17 abril 2019

a última página

Estive hoje a ler um livro que encomendei há dois dias.

Tem o título "Crónicas Ainda Atuais", de Pedro Vaz Patto, com prefácio do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente (Editorial Cáritas, Lisboa, 2018) (cf. aqui).

Quando cheguei ao fim, desejei que este Pedro Vaz Patto não fosse o juiz do Tribunal da Relação do Porto que redigiu o acórdão que recentemente me condenou por crimes de ofensas ao Paulo Rangel e à Cuatrecasas em relação com a obra do Joãozinho (cf. aqui).

Num segundo me desenganei, ao virar a última página que é verdadeiramente a contracapa.

Diz assim:

"Pedro Maria Godinho Vaz Patto é casado e pai de quatro filhos. Foi docente do Centro de Estudos Judiciários e é juiz desembargador do Tribunal da Relação do Porto. Preside à Comissão Nacional Justiça e Paz desde 2015. É chefe de redacão da revista Cidade Nova (do Movimento dos Focolares) e colabora regularmente no jornal Voz da Verdade. São destas duas publicações os artigos coligidos neste livro".

O Movimento dos Focolares (ou "Obra de Maria") é um movimento descrito na Wikipedia (cf. aqui) como católico fundamentalista e  - acrescentaria eu, se havia necessidade de acrescentar alguma coisa - profundamente anti-liberal.

Por um momento, rezei para que nunca um liberal caia nas mãos do juiz Pedro Vaz Patto para ser julgado por ele.

Ex-ante, pode dar a impressão que ele não parece reunir as condições de imparcialidade para o fazer.

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