14 agosto 2017

cinco

Três meses depois de ter iniciado a minha cruzada junto das multinacionais farmacêuticas e afins, eu já tinha visitado muitas  e, seguramente as principais, como a Bayer, a Nestlé, a Brystol-Meyers Squibb, a Baxter, a Biogen e a Gilead Sciences, a Glaxo Smith Kline, a Jansen, a Medinfar, a Menarini, a Merck e a Novartis, a Pfizer, a Roche e a Sanofi.

E quais eram os resultados?

Tudo se pode resumir no relatório que escrevi da visita que efectuei a uma multinacional americana na manhã de 7 de Maio, onde fui recebido pelo director-geral e por uma directora, e que transcrevo a  seguir na íntegra:

A empresa é fornecedora do HSJ e mantém uma boa relação com ele.
Já tinham ouvido falar do Projecto Joãozinho através de colegas da indústria e aguardavam a minha visita com expectativa.
Expus o Projecto, como habitualmente, e enfatizei a proximidade do início da obra.
A receptividade foi total, em parte por aquilo que já tinham ouvido falar através dos colegas.
Vão estudar as formas de colaborar, seja directamente como mecenas, seja através da Fundação americana.
A Fundação é muito aberta e já financiou inclusivamente a construção de um hospital pediátrico nos EUA.
Enquanto o Projecto Joãozinho esteve dentro do HSJ ter-lhes-ia sido difícil colaborar por causa das questões de compliance (já encontrei esta situação em várias outras multinacionais americanas). Sendo a Associação, fica removida a dificuldade.
Consideram também a  possibilidade de criar um desconto especial nos fornecimentos ao HSJ e que reverta especificamente para o Joãozinho.
Foi das melhores reuniões que tive. É certo que vão colaborar.
Falámos ainda de outras vias de colaboração para além das mencionadas: financiamento de investigação na nova ala pediátrica por parte da Fundação americana; e financiamento pela Fundação americana da prestação de cuidados de saúde pediátricos em países africanos de língua portuguesa.

Avaliação global: Excelente.


O que é que eu poderia ambicionar mais ao final de três meses de trabalho?

As portas das empresas estavam abertas. Havia consensualidade entre as  multinacionais farmacêuticas em ajudar o Joãozinho. As vias de colaboração eram múltiplas. O dinheiro ia jorrar. Naquele momento, e com este arsenal pelas costas, eu sentia-me capaz de fazer e pagar cinco hospitais pediátricos - e não apenas um só.

Precisava era de pôr a obra a andar. Tinha chegado o momento de lançar o concurso.

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