Mais treta menos treta, não é possível
distinguir entre o PS e a coligação PSD/CDS. Após três anos desta última, o
País está basicamente na mesma. Na saúde, na educação e na segurança social,
que são áreas críticas, não ocorreu qualquer reforma.
É verdade que as contas estão um pouco mais
equilibradas, mas não de uma forma estrutural e a economia, claro, continua
sufocada. Se o PS tivesse continuado no governo teria feito, mais ou menos, o
mesmo. Os impostos teriam sofrido o mesmo “enorme aumento” e a despesa estaria
ao mesmo nível. Até porque estamos condicionados pela UE.
Sócrates foi um trágico epifenómeno, na
história de um partido que tem revelado sentido de Estado e que, neste
capítulo, não fica atrás do PSD. Pelo contrário, os socialistas têm demonstrado
mais pejo de se intrometerem na vida privada dos cidadãos.
Não se compreende portanto o ânimo de tantos
panditas, bloguers e comentadores, contra António Costa. Veja-se, por exemplo,
a questão do aumento do salário mínimo que César das Neves considera criminosa:
António Costa quer aumentá-lo e o governo também, embora possa haver uns trocos
de diferença.
Assim sendo, a que se devem os “tiros ao Costa”? Procurarei responder a esta pergunta em
futuros posts.
2 comentários:
Ena, isto é que é pensamento independente - as canetas japonesas estão a dar resultado ;-)
Piadas à parte, concordo totalmente com a primeira parte - é tudo farinha do mesmo saco - mas não me tinha ocorrido vislumbrar laivos de bondade na coroação do camarada Tosta.
Mas também é verdade que anda dificil vislumbrar laivos de bondade no quer que seja neste pântano brumoso. Se calhar é por andar por Lisboa - parece que, estranhamente, a cultura não remenda buracos nem limpa paredes.
Esperam-se ansiosamente os próximos capítulos desta epifania.
Joaquim,
Não dá para mudar o template e ter os textos a preto em vez de cinza deslavado?... Agora com o Sol torna-se difícil a leitura.
Um abraço,
Zeze
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