08 janeiro 2014

inflação e crescimento 3

Pegando o primeiro post:

"Análise do período de 1870 a 1900 nos EUA:

Índice de Preços nos EUA em 1870: 12.65.
Índice de Preços nos EUA em 1900: 8.14"

O que teria acontecido e que efeitos operariam no sistema de preços, se nesta altura um Banco Central, neste mesmo período, tivesse operado a sua política monetária (os instrumentos standard: monetização parcial de dívida pública e injecção de reservas para a expansão de crédito bancário) de modo a observar-se uma inflação de 2.5% ao ano (resultando num Índice de Preços nos EUA em 1900 que seria então 36.58 e não 8.14)?

3 comentários:

Carlos Guimarães Pinto disse...

O que aconteceria era:

Sem inflação:

Bandas de variação dos salários nominais [0,infinito]
Bandas de variação dos salários reais [0,infinito]

Com inflação:

Bandas de variação dos salários nominais [0,infinito]
Bandas de variação dos salários reais [-2,5%,infinito]

Em resultado disso, menos desemprego e menos sub-utilização de recursos, mais baixo o choque do ajuste económico.

Anónimo disse...

Em suma, ambos buscam uma forma de colocar os preços ( relativos, face ao exterior) mais baixos para ganhar competitividade.
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Sem inflação a competitividade obtem-se por via da redução salarial (e outros custos de contexto). Com inflação a competitividade obtem-se através de um aumento dos preços de bens importados.
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A 1ª solução seria a ideal. Direitinha ao osso. Porém, na vida real não é possivel baixar custos (como se vê em Portugal). Ele é o TC, ele é os sindicatos, ele é greves etc.
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A 2ª solução consegue mais e melhor. Baixa os preços relativos e, de bonus, aumenta os preços das importações favorecendo a competitividade externa sem prejudicar a produção nacional (pelo contrário).
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Sendo assim, uma inflação moderadazinha, na casa dos 4%, é benéfica e aconselhavel para resolver problemas economicos de curto e médio prazo.
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Para resolver problemas de longo e muito longo prazo chamemos os austriacos que até lá ainda não bateram a bota.
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Rb

Anónimo disse...

Como no longo prazo estamos todos mortos, sem dúvida alguma, o melhor é fazer o que podemos no curto prazo. Eu sei lá, nada me diz que entre o curto prazo e o longo prazo não acontecem coisas que colocam em causa a bondade das previsões austriacas. Um tremor de terra, um arrefecimento global, uma guerra, uma epidemia, ou simplesmente um colapso do EURO.
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Rb