Que é aquilo que preocupa os colectivistas, de esquerda e direita.
O facto de ser precisamente esse Estado Social a destruir o incentivo ao "estado social" natural da família e comunidade próxima, (com filhos, primos, tios, avós) e criar o indivíduo atomizado cujo estado social liberta da necessidade de estar inserido numa relação recípocra afectiva mas também de inclusão/exclusão de deveres, não os preocupa, nem sequer à direita, sempre presa ao conservadorismo estupidificante do "se hoje é assim, assim deve manter-se porque ontem já assim era, e o que agora é, é o colectivismo das relações sociais, e eu tenho horror a mudar o que seja, nem que o agora de hoje tenha sido o construtivismo de ontem", e mesmo que isso represente a sua anulação.
Dado que os jovens, em tempo de investimentos sucessivos (casa, carro, filhos) têm de pagar o não-trabalho de idosos que deviam ter acumulado poupança (e continuar a trabalhar enquanto têm condições físicas e mentais para isso) e dado os riscos e custos de desagregação (divórcio unilateral na hora) o caminho... é a baixa natalidade.
Caminho imediato seria limitar a pensão de reforma a um valor fixo de sobrevivência (limitando contribuição), penalizar em termos de TSU quem tem menos de 2 filhos - e que poderiam ser adoptados (dado não gerar os dois contribuintes que sustente a lógica do sistema de transferências que tanto adoram). O melhor seria acabar de todo com o sistema levando ao tradicional comum a todos tempos: ter filhos também como protecção.
Claro que o caminho vai ser o oposto, alegremente adoptado pela direita (não vai o aborto ser proibido?). A seu tempo serão medidas repressivas e de colectivização da natalidade, a procriação por biotecnologia que libertará finalmente a mulher...e os géneros. E neste ponto... o aborto passará novamente a ser livre e subsidiado.
Agora a criança será uma variável macro-económica, educada para se constituir como o bom cidadão, o individuo a quem tudo é permitido (liberto de qualquer sanção social) e lhe é dado... menos prejudicar ou opor-se à perpetuação e engrandecimento da vontade geral.
A bem da civilização esperemos, que se a mudança de rumo não for possível, que tal como na URSS, o sistema simplesmente impluda.
PS: Já agora, contas simples indicam que quem paga 20% IRS veria o salário líquido subir... 50% com fim TSUs. Mesmo assim, sistema tem de recorrer ao OE (IVA consignado e outras transf.) dado receita própria já estar longe de ser suficiente.
Quanto ao artigo indicativo:
"The 2007 chart shows a healthy-ish economy, with lots of retirees but also lots of working-age people to support it. The right-most chart is a catastrophe. With almost one retiree for every working-age person, that's hardly sustainable.(...)
http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2013/10/22/japans-sexual-apathy-is-endangering-the-global-economy/
Sem comentários:
Enviar um comentário