01 março 2015

Nem todas as discriminações são iguais

Para uma pessoa que considere que um estabelecimento aberto ao público continua a ser um espaço privado igual a uma residência, onde os donos devem ser livres de discriminar quem entra sem qualquer problema, não há discussão possível. Sendo uma posição altamente defensável, na minha opinião, não é para esses que este post é escrito. Este post é para aqueles que consideram que um espaço aberto ao público, mesmo sendo propriedade privada, está sujeito a algumas regras de convívio público.

A sociedade respeita o valor da privacidade. Concluiu também que, na ausência da possibilidade  estarem sozinhas, as pessoas sentem a sua privacidade mais respeitada quando rodeadas de pessoas do mesmo sexo. Preferem, por exemplo, cuidar da sua higiene pessoal longe de pessoas do sexo oposto. Não é a possibilidade de pessoas de sexo diferente se verem nuas que faz com que haja casas de banho distintas para homens e mulheres (isso resolveria-se facilmente com cabines), mas sim o facto de que homens e mulheres (principalmente mulheres) preferem fazer certos actos de higiene pessoal sem terem pessoas do sexo oposto por perto.

No entanto, a sociedade não respeita o racismo. Por isso é que o argumento de que permitir a restrição da entrada a mulheres levaria eventualmente a que se permitisse a proibição a pretos ou a ciganos faz pouco sentido. A proibição da entrada a homens baseia-se num valor partilhado pela sociedade, a privacidade, enquanto que a proibição da entrada a pretos se basearia num valor que a sociedade não partilha: o racismo.

A histeria em torno da barbearia Figaro's deve-se mais ao facto de não estarmos habituados a ver os homens como um sexo que também aprecia a privacidade. Se um cabeleireiro feminino afixasse um cartaz onde se dissesse que só era permitida a entrada a mulheres e gatos, a situação passaria despercebida.

12 comentários:

José Lopes da Silva disse...

http://www.vivafit.pt/

zazie disse...

Uma anormalidade protagonizada por mulheres barbudas de ambos os sexos.

Berravam que nem umas malukas

zazie disse...

è uma barberaria vintage. Nas barbearias costumava perguntar-se; cabelo ou barba.

As malucas querem ir lá fazer a barba.

zazie disse...

A histeria foi de encomenda e é pura merda do BE.

marina disse...

e gente maluca . eu odeio ver homens no cabeleireiro , por exemplo. e nao tenho interesse nenhum em ir ao barbeiro. o ter lesbicas a lutar em nome de todas as mulheres e que devia ser proibido , dispenso as taralhoquices delas .

Euro2cent disse...

Havia um album do Astérix, La Zizanie salvo erro, onde constava um personagem desprezível a atear o conflito e desacordo onde quer que fosse.

É assim que os nossos donos se servem do liberalismo (de "esquerda" ou "direita"). Dividir para reinar - quer dizer, governar republicana e democráticamente.

Não é defeito, é feitio.

zazie disse...

Lésbicas e lésbicos. Não viste aqueles idiotas aos gritinhos, vestidos de mulher a também quererem fazer a barba numa barbearia para homens?

":O)))))))

marina disse...

ahhhhh :) :)😁😈

Pedro Sá disse...

Os pressupostos deste texto são inaceitáveis...e contrários à nossa Constituição, aliás. Um espaço aberto ao público não pode fazer discriminações. Sem prejuízo de evidentemente eu não suportar essas feministas...nem hipsters.

zazie disse...

ò palerma- nunca entraste numa barbearia?

Acaso as barbearias são para mulheres?

no meu bairro há uma e, como é óbvio, apenas entram homens.

No Martim Moniz até existe a mais antiga de Lisboa- apenas para homens, como sempre foram as barbearias.

Se a paneleiragem quer ir ao cabeleireiro, que vá.

A tara de sacar da lei é a tara jacobina.

E isto é mero proselistismo de grupo, como bem referiu a Marina.

zazie disse...

Há gente estúpida e outra que abusa na tara igualiatária.

Também mijas nas casas de banho das senhoras e acaso elas entram nos urinóis?

zazie disse...

Barbearia- vem da tradição dos cirurgiões barbeiros.

V.s têm a panca que o mundo começou no dia em que nasceram.

E têm a panca totalitária de uniformizarem tudo pelo código da lei, em nome dessa patranha contra-natura a que chamam igualdade.