16 dezembro 2022

Um juiz do Supremo (184)

 (Continuação daqui)

A madrasta e a amiga


184. Cento e cinquenta mil euros

Adensam-se os indícios de que a mulher identificada como assistente no acórdão do Supremo (cf. aqui), amiga da madrasta do juiz Marcolino, é Eva Kaili, a eurodeputada grega presa recentemente.

No processo, o juiz Marcolino queixa-se que a mulher escondia 150 mil euros que lhe tinham sido passados pela sua madrasta afim de que ela os pusesse fora do país, subtraindo-os à cobiça dos herdeiros.

Nas palavras do acórdão:

"4. Os autos de ocorrência, subscritos por agentes da GNR relatam, o recebimento, pelas 22hl9m, de telefonema do denunciado BB [juiz Marcolino], dizendo que tinha presenciado a denunciante [Eva Kaili?] a transportar três sacos da casa de GG [Rita Monteiro, madrasta do juiz], suspeitando que os mesmos contivessem € 150.000,00, provenientes da conta de seu pai e levantados, sem autorização, por GG, contra a qual o denunciado já havia apresentado queixas, por abuso de confiança, dizendo o mesmo que a denunciada seria cúmplice da GG e solicitando uma patrulha no local (cf. aqui)

Estas são as alegações do juiz Marcolino. Vejamos agora o que dizem as notícias mais recentes sobre o montante de dinheiro, em notas do BCE, encontrado em casa de Eva Kaili:

"O advogado garantiu que a sua cliente é "inocente", apesar de terem sido encontrados sacos cheios de dinheiro no seu apartamento em Bruxelas no valor global de 150 mil euros, segundo uma fonte judicial belga" (cf. aqui).


Conclusão: O montante é coincidente: 150 mil euros. Não há dúvida que Eva Kaili é a amiga da madrasta do juiz  que transportou para o estrangeiro 150 mil euros pertencentes ao património legado pelo seu pai.


(Continua acolá)

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