20 janeiro 2017

corrompe absolutamente

O Público está feito com o Governo.

De manhã anuncia as condições pavorosas em que estão internadas as crianças no Hospital de S. João do Porto.

No mesmo dia de manhã o Ministro da Saúde tira da cartola 21 milhões de euros e diz que vai pagar a obra.

No mesmo dia à noite o Público gaba-se que, em virtude da sua acção, o Governo "disponibiliza" 21 milhões para fazer a obra.

Resultado: A obra que estava a ser feita pela Associação Joãozinho (cf. Mensagem do Presidente) - obra entretanto interrompida porque o Governo deu ordens ao HSJ para interromper os trabalhos de desocupação do espaço - fica inviabilizada.

E agora? Bom... o Governo propõe-se começar tudo do zero, vai lançar um concurso público internacional (que, só por si, e na melhor das hipóteses, demora um ano)... o dinheiro que tirou da cartola não existe porque não está orçamentado... e as crianças continuam expostas sine die às condições retratadas pelo Público...

A Associação Joãozinho, essa, propõe-se continuar a prosseguir a sua missão, mas agora de forma subsidiária, canalizando os recursos de que dispõe e aqueles que vier a angariar para o pagamento do novo edifício e dos seus equipamentos, mas cedendo a liderança ao Ministério da Saúde.

Mas será que eu acredito que o Governo vai fazer a obra?

Não, é tudo vácuo. O objectivo desta acção concertada do Governo com o Público é o de afastar a Associação Joãozinho da liderança do Projecto - deixando, em seu lugar, o vazio.

Todo o poder corrompe... escreveu Lord Acton. Mas quando  o poder da comunicação social se associa ao poder político...então o poder corrompe absolutamente.

PS. Entretanto o Ministério da Saúde proibiu o acesso das televisões e filmagens da actual ala pediátrica do HSJ. Que vergonha. Deviam ter lá os filhos deles.


11 comentários:

zazie disse...

Nada que não me tivesse passado pela cabeça.

Complicado vai ser agora devolver dinheiros e dissolver a ISPS

Ricciardi disse...

É bom saber que o governo decidiu colocar as crianças em melhores instalações. E até orçamentou uma verba de 60 milhões para esse e outros investimentos.
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Os meus parabéns à associação do Joãozinho que expôs a situação e ao jornal público que a denunciou várias vezes.
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Rb

Monte Zephyrus disse...

O que mais se parecia aquilo que acredito desapareceu de Portugal na guerra civil. O que poderia ser um Partido Conservador como os Tories ingleses foi eliminado no seculo XIX. O Estado e socialista ha quase 200 anos e mesmo o Estado Novo foi teve influencias deste estatismo. O que o Professor pretendia nao e bem visto pois as mentes ja estao muito formatadas e atrofiadas pelo socialismo. Sao quase 200 anos de formatacao e destruicao das verdadeiras elites.

Unknown disse...

Em relação aos f.d.p. que viabilizam o pasquim só há uma atitude : não lhes comprar a ponta de um corno.
É a única linguagem que essa canalha entende.

pvnam disse...

Manifesto em divulgação


PARA DEFENDER A DEMOCRACIA TÊM-SE QUE TRABALHAR!!!
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-» O contribuinte não pode passar um cheque em branco a nenhum político!!!
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O contribuinte tem que se dar ao trabalho!
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---»»» Democracia Semi-Directa «««---
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-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários MAIS E MELHORES CANAIS DE TRANSPARÊNCIA!
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Exemplo 1:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo (para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela), a 1 milhão], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
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Exemplo 2:
Concorrência a sério!
Leia-se: não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.
Explicando melhor: o contribuinte/consumidor precisa de empresas presentes no mercado de forma transparente e honesta, isto é, sem cartelização nem dumping.
{ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »}
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Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".
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P.S.
Direitos que já há alguns anos (comecei nos fóruns clix e sapo) aqui o je vem divulgando:
1- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas:
- Promover a Monoparentalidade (sem 'beliscar' a Parentalidade Tradicional, e vice-versa) é evolução natural das sociedades tradicionalmente monogâmicas --» ver blog http://tabusexo.blogspot.com/.
2- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones:
- Democracia sim; nazismo-democrático não, leia-se: é preciso dizer não àqueles que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros, isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles que evocam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência de outros (nota: nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!); dito de outra maneira: os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa --» ver blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.

lusitânea disse...

Vamos às compras no Pingo Doce.No Continente subsidiamos o Público...

Anónimo disse...

"cedendo a liderança ao Ministério da Saúde" hahaha. Sim, o MS vai pedir à associação para lhe ceder a "liderança", se faz favor... A associação nunca teve os meios financeiros para fazer o hospital, nem nunca viria a ter. O bom povo do norte cristão, com sede no arcebispado de Braga, não esteve para isso.

Anónimo disse...

Spoiler, o governo também não tem meios financeiros para tal.

Anónimo disse...

Os hospitais que existem no país, incluindo o São João e o de Braga, claro, foram construídos pelos governos do Estado. O pediátrico de Coimbra foi construído pelo Estado. Este vai ser também. Portanto, amigo anónimo das 4:46, espero que me venha dizer qualquer coisa nessa altura. A pesporrência dos senhoritos do norte não constrói hospitais.

Anónimo disse...

@Anónimo das 10:14
Apenas digo que o governo não tem dinheiro para isto. Como o PA disse isto ainda vai a concurso por isso, estamos a olhar a pelo menos mais uma ano de tudo na mesma, o que mesmo depois de seleccionado um vencedor, o trabalho pode ser adiado até aparecer financiamento.
Acredito que eventualmente o governo (seja ele qual for) até pode fazer isto, o busílis é mesmo o que é que 'eventualmente' significa.

Há de falar com a malta da Trofa sobre o metro, e percebe o que quero dizer... os putos aqui ainda terão (?) a vantagem que não lhes serão tirados os barracões no interregnum.

Anónimo disse...

Amigo, você já fez algum hospital com os seus amigos? Já angariou vinte milhões no peditório? Deve dar cinco euros a cada católico solidário do norte. Os hospitais onde vai foram construídos por quem? Venha-me dizer alguma coisa quando isto mudar ou quando o pediátrico não for construído.