04 janeiro 2014

observe o resultado

Deus, Maria e Cristo - esta é a família divina.

Família divina em que, segundo a teologia católica mais moderna, o filho é mais importante do que a mãe.

Os exemplos divinos são para ser seguidos.

Experimente, na sua própria família, dar mais importância ao filho do que à mãe.

E, depois, observe o resultado.

4 comentários:

Anónimo disse...

Bem, esse argumento é excelente.
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Não para colocar Maria como central no catolicismo, mas para colocar uma qualquer alma feminina no centro de uma qualquer crença.
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Afinal de contas, porquê Maria e não a Isis egipcia ou a Iris Grega ou tantas outras virgens usadas recorrentemente nas religões antigas?
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Anyway. A importãncia de Maria devém únicamente da sua condição de mãe de Cristo, que é único, simultaneamente filho e Deus de Maria, para quem crê.
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Não existe um Exemplo, digamos, exemplar, no papel de Maria no cristianismo. Intervém como uma figura que cuidou em educar um menino, como José interveio para O proteger. Papeis comuns a qualquer mãe e a qualquer pai.
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Não existe nada que possamos ter observado em Maria capaz de nos formar uma moral ou identificar como exemplo para a tornar central de uma religião. Absolutamente nada. A não ser depois de 'subir aos céus', devido às aparições pelo mundo fora.
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Talvez a única intervenção que Ela tenha tido terá sido nas bodas de canãa onde Jesus lhe respondeu amargamente. Ou aquela outra situação em que eles se tinham esquecido de Jesus e qdo o encontraram Ele respondeu colocando os pais no seu devido lugar dirigindo-se à mãe dizendo, «mulher, eu estava na casa do meu pai», o que até terá deixado Maria um bocado incomodada.
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Maria terá ficado gravida provavelmente com 13 anos. O pai, José, era viúvo, com outros filhos, e bastante mais velho do que ela. Era vulgar as raparigas ficarem noivas entre os 12 e os 14 anos naqueles tempos.
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Haviam dois caminhos prováveis qdo uma mulher noiva engravidava. Ou era considerada adultera e era apedrejada (josé sonhou que ela podia ser apedrejada). Ou era expulsa da terra. Ou, se o bébe fosse realmente do noivo o casamento era marcado mais cedo.
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José aparentemente terá sido o pai, já que casou imediatamente com Maria. Eles eram primos. os pais de Maria eram velhos e ela foi criada pelos religiosos judeus do templo.
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Em todo caso, e dado que os judeus tinham e têm por habito fazer registos precisos geneologicos, Maria e Jose tiveram um familiar em comum e ambos são descendentes do Rei David, condição essencial para se poder afirmar que Jesus é o Messias judaico.
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Não me parece provavel que quem construiu esta estória pudesse falsificar os registos de nascimento das sinagogas. Na verdade os documentos de registo comprovam a descendencia real de Maria e José.
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Mas Maria pode ter sido, de facto, a escolhida por Deus para gerar o Filho através do Espirito Santo. Um gajo sabe lá. Se eles dizem que ele foi gerado e não criado e é consubstancial a Deus é lá com eles. Eu não faço a minima ideia. Eu intuo que Ele é, não por causa da estória, mas porque lhe vejo um espirito superior.
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De uma forma ou de outra, sendo Jesus filho de José ou do Espirito Santo, vai dar ao mesmo.
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E vai dar ao mesmo porque aquilo que ele ensinou ficou gravado nos homens, independentemente de Ele ser o que uns e outros dizem que Ele é.
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O que não compreendo, numa perspectiva religiosa, é poder colocar Maria como central na religião. Ela não disse nada que possamos usar e a partir daí faze-la central. O que fez, como mãe, fez bem feito. Educou-O bem. Protegeu-o. Não há bons frutos sem uma boa arvore.
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Agora, não pode a religião ser adaptavel para aquilo que achamos que é conveniente a um povo. Ahh aos portugueses é conveniente colocar Maria como central, dizem.
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Rb

zedeportugal disse...

O filho É mais importante que a mãe, mesmo na família natural (quer dizer, sem espiriualidade). A mãe, qualquer mãe, ter-se-ia sacrificado pelo filho sem pestanejar.

Nota: É impressão minha ou a argumentação do Arroja está a ficar cada vez mais fraquinha?

Anónimo disse...

Não é a argumentação que é fraquinha. Nada disso. O PA quer colocar Maria como central para dar corpo à tese de que a mulher tem um papel central numa familia que é o pilar de um bom funcionamento de uma sociedade.
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Tambem, porque provavelmente se trata de corresponder com elogios, prometidos, os favores que se intui terem sido recebidos. Especulo eu, enfim, sem maldade alguma.
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Qdo as nossas suplicas se materializam um gajo aficcionasse por quem julga ter intervido.
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São assim as coisas. A minha tia é com o São Bentinho porque lhe terá curado o marido.
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Eu aprecio muito as devoções. Tenho até inveja. Ainda vou parar às profundezas por causa desse pecado.
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Como eu gostaria de ter tido essa benção.
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Rb

BLUESMILE disse...

Há quem seja é mais aficcionado pelos bispos da Iurd. Também havia a santinha da ladeira que tinha acólitos e tudo.

Devoção e água benta, cada um toma a que quer e o arroja não é excepção.

E, já agora é a a primeira vez que leio que a sagrada família não é Jesus maria e josé, mas deus casado com uma mulher e o filho dos dois. Até parece o inventor da nova trindade.