas só quando os privados pudessem absorve-los, nunca faze-lo quando esses cortes na despesa provocam outras despesas que os substituem.
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Desvalorização da moeda? Sim. Injectar um superavtive de supetao na balança. Forte e contundente.
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Rb

Ricciardi disse...

Ele há coisas q me tiram do sério. Embora continue a dormir tranquilamente. Entramos no programa de ajustamento com uma divida de 102% (já com as cenisses não contabilizadas). Estamos com 130%. Ora, isto são mais, xacaber, uns 51 mil milhões de acréscimo na dívida.
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51.000 / 4 (anos) = 12.500 milhões. Isto é, o défice real é 7,5% ano em média.
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De onde 2.000 milhões e 1500 milhões, q perfaz 3.500 milhões, são devidos a acréscimos nos subs desemprego e baixa na receitas da SS.
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Parabéns ao "gajo".
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Parabéns adicionais tendo presente q, para corrigir o desvio de 3.500 milhões, o " gajo " tenha recorrido a maiores taxas de imposto.
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Se nao ia a mal, tinha q ir de qualquer forma. Os impostos é o q está ali mais à mao de semear.
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De forma que, se o défice está agora nos 4,5% (défice falso, o verdadeiro está nos 7,5%), dizia, se o governo quiser baixar taxas de impostos para os níveis anteriores, o défice falso passaria para quase 8%. O verdadeiro, esse, voltava aos 10%.
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Em suma, o governo já não pode viver sem txas de imposto ao nível actual.
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O q me leva a crer q o investimento privado nunca mais vai crescer como devia. Ninguém é maluco para investir com esta carga fiscal. Refiro-me ao investimento de pequena dimensão. Os de grande dimensão estão noutro plano, de acordos directos com o governo. Mas são os pequenos investimentos, dos piquenos empresários, q podem fazer a grande diferença na criação de emprego e, consequentemente, nas receitas da SS e na redução dis subs desemprego.
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Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Euro2cent disse...

> O verdadeiro, esse, voltava aos 10%.

Resumindo, ainda estamos a rebolar pelo penhasco abaixo de que nos mandaram.

Apesar da publicidade em contrário.

Anónimo disse...

Fala com respeito que há aqui quem tenha fodido a Sara