17 outubro 2013

a igualdade

Eu gostaria agora de voltar a  este post para fazer ressaltar um ponto em particular. Nesse post eu afirmei que, em termos de importância dentro da família, um casamento duradouro acaba em hierarquia, em diferença - a mulher no pedestal, os filhos um pouco mais em baixo e o marido ainda mais abaixo.

Suponha, porém, que um ideólogo da igualdade, um homem que acredita fortemente na igualdade, e, em particular, na igualdade do género, um intelectual que escreveu um livro onde defende sofisticada e persuasivamente a igualdade entre o homem e a mulher, vai para o seu casamento praticar as ideias que defende.

O que é que eu prevejo para este casamento?

Que não vai durar.  Os conflitos vão ser diários e permanentes e, com o nascimento do primeiro filho, tornam-se mesmo catastróficos.

Porque a primeira coisa que a mulher faz quando lhe nasce o primeiro filho - e racionalmente assim - é interpor-se entre o filho e o marido, fazendo saber ao marido, através de mil decisões, atitudes e gestos diários - o mais importante é, talvez, a amamentação -  que, em relação ao filho, ela é mais importante do que ele. Acabou-se o ideal de igualdade. As zangas catastróficas, se não ocorreram antes, vão agora ter lugar. O divórcio está iminente.

O homem vai ter agora de optar ou pelo seu ideal de igualdade ou pela sua mulher (e família). Se opta pela ideal de igualdade - se ele é um verdadeiro  ideólogo - divorcia-se; se opta pela mulher, aceita a situação e mantém a família.

Chegámos ao ponto onde eu pretendia chegar. Se este homem opta pela ideia de igualdade, destrói a família. A ideia de igualdade destrói a comunidade familiar (e, na realidade, qualquer outra comunidade). Ora, a ideia de igualdade é a ideia central do socialismo. Não surpreende que os grandes ideólogos do socialismo se mostrassem absolutamente incapazes de constituir uma família estável e duradoura, e muitos nem sequer tentaram. E que, invariavelmente, sejam destruidores de comunidades.

Em Portugal, nas últimas décadas, a ideologia dominante foi o socialismo. Todos os grandes partidos portugueses são socialistas, incluindo o CDS/PP, que nasceu como um partido democrata-cristão, mas que é hoje manifestamente um partido social-democrata ou do socialismo democrático. Não surpreende, por isso, que, com esta presença constante na sociedade da ideia de igualdade e, mais recentemente, da igualdade do género, o resultado seja este.

6 comentários:

zazie disse...

Isso é verdade- o dogma imbecil e hipóxrita que tem destruído Portugal é a tara da igualdade.

Que nunca é igual, como é mais que óbvio. Mas espalham-no com outro mentira- é sempre em nome "dos pobrezinhos".

Emanuel Lopes disse...

Caro PA,

acredito que no penúltimo parágrafo, em vez de "capazes" deveria constar "incapazes", digo eu.

Anónimo disse...

Emanuel,
Obrigado.
PA

Vivendi disse...

igualdade = utopia socialista = aberração

Luís Lavoura disse...

Eu creio que pouca gente defende a igualdade homem-mulher. Aquilo que se defende é que eles sejam iguais perante a Lei e perante o Estado. O que é substancialmente diferente.

Anónimo disse...

Women rules!!!

E mais nada. É que o PA tem mesmo razão.