22 maio 2014

uma análise excelente sobre as energias renováveis

...
Obrigar todas as pessoas a comprar energia mais cara e menos confiável eleva os custos em toda a economia, deixando menos dinheiro para outros bens públicos. A média dos modelos macroeconómicos indica que o custo total das políticas climáticas da União Europeia vai ser de 209 mil milhões de euros por ano até ao final do século.  

O peso destas políticas recai, na sua maioria, sobre os mais pobres porque os mais ricos podem, facilmente, pagar mais pela sua energia. Não deixo de ficar surpreendido quando vejo ambientalistas bem-intencionados afirmar, de forma arrogante, que os preços da gasolina deviam duplicar ou exigir que a electricidade seja produzida, exclusivamente, através de fontes de energia renováveis. Estas medidas podem ser bem recebidas em locais abastados como Hunterdon County, New Jersey, onde os residentes gastam apenas 2% do seu rendimento em gasolina. Mas 30% da população mais pobre dos Estados Unidos gasta quase 17% do seu rendimento líquido em gasolina.

Da mesma forma, os ambientalistas celebram o facto de as famílias do Reino Unido terem reduzido o seu consumo de electricidade em cerca de 10% desde 2005. Mas esquecem-se de mencionar que esta queda reflecte um aumento de 50% dos preços da electricidade - este aumento é usado, em grande parte, para pagar um aumento na quota das energias renováveis de 1,8% para 4,6%.

Sem surpresa, os mais pobres reduziram o seu consumo de electricidade em mais de 10%, enquanto os mais ricos não o diminuíram. Nos últimos cinco anos, aquecer uma casa no Reino Unido tornou-se 63% mais caro, enquanto os salários reais diminuíram. Cerca de 17% das famílias são agora pobres em termos energéticos - ou seja, têm de gastar mais de 10% do seu rendimento em energia; e como as pessoas mais velhas são, por norma, mais pobres, cerca de um quarto das suas casas são energeticamente pobres. Os pensionistas mais pobres queimam livros velhos para aquecer as casas, por serem mais baratos do que o carvão, passam o dia em autocarros aquecidos ou deixam de aquecer parte das suas casas.

 BJØRN LOMBORG, no Jornal de Negócios

31 comentários:

Luís Lavoura disse...

Não me parece uma análise nada excelente.

O preço da energia, tal como o preço de qualquer outro bem, deve refletir a sua abundância ou escassez. E também, no caso de um animal racional, como o Homem, não apenas a sua escassez atual e imedita, mas também a sua escassez previsível.

De resto, não me parece nada escandaloso que as pessoas gastem mais de 10% do seu rendimento em energia, nem que só aqueçam parte das suas casas (em Portugal isso é extremamente comum).

francisco disse...

"Em Portugal isso é extremamente comum", tal como é habitual morrerem idosos em incêndios provocados por utilização errada de fontes de aquecimento "alternativas", por não poderem pagar a factura de abastecimento de energia. O facto da situação ser comum não a qualifica positivamente.

Carlos disse...

Luis Lavoura,

O escandalo não está em muitas pessoas gastarem mais 10% do seu rendimento em energia, o ponto é que são ESSAS as pessoas mais atingidas pelo adicional de custo subjacente à promoção de energias renováveis. Sobretudo porque quem normalmente mais se bate por essa opção ser gente que gasta bastante menos que os 10%.

Anónimo disse...

O preço ds renováveis é o resultado de uma renda feudal paga pelo povo aos nobres que vivem da subsídio-dependencia: a forma de chulice dos tempos modernos que é o assalto ao dinheiro dos contribuintes

zazie disse...

"Queimar livros para aquecer" - só um idiota pode dizer isto sem se rir.

Anónimo disse...

Joaquim! Este indivíduo é um idiota, sempre o foi e tudo indica que sempre será. E o Joaquim classifica esta completa idiotice como excelente…
É de assinalar as suas pungentes preocupações com os pobrezinhos: sempre que algo é um pouco melhor para o ambiente; porque de facto, quem tem defendido os pobrezinhos em África, América do Sul e um pouco por todo o lado, são as petrolíferas e restantes empresas de combustíveis fósseis. -- JRF

Anónimo disse...

E quanto aos subsídios que o idiota anónimo fala, já uma vez coloquei aqui a % de subsídios por tipo de energia… tal como apresentado numa circular da EDP. Os subsídios à petrolíferas não incomodam, por alguma razão…
Aliás os liberais de vão de escada, são uns liberais essencialmente selectivos.
A energia fóssil não é barata a custo de nada. É à custa de 100 anos de subsídios e externalidades negativas que os liberais de vão de escada fazem de conta que não vêem. Porque no essencial são broncos. E o Joaquim, com os seus "excelentes" é um bronco de elite. -- JRF

Anónimo disse...

Além disso, o preço da energia renovável tem convergido (já para não voltar a falar das externalidades e prejuízo para todos em geral). Se for à Wikipedia vê que a energia eólica é barata e a solar para lá caminha, este artigo nem sentido faz. -- JRF

Anónimo disse...

Ou seja, tirando o carvão (o mais prejudicial possível), a energia fóssil não é assim tão barata…
Mas esta maltosa liberalóide de vão de escada defende o mercado até às últimas consequências (desde que não lhes toque na pele ou no bolso), livre concorrência, o negócio e sei lá que mais … desde que não sejam r&d, empresas, negócios e concorrência ambientalmente menos prejudiciais. Um dia podia explicar isso aos ignorantes nestas matérias Joaquim. -- JRF

Ricciardi disse...

A energia extraida pelo petroleo é carissima. Muitissimo mais cara do que qualquer outra. A diferenca nas contas é que se esquecem de contabilizar algumas cenas, nomeadamente os imensos subsidios que as petroliferas recebem.
.
Anyway, o que é mais importante nem é discutir qual é a fonte mais barata. O mais barato nem sempre é o mais aconselhavel.
.
A razao fundamental para que o nossos país PORTUGAL apoie as alternativas é que fazendo-o diminui drasticamente as importacoes de energia. As importacoes de energia reduziram-se 20% desde q se comecou a investir nas alternativas. Isto é, Portugal está menos dependente do petroleo que nasce no estrangeiro e cujo preço nao controlamos do que depender dos nossos ventos, solinho, mares. Só é pena que governo algum tenha tomado a iniciativa da energia nuclear que para Portugal me pareceria uma excelente ideia que faria descer os custos de energia fortemete e sem grandes perigos uma vez que já temos TRES centrais nucleares na nossa fronteira com ESpanha.
.
Rb

Anónimo disse...

Deixemo-nos de conversas bizantinas e vamos aos factos.
O orçamento do estado para 2014 que pode ser consultado na versão publicada no diário da república aqui:
http://www.dgo.pt/politicaorcamental/OrcamentodeEstado/2014/Or%C3%A7amento%20Estado%20Aprovado/Documentos%20do%20OE/Lei_83-C_2013-OE2014_VersaoDR.pdf
mostra no MAPA I na página 156 que a receita corrente através do imposto indirecto sobre os produtos petrolíferos vale 2.082.567.988 euros. É o quarto valor mais elevado de receita do Estado Português em impostos!!!... Não há lá um único imposto sobre «Energias Renováveis»!!! Nem UM!
É preciso ser uma completa besta, ou ignorante, para afirmar que os subsídios às petrolíferas têm alguma coisa a ver com os subsídios à «verdalhada» que metem a mão que nem uns leões nos bolsos dos contribuintes! Exemplo do mesmo orçamento de Estado: receita prevista através do imposto indirecto sobre veículos a gasolina ou gasóleo (ISV) 353.613.124 euros. Receita prevista sobre veículos eléctricos (ex. Nissan LEAF): 0 euros! Agora o estado dá 2.000 milhões de euros à GALP, à BP, à Repsol, à Cipol e quejandas, todos os anos?!?!?! Mas que palhaçada de argumento é esse? O que sabemos é que a merda do défice tarifário por causa das renováveis é o que é! Porra!
Há aqui um conjunto de imbecis que só deviam poder escrever nos computadores quando sopra o vento, fora desses períodos não deviam sequer ter electricidade!

--->Ricciardi,
Ainda não se atirou da ponte? Está à espera do quê para se suicidar? Livre-nos da sua pegada ecológica. O planeta agradece.

Carlos Guerra

zazie disse...

Quem é esta histérica que larga para aí pontos de exclamação a granel?

Há-de ser uma porcalhota da geração pechincha.

Anónimo disse...

Zazie,

"Queimar livros para aquecer" - só um idiota pode dizer isto sem se rir.

Deve ser muito depressivo olhar à volta e só ver idiotas e monstros.

Joaquim

zazie disse...

Pode crer que deve.

Tente queimar um livro em vez de uns galhos de árvore e veja em quantos segundos se aquece.

Deve mesmo ser muito depressivo olhar-se para si e só ver um idiota.

Anónimo disse...

Oh Guerra vc confunde negociatas com negocios sérios.
.
É como confundir a pila com o preservativo.
.
Já todos estamos cansados de saber que são os consumidores que estao a pagar os investimentos desproporcionados nas alternativas. E isso é que está errado. Esses investimentos não deviam ser pagos aumentando o preço final, mas sim no prazo de retorno dos mesmos.
.
Mas já estamos habituados a isso. Eu ouvi em directo um administrador da EDP dizer que tinha de aumentar os preços porque as vendas tinham diminuido. É como se uma loja que vende calças aumentasse o preço das mesmas porque começou a vender menos unidades.
.
É um pequeno mundo de loucos.
.
E os principais loucos são aqueles que defendem que o melhor sistema energetico é aquele que mais polui. O preço, afiançam, é mais em conta.
.
E nem pensam no que estao a dizer. Nem se lembram das crises dos choques petroliferos e dos prejuizos que isso causou e causará. Nem se lembram que importamos TODO o petroleo que consumimos. Que temos uma dependencia enorme e que se mudarmos para as alternativas, paulatinamente, deixamos de depender do exterior.
.
Rb

Anónimo disse...

Este Guerra deve julgar que está a falar para outros guerras… ou só para o Joaquim.
Então o imposto sobre produtos petrolíferos queria que incidisse sobre o quê?
Mas está a negar que a indústria petrolífera recebe sob várias formas subsídios há 100 anos? Quanto ao orçamento de Estado, há muitas formas de levar a água ao moinho. O excesso de tributação, a dupla tributação sobre os automóveis, etc, é algo que aqui estamos todos de acordo, escusa de ser mais idiota do que o que parece. O exemplo Leaf é brilhante.
Mas imaginemos, que até os liberais de vão de escada passavam a conduzir Leafs e os carros a gasolina e gasóleo desapareciam. Tem alguma dúvida que esse imposto seria colectado na mesma sobre as baterias, as rodas, o Sol ou o ar ou o que inventassem? -- JRF

Anónimo disse...

Aliás, desses milhões da co-geração, até a Galp vai buscar algum… 9% para ser mais exacto, uns 50-60 milhões de euros subtraídos aos bolsos dos portugueses… isso não incomoda os liberais de vão de escada. -- JRF

Anónimo disse...

Ò RB, que interessa que importamos? O que interessa é queimar, sujar e destruir… independência nacional? Só em Olivença…
Porque o liberalismo da treta e a seita é só até aqui que chega. Ao barato, desde que não lhes entre no bolso ou chegue à pele…
Pois é Joaquim… meta agora as piadinhas da treta, porque apesar do texto ser miserável por todo, a Zazie como de costume, denunciou-o num ponto incontestável… pobrezinhos a queimar vastas bibliotecas para se aquecerem… só na cabeça do Lomborg e de outros idiotas como ele, que ainda o lêem e publicam…
Ainda há quem se admire do mundo estar como está… -- JRF

zazie disse...

ehehehehehe

Anónimo disse...

"Pode crer que deve.

Tente queimar um livro em vez de uns galhos de árvore e veja em quantos segundos se aquece.

Deve mesmo ser muito depressivo olhar-se para si e só ver um idiota"


hahahahahahahaha

Elaites

Anónimo disse...

Calma Zazie que O Jaquim e especialista em termodinamica...

hahahahahahha

Elaites

Pedro Sá disse...

O Lomborg sempre foi razoável.

Anónimo disse...

Ao Governo do Passos, da Cristas e do fantástico Moreira da Silva, deixo a sugestão de mais um imposto, com carácter ecológico e de defesa do planeta, e que ainda terá o mérito de tonificar as debilitadas finanças públicas: o Imposto sobre os Orgasmos. Terá dois escalões: a taxa do orgasmo com penetração, valerá o dobro da taxa do orgasmo por masturbação, com a justificação de no primeiro caso se gasta água com banhos para dois...
Ass: Contribuinte farto de ser roubado pela máfia política das ecotretas

Anónimo disse...

Espantoso! Tantos bacorinhos contra o liberalismo, e o vil metal. Então trabalhem de borla… abram a porta de casa e deixem entrar os sem abrigo… dêem o vosso dinheiro… despojem-se dos vossos bens materiais… voluntariem-se para viver como os pobres da Índia ou os famintos da Etiópia… O vosso problema é apenas a inveja do gajo que tem uma camisa de marca melhor que a vossa, um carro mais vistoso, ou um local de férias mais paradisíaco. Aldrabões, hipócritas de m…. em suma: palhaços.

Luís Lavoura disse...

francisco

O facto da situação ser comum não a qualifica positivamente.

Pois não. Mas eu referia-me, no meu post, ao facto de em Portugal muita gente só aquecer uma divisão da casa (aquela em que passa o tempo). Nada vejo de mal nisso. Nem considero errado que os idosos ingleses façam isso mesmo.

No mundo rural português as pessoas geralmente têm uma lareira na cozinha. O resto da casa está frio. As pessoas não gastam dinheiro a aquecer divisões vazias. E isso é que é racional.

Anónimo disse...

Ò Luís Lavoura, isso não se chama aquecer uma divisão, chama-se aquecer o ar lá de fora…
Os anónimos aqui nem ler sabem… só dá elite neste país… carro vistoso e camisa de marca, até vou tomar nota como o retrato acabado do bronco. -- JRF

Anónimo disse...

"Os pensionistas mais pobres queimam livros velhos para aquecer as casas"

Isto foi mesmo escrito? A única coisa para que servem os livros numa lareira é para ajudar a acendê-la e poupar nas acendalhas.

Agora aquecer uma casa com livros parece-me dificil. Acho mais fácil arrefecê-la com uma mosca presa num cordel e a bater as asas...

Anónimo disse...

Um Paulo Coelho na lareira bem regado com azeite parece-me bem. A chama dura muito tempo e sempre se proporciona boa utilidade à obra.
.
Rb

Anónimo disse...

Foi pena o BLomborg ter demorado tanto tempo a chegar aqui. Mas vale mais tarde que nunca.
Quim

Anónimo disse...

"After the publication of The Skeptical Environmentalist, Lomborg was accused of scientific dishonesty."

"On 6 January 2003 the DCSD reached a decision on the complaints"

The DCSD cited The Skeptical Environmentalist for:

Fabrication of data;
Selective discarding of unwanted results (selective citation);
Deliberately misleading use of statistical methods;
Distorted interpretation of conclusions;
Plagiarism;
Deliberate misinterpretation of others' results.

Anónimo disse...

"The ruling sent a mixed message, deciding the book to be scientifically dishonest, but Lomborg himself not guilty because of lack of expertise in the fields in question"

Elaites