29 dezembro 2014

Previsão prestes a ser confirmada: aborto a ser criminalizado para sobrevivência do Estado Social

Que é aquilo que preocupa os colectivistas, de esquerda e direita.

O facto de ser precisamente esse Estado Social a destruir o incentivo ao "estado social" natural da família e comunidade próxima, (com filhos, primos, tios, avós) e criar o indivíduo atomizado cujo estado social liberta da necessidade de estar inserido numa relação recípocra afectiva mas também de inclusão/exclusão de deveres, não os preocupa, nem sequer à direita, sempre presa ao conservadorismo estupidificante do "se hoje é assim, assim deve manter-se porque ontem já assim era, e o que agora é, é o colectivismo das relações sociais, e eu tenho horror a mudar o que seja, nem que o agora de hoje tenha sido o construtivismo de ontem", e mesmo que isso represente a sua anulação.

Dado que os jovens, em tempo de investimentos sucessivos (casa, carro, filhos) têm de pagar o não-trabalho de idosos que deviam ter acumulado poupança (e continuar a trabalhar enquanto têm condições físicas e mentais para isso) e dado os riscos e custos de desagregação (divórcio unilateral na hora) o caminho... é a baixa natalidade.

Caminho imediato seria limitar a pensão de reforma a um valor fixo de sobrevivência (limitando contribuição), penalizar em termos de TSU quem tem menos de 2 filhos - e que poderiam ser adoptados (dado não gerar os dois contribuintes que sustente a lógica do sistema de transferências que tanto adoram). O melhor seria acabar de todo com o sistema levando ao tradicional comum a todos tempos: ter filhos também como protecção.

Claro que o caminho vai ser o oposto, alegremente adoptado pela direita (não vai o aborto ser proibido?). A seu tempo serão medidas repressivas e de colectivização da natalidade, a procriação por biotecnologia que libertará finalmente a mulher...e os géneros. E neste ponto... o aborto passará novamente a ser livre e subsidiado.

Agora a criança será uma variável macro-económica, educada para se constituir como o bom cidadão, o individuo a quem tudo é permitido (liberto de qualquer sanção social) e lhe é dado... menos prejudicar ou opor-se à perpetuação e engrandecimento da vontade geral.

A bem da civilização esperemos, que se a mudança de rumo não for possível, que tal como na URSS, o sistema simplesmente impluda.

PS: Já agora, contas simples indicam que quem paga 20% IRS veria o salário líquido subir... 50% com fim TSUs. Mesmo assim, sistema tem de recorrer ao OE (IVA consignado e outras transf.) dado receita própria já estar longe de ser suficiente.

Quanto ao artigo indicativo:

"The 2007 chart shows a healthy-ish economy, with lots of retirees but also lots of working-age people to support it. The right-most chart is a catastrophe. With almost one retiree for every working-age person, that's hardly sustainable.(...)

Officials in Japan are keenly aware of how endangered they are by the country's low birth rate. National programs encourage young men and women to get together and politicians often debate how to create more Japanese babies. One prominent legislator, Seiko Noda, has worked on the issue since soon after taking office in 1993. In February, Noda proposed that Japan lift the birth rate by simply banning abortion. The proposal may have been facetious, but it was certainly desperate – and maybe appropriately." 

http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2013/10/22/japans-sexual-apathy-is-endangering-the-global-economy/

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