17 janeiro 2014

entropia social

Numa troca voluntária, ambas as partes esperam ex ante ganhar utilidade (entre o estado ante e o post, é um processo ordinal e não cardinal), e a repetição e aprendizagem deverá assegurar que um sistema social se encaminhe para uma maior probabilidade de ganho mútuo ex post. Mais ou menos daqui nascerá o direito de propriedade.

Sendo um jogo de soma positiva, o que se pode dizer sobre a entropia social?

O chamado Óptimo de Pareto parece pretender dizer algo sobre o assunto:
"Uma situação econômica é ótima no sentido de Pareto se não for possível melhorar a situação, ou, mais genericamente, a utilidade de um agente, sem degradar a situação ou utilidade de qualquer outro agente econômico." wikipedia
Pois, esta definição que costuma agarrar o jovem economista, parece-me inútil. Não existe forma de comparar utilidades em escalas cardinais. Não, o factor, será outro. É o grau de voluntariedade das interacções sociais que parece ser a chave.

1 comentário:

Euro2cent disse...

> parece-me inútil.

Pois, mas se der uma olhadela por "Pareto curves", o que os critérios de optimalidade lhe oferecem é uma série de pontos à escolha ao longo de uma curva.

Os critérios de escolha são por conta do freguês.

(A alternativa, para procuras automáticas de pontos óptimos, é construir uma função de custo - a minimizar - em que os diversos factores são combinados com um peso relativo, também à escolha do freguês, que determinará uma escolha única. A diferença é que a escolha é feita antes da pesquisa, e não depois.)


> o grau de voluntariedade das interacções sociais que parece ser a chave

Não tem espinhas, mais uma dimensão para o espaço de procura.

A ciência resolve tudo, mas depois a Zazie vem cá dar-lhe uma tareia se acreditar nisso.

;-)