05 junho 2014

Virginia Satir

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Eu sou eu
Em todo o mundo não há ninguém exatamente como eu
Tudo o que vem de mim é do meu eu autêntico
Porque só eu decido – sou dona de tudo de mim
O meu corpo, os meus sentimentos, a minha boca, a minha voz, todas as minhas ações
Em relação a mim e aos outros – sou dona das minhas fantasias
Os meus sonhos, as minhas esperanças, os meus medos – sou dona dos meus triunfos
Sucessos, falhanços e erros, porque sou dona de tudo de
Mim, posso ser íntima de mim – ao fazê-lo posso
Amar-me e ser amiga de tudo o que sou – eu sei
Há aspectos de mim que me confundem e outros
Que eu desconheço, mas enquanto eu for
Amiga e carinhosa comigo, posso corajosamente
E esperançadamente procurar soluções
E modos de me conhecer melhor – como pareço
Como falo, o que digo e o que faço, e o que quer
Que pense e sinta num determinado momento sou
Eu – se mais tarde, o que eu pareci, disse, pensei e
Senti não forem congruentes, eu posso descartar as
Incongruências, guardar o resto e inventar algo para
O que descartei. Eu posso ver, ouvir, sentir, pensar, dizer e fazer
Eu tenho as ferramentas para sobreviver, para me relacionar, para
Ser produtiva, para compreender e estruturar o mundo das
Pessoas e coisas externas. Eu sou dona de mim – e portanto posso
Inventar-me – eu sou eu
E estou bem

PS: A Virginia Satir foi uma psicoterapeuta notável. Traduzi este texto porque é uma proclamação contagiante da natureza única, e do potencial, de cada ser humano.

11 comentários:

Anónimo disse...

Joaquim,
Como pode ela ser dona dela, se ela não se fez a si própria?
PA

Anónimo disse...

Exercício de solipsismo.

Anónimo disse...

Eu acho que ela precisa de psicoterapia… talvez um pouco de lsd, para ajudar na parte psico… -- JRF

Anónimo disse...

Só me admira é como é que o Joaquim teve filhos… e já vai em netos… é o fim do Mundo. Eu cá até acho que devíamos ser todos individualistas radicais, deixar de ter filhos a caminhar calmamente para a extinção. Porque de facto, a maior parte além de estragar, não está aqui a fazer nada! (Eu ainda vou servindo para comentar no PC.) -- JRF

Anónimo disse...

Joaquim
A relação de cada um de nós com os outros não é uma relação de propriedade.
É uma relação de pertença.
PA

Euro2cent disse...

Ah, a realização do potencial.

Já estou a ver a camarada Virginia, não tendo que tomar conta de filhos ou netos, a viajar pelo mundo.

Poderia, por exemplo, visitar o Porto e subir a Torre dos Clérigos. Lá do cimo, poderia pegar numa pedrinha ou moeda, e suspendê-la no ar.

Estaria, devido à posição, cheia de energia potencial. Deixada cair sobre o bestunto de algum morcão que fosse a passar em baixo, decerto lhe abriria o cérebro a novas ideias.

E assim se transformaria um daqueles machistas obsecados por mulas num novo homem, moderno e sensível ao fenómeno que é cada floquinho de neve único que procura a sua realização individual. Ou comer umas mulas.

Anónimo disse...

Joaquim,
Por favor, a senhora, uma psicoterapeuta da família?
Mas se ela própria nunca conseguiu manter uma família...fez duas tentativas falhadas...
Francamente, Joaquim.
PA

Anónimo disse...

Está aqui:
https://satirglobal.org/about-virginia-satir/

PA

Anónimo disse...

Com essa filosofia do eu, eu e só eu, ela é boa é para destruir famílias.
PA

Anónimo disse...

Caro PA,

Tem razão. Mas não interpretei o ser "dona de mim" no sentido de propriedade (Rothbard).

Apenas no sentido existêncialista - que se pode auto-determinar.

O catolicismo também assume que temos capacidade de fazer escolhas e optar.

ABÇ

Joaquim

ai jasus! disse...

Tá bem, a velha emaluqueceu e agora tem a mania que é uma espécie de Kipling ensimesmado. Que lhe havemos de fazer?