28 janeiro 2015

genéricos

O Infarmed decidiu hoje retirar do mercado dezenas de medicamentos genéricos, seguindo as recomendações da Agência Europeia do Medicamento (EMA), devido a problemas detetados nos ensaios clínicos, anunciou hoje a autoridade nacional do medicamento.

Comentário: Nunca tomei medicamentos genéricos, nem eu nem a minha família. A decisão da EMA de suspender centenas de genéricos prova que a minha cautela tinha justificação.
Infelizmente, como prescrevo obrigatoriamente pela denominação científica, não posso garantir o mesmo grau de precaução aos meus doentes. É muito esquisita esta situação.

Post que eu escrevi em 2011:  É seguro para a população que os farmacêuticos possam, sistematicamente, substituir os medicamentos prescritos por genéricos? Não, não é seguro.

7 comentários:

lusitânea disse...

Nem mesmo o viagra?

Euro2cent disse...

A selecção de tópicos aqui da casa parece a do Diário de Notícias do Mefistófeles do Marquês - não se passa nada.

Quanto aos genéricos, deviam ser fabricados segundo as patentes expiradas. Ou há falta de competência no fabrico, o que é possível mas pouco plausivel, ou falta de verdade nas patentes.

Ou então as grandes farmaceuticas acham lucrativo caluniar e sabotar burocráticamente a concorrência que lhes diminui os rendimentos.

Hmm.

Certamente a honesta industria farmacêutica que rotineiramente empocha médicos com ofertas e viagens não iria fazer isso. De modo nenhum.

Josand disse...

Pois... Nos Hospitais usam-se maioritariamente genéricos e ao que se conta... não tem existido diminuição da qualidade.

Claro que Matthias Rath, Ben Goldacre nunca existiram...

Quem não o conhecer que o compra Dr Jaquim.

Luís Lavoura disse...

Uma coisa é os ensaios clínicos não terem sido bem conduzidos (que foi aquilo que aparentemente se passou), outra muito diferente é os medicamentos serem perigosos.
Eu diria que, com tanto uso que tantos genéricos já têm, os seus perigos não hão de ser grandes.

Luís Lavoura disse...

não posso garantir o mesmo grau de precaução aos meus doentes

Pode aconselhá-los a não comprar genéricos. Eles depois farão o que bem entenderem.

Não é o Joaquim que gosta muito da liberdade? As pessoas devem ser livres de escolher tomar o genérico ou o patenteado.

Ricciardi disse...

«Nunca tomei medicamentos genéricos, nem eu nem a minha família.»
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Pois, o caro Joachim não confia. E faz muito bem.
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Eu tambem não confio. Desconfio. Mas ele há um organismo que nos faz o favor de analisar os medicamentos. Sem ele, meu caro, nem genéricos, nem os outros marchavam.
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Nem nas cebolas confio. Muito menos nas cenouras. Na carne prefiro nem pensar. Por isso é que tenho a minha hortinha. Não é tão grave como medicamentos manhosos, é certo, mas tambem não é coisa de somenos importancia.
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Digamos, cenouras infestadas de pesticidas dão-nos a garantia de uma morte lenta ao passo que medicamentos marados deve ser coisa mais rápida.
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O que o caro Jaochim revelou (embora eu já o soubesse) é que não acredita na sua ideologia libertária quando esta toca em coisinhas importantes, como a saúde da sua familia.
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O mercado é bom. O mercado é muito bom. O mercado é indispensável para tudo... excepto quando a saúde da sua família está em jogo.
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Estou consigo. Estamos juntos. Eu tambem sou assim tão libertário.
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Rb

Anónimo disse...

Um medicamento é uma mistura de pózinhos e que, no máximo, é tão complexa de fazer como seguir uma receita culinária. Querer transformar isto num assunto tipo teoria das cordas ou é mistificar ou é disparatar...
Já descobrir um medicamento é outra coisa completamente diferente! Mas o texto não é sobre descobrir um novo medicamento: é sobre como fabricar em dose industrial um determinado tipo de medicamento.
Suspeito que as «atenções» dispensadas pelos delegados de propaganda médica (pagas com 8 palmos de língua pelos doentes) sejam o leitmotiv deste assunto.
;-)