18 fevereiro 2015

Cruzadas

Não seria impossível o Papa decretar uma Cruzada no Médio-Oriente evocando a doutrina de Guerra Justa, podia ser que Jerusalém cumprisse o estatuto de cidade internacional, como está previsto e que sempre fez sentido.

Isto se as coisas piorarem, o que não é impossível dado os sucessivos "sucessos" dos nossos geo-estrategas lambe-botas de ‪#‎neocons‬ (e que aparentemente querem simultaneamente comprar -uma guerra cristã na Europa com os russos).

Isto a propósito de "Cuatro mil soldados cristianos se preparan para reconquistar a Estado Islámico la meseta de Nínive".

Quem são estes voluntários? "Las NPU están formadas básicamente por voluntarios sirios cristianos". Os tais que costumam estar do lado de Assad.

Já os neoconservadores gostam de apoiar moderados islâmicos contra Assad pondo-se assim do mesmo lado do Estado Islâmico e Al-Qaeda. Mas depois escrevem noutros locais a jurar não existirem moderados islâmicos.

E para ajudar à guerra de civilizações tão desejada por uns, em vez de uma disputa territorial, só falta por a direita europeia aliada à esquerda a defender o direito infinito à blasfémia, apesar das suas próprias leis a criminalizar a ofensa a grupos...Ah, mas isso também já conseguiram.

PS: Com a ISIS à porta do Sul da Europa, será que podemos por os nossos soldados a defender o nosso território nacional em vez de andarem em missões lá fora a mando da agenda de #neocons?

4 comentários:

Anónimo disse...

essa de usar os "neocons" como insulto só menospreza quem o profere.

zazie disse...

Neocons é o nome deles- dos neo-trostskistas.

Se fosse insulto chamava-se-lhes Sissy Hawks

Harry Lime disse...

Uma cruzada? Era o que faltava...

Até porque as cruzadas foram para o equivalente para a Idade Média dos neo coneirismos do sec. XXI

Esses guerreiros cristãos de que fala o artigo limitam-se a proteger a terra deles.

Rui Silva

Euro2cent disse...

"Chickenhawks" tem alguma saída na imprensa, para designar os querem mandar os outros combater, mas não participaram numa das guerras que os EUA, por fatalidade, costumam ter em curso em qualquer altura.

> o equivalente para a Idade Média

Na altura ainda estava semi-fresca a conquista árabe de territórios que tinham sido império romano durante largos séculos. Não era bem ir meter foice em seara alheia.