03 julho 2015

um mau Observador

O painel de comentadores parecia tudo menos monocromático, mas o debate revelou-se pouco plural porque todos estavam de acordo. Vindos da esquerda, falaram Francisco Louçã, fundador do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, eurodeputada bloquista e Manuel Alegre, histórico do PS; depois havia Pacheco Pereira, ex-deputado do PSD mas afastado da linha do partido há muito tempo, e Diogo Freitas do Amaral, fundador do CDS e antigo ministro de um governo PS. O economista Eugénio Rosa, que esteve ligado à CGTP, e a escritora Hélia Correia também não fugiram ao convite e, apesar das diferentes origens políticas, todos ajudaram definir o tom do debate: a Europa “autoritária” dos tecnocratas não pode deixar a Grécia cair, sob o risco de ver o projeto europeu cair com ela.

Observador

Comentário: O Observador diz que o painel "parece tudo menos monocromático", mas a verdade é que são todos uma cambada de socialistas.

63 comentários:

marina disse...

sempre actual . presidente da islandia explica como sairam da crise : o governo resgatou as pessoas e prendeu os banqueiros...o oposto do q fazem nos usa e na ue :)

marina disse...

sempre actual . presidente da islandia explica como sairam da crise : o governo resgatou as pessoas e prendeu os banqueiros...o oposto do q fazem nos usa e na ue :)

zazie disse...

Mas que banqueiros é que os gregos iam prender?

ehehehe

V.s ainda não perceberam que quem dá agora os extras aos banqueiros é o socialismo de Estado.

zazie disse...

Prendem os banqueiros, a seguir nacionalizam a Banca; depois expropriam os grandes proprietários, a seguir correm com os ricos autóctones que ainda restam, depois voltam a pedir esmola and so on, and so on.


Onde é que eu já ouvi isto?

zazie disse...

Outro mito-

Em que é que o nosso Estado ficou sem dinheiro por causa de crise financeira ou de roubo de banqueiros?



Rui Alves disse...

Zazie

A crise financeira fez com que muito "capital" bancário, fabricado por dívida e especulação, regressasse para o local de onde viera, que foi de sítio nenhum. Esfumou-se, regressou à sua não-existência. Os bancos, dependentes desse dinheiro para cobrar créditos ou para pagá-los, ou ambas as coisas, ficaram a arder. Na ruptura iminente em que ficaram, faltou confiança aos financiadores que até aí lhes emprestavam dinheiro. O financiamento faltou ou ficou mais caro, com juros que começaram a escalar. E assim se fechou a torneira dos bancos portugueses para o Estado português. O resto já sabemos...

Se não há relação entre bancos e o estouro do Estado português, então porquê que José Sócrates, na véspera do pedido de resgate, se reuniu com os principais banqueiros do país e teve um prolongado encontro privado com Ricardo Salgado?

Quanto ao roubo de banqueiros: acha mesmo que andarem a brincar com 97% do dinheiro dos depositantes, e só deterem capacidade real de restituir os 3% restantes, como era permitido à época, não é moralmente classificável como roubo ou abuso? E as práticas de re-hipotecagem, que não admitem aos clientes mas que os bancos praticam entre eles, e que potenciou o efeito de contágio e de falências em dominó? E isto só para mencionar o que está mais à tona...

zazie disse...

Não há relação no sentido em que a dívida foi contraída por empréstimos e os gastos foram acima das possibilidades.

Com crise ou sem crise os gastos é que determinaram o défice.

A crise apenas explica a necessidade de aparecerem os cobradores.

Mais nada.

o 44 reuniu-se com os banqueiros porque deixou que os banqueiros se infiltrassem no Estado.

Porque precisava para vender as ilusões do Estado Social e precisava para controlar parcerias.

Não há alguma ilegalidade em banca portuguesa que explique o Estado ter ficado perto da bancarrota.

zazie disse...

O que chama roubo dos banqueiros não foi nenhuma ilegalidade e o que a marina disse é estupidez porque os que foram presos cometeram mesmo ilegalidades.

A Grécia não tem um único caso comparável ao que aconteceu na Islãndia

zazie disse...

Nem nós.

Mas temos políticos que continuam a vender a mesmíssima mentira em que ela também cai.

Que os maus são os banqueiros e que se tem de lutar contra a "austeridade".

Eu nem sei o que raio da palavra significa e eles também não.

Lutar contra a austeridade para gastar mais em obras estatais acima das possibilidades soa-me a conversa de Zé Carioca

zazie disse...

Na altura interessei-me pelos simulacros financeiros e tenho posts acerca disso.

Ninguém percebia corno.

Depois acharam que tinham percebido tudo apenas para esse lado e passaram a repetir mêmes ideológicos contra a banca sem perceberem que quem precisa da banca são os que mais a diabolizam.

zazie disse...

Tenho por lá a série das bolhas da macacada, no Cocanha e li artigos sobre o assunto para entender as coisas.

Ninguém falava no assunto. Ninguém sabia nada. Até diziam que eram crises de crescimento.

Interessei-me por compreender os aprendizes de feiticeiro e os jogos matemáticos que foram largados com a globalização.

Discuti o assunto com gente da City.

Portanto, não se trata de eu não entender as crises.

trata-se dos outros não entenderem a política e papaguearem tretas a diabolizar o que nem percebem que é a base da política que defendem.

zazie disse...

Aqui o Birolino nem sabia que o FED era privado

AHAHAHHAHAHA

Viveu por lá aqueles anos todos, fala que nem um papagaio neotonto e não sabia que o FED era privado

":O))))))

Houve descobertas muito engraçadas que todos estes peritos tiveram

":O))))))))))))

zazie disse...

As pessoas continuam a viver de batuque de palavras.

Decoram umas palavras que são muito repetidas nos media e pelos políticos e já está a coisa feita.

É o cainesianismo, que nem sabem que significa nacionalização por outras palavras; é o malvado liberalismo, que nem sabem que é o capitalismo por outras palavras; é a austeridade, que nem sabem que é pagar os erros do que vendem, por outras palavras e por aí fora.

zazie disse...

Mas adora exotismos. Qualquer coisa rançosa reciclada passa por novidade alternativa.

Chamam alternativo a tudo o que é fóssil e já provou que só dá merda.

zazie disse...

Só esta bandeira- "lutar contra a austeridade" é um tratado.

Eu não sei como uma criança não lhes pergunta em que consiste isso para se ver a cara de palonços deles.

Lutar contra a austeridade é o quê?

O Oposto de austeridade é o quê e consegue-se como?

zazie disse...

Isto dantes chamava-se a fábula da cigarra e da formiga.

Mas pronto- eles juram que dantes as pessoas é que eram analfabetas porque agora todos sabem ler e repetir palavras caras cujo sentido nem entendem.

zazie disse...

E eles nem se ficam por lutar contra a austeridade- o que quer que isso seja e como se faz.

Dizem que vão acabar com a austeridade

AHAHAHAHAHAHAH

Para quê e como?

Rui Alves disse...

Tudo eminentes "paineleiros".

O único marmelo que ali governou alguma coisa foi Freitas do Amaral, convidado para o executivo que faliu o país.

Não falta um fulano que desertou do serviço militar obrigatório rumo às areias da Argélia mas que teve o descaramento de se candidatar a chefe máximo das Forças Armadas, ou seja, a Presidente da República.

Também lá foram carpir opiniões o fundador e uma militante de um partido em acelerado estado de decomposição, que sabem tudo o que é preciso para manter o projecto europeu intacto, ao mesmo tempo que o seu próprio partido se esfrangalha.

Mas expliquem-me outra coisa: entre sete "paineleiros", dois deles são do Bloco de Esquerda. Isto é suposto retratar a soceiedade portuguesa? Não consta que o Bloco de Esquerda tenha 29% de representação na Assembleia, nem o apoio de 2/7 dos portugueses. Se calhar, da maneira que vai, a estas horas já nem consegue o apoio de 2/7 dos militantes.

Mas estes programas expõem outra aberração. Basta comparar números: ignorando a inclinação política da escritora, que desconheço, somando o "ecomunista" ligado à CGTP, são dois BE mais um PCP no meio de sete opinadores.

Moral da história: se a Assembleia correspondesse à representação que esta gente da esquerda recebe na comunicação social, o PCP e o BE quase que se podiam coligar em maioria absoluta.

zazie disse...

Não vi.

Vendi as tvs porque ainda era capaz de ir uma pela janela fora.

zazie disse...

Venho à net e espreito e passo de raspão pelo facebook e topo o resultado de quem vê tv.

Não dá.

Anda tudo zombie e instrumentalizado pelos mesmos imbecis de sempre.

Isto por cá é uma anedota- os fósseis que nem para eles sabem, quanto mais para os outros e depois um artista ou um filósofo de aviário, que acabou de ganhar qualquer prémio de aviário e que também tem de ter sempre muito Abril no peito.

Harry Lime disse...

Jaquim,

Tens uma definição um bocado liberal de "socialista".

Tens de ver menos a Fox News.

Rui Silva

Rui Alves disse...

Zazie

"O que chama roubo dos banqueiros não foi nenhuma ilegalidade"

Eu sei, o sistema de reserva fraccionária não é ilegal, e os 3% de reserva eram limites perfeitamente consentidos na lei. Mas repare que eu não falei em ser ilegal. Falei do ponto de vista moral, da ética. Por isso é que eu tive o cuidado de lhe dizer "moralmente classificável como roubo".

Porque uma prática pode estar legalizada, como sucede quando interessa tanto aos que a praticam como aos que fazem a lei, mas não deixa de ser imoral e anti-ética. Por isso, sim, continuo a dizer, o sistema de reserva fraccionária, a re-hipotecagem, e outras imundícies que tal, ainda que legalizadas pelo status quo, são roubo e abuso à luz dos nossos valores morais e éticos.

zazie disse...

Ontém à noite lembrei-me de saber aritmética desta cena da Grécia. Como eles dizem, os neotontos, é bom fazer as contas.

Dei com as contas da Moody a dizerem que é nível perto da falência.

Deixei a questão online, no Blasfémias, já que têm por lá jornalistas e ninguém faz contas.

Hoje o João Miranda traduziu as minhas perguntas em post.

Ninguém nota e ninguém pergunta nada.

Se é falência então é tudo mentira e tem sido mentira política e vão perdoar.

Ninguém empresta a um falido que não se pode endireitar e muito menos pagar de volta. E nem um falido finge pede.

Se é isto, é uma mega farsa com responsáveis todos lá metidos.

Se não é, é fita estúpida dos responsáveis políticos da Grécia.

Mas as agências não costumam fazer bluff. Quem o faz costuma ser por política.

zazie disse...

De todo o modo, só o João Miranda pegou no link que eu deixei.

mas ninguém comenta nada porque o batuque já ia todo num sentido e agora era preciso parar para pensar e isso é coisa que o batuque não permite.

zazie disse...

Do ponto de vista moral é uma imoralidade

AHHAHAHA

Tem as minhas bolhas da macacada numa série bem longa em que pesquisei historicamente a coisa.

A última até foi a que chegou a nós e fiz em cima do acontecimento, ao ler o Memorando (que ninguém leu e depois andou tudo de grelo excitado em campanha eleitoral).

zazie disse...

Acerca das bolhas e dos aprendizes de feiticeiro tenho em série 7 posts:

http://www.cocanha.com/as-bolhas-da-macacada-1/

zazie disse...

Agora é preciso perceber porque é que temos por cá banqueiros que se dizem socialistas.

E dizem. E o mais socialista até está de coleira.

Portanto, a marina fala de cor e isso não explica défice nem bancarrota.

Porque quem tem banqueiros a financiar as políticas que dizem ser socialistas são os mais sociais democratas- os mais estatistas, os que até gostam de à trela o banqueiro de um lado, e o marxista anti-capitalista do outro.

Fica sempre bem estas parcerias e dão voto.

zazie disse...

Resta saber depois é quem fica à trela de quem- o dono ou os que julga que vão atrelados.

zazie disse...

De resto, como pode ter visto pela intervenção do socialista da casa- o Harry lime- o problema são apenas as palavras.

Socialismo é uma coisa que só existia nos países socialistas da Cortina de Ferro e tal e coisa, eles são contra isso, apenas querem cainesianismo de estado.

É assim- palavras, vivem de palavras e perseguem pessoas por palavras e vendem tretas por palavras.

Harry Lime disse...

Mas já agora, o Jaquim fala como se ser socialista fosse uma coisa má :-) :-)

Rui Silva

Harry Lime disse...

Os gregos estão falidos há 4 anos. Isso é mais ou menos consensual. Até o Schlaube concorda com isto.

O problema é que mesmo assim os credores querem o dinheiro. Ora a definição de falencia é não poder pagar aos credores :-)

Rui Silva

zazie disse...

É uma coisa boa- dá reformas cedo, dá boas pensões, dá muitos tachos de obras públicas, dá muitas quintas em Azeitão, dá roupas no Bidjan e depois também dá cana e tem de lutar contra a maldita da austeridade para ter tudo de volta.

zazie disse...

Se estão na falência- a Moody não diz isso- diz que estão no nível mais perto dela, então também é mentira todas estas negociações.

Apenas isto.

Falência é uma coisa- dívida armadilhada é outra e dívida perto disso ainda é outra.

Tecnicamente as coisas não acontecem logo de uma vez. Quando apareceu o referendo e eu fiz o post da Bolha da macacada, ´serie z, à portuguesa, pelas contas pareceu-me estar armadilhada.

Não estava. Enganei-me nisso mas também não ficou porque negociaram na altura os juros.

zazie disse...

A nossa dívida só não ficou como parece estar a da Grécia- no nível que a Moody apresenta, graças ao malandro do Gaspar (de quem eu até nem esperava nada dado o cv chicanguense). Também me enganei. Foi ele que nos safou.

E falo assim porque consigo reconhecer erros e não tenho trela ideológica que obriga a preconceitos.

Rui Alves disse...

Zazie

"Porque quem tem banqueiros a financiar as políticas que dizem ser socialistas são os mais sociais democratas"

BINGO!!

Lembra-me um social democrata que arengava proteger a "sua" ilha contra os capitalistas exploradores mas que nas férias almoçava com o seu amigo e conterrâneo Jardim Gonçalves. E de facto deixou uma "obra" tão impressionante que os primeiros capitães-donatários da ilha devem estar às voltas na sepultura.

zazie disse...

Sim. é isso. O dinheiro não tem cor e político que anda a votos precisa de apoio de todos, incluindo os que financiam patranhas dos que mais dependem deles.

zazie disse...

Errata aí atrás- quando apareceu o Memorando da Troika e não o referendo.

Nunca tivemos cenas de referendo a não ser para abortícios regionalistas e outros.

Zephyrus disse...

A Zazie tem razão e tenho aqui um artigo da Economist que explica bem o que causou a crise.

A diferença desta crise para outra é esta:

há uma dívida brutal no mundo desenvolvido resultante de garantias dadas pelo Estado.

As PPPs em Portugal são um dos maiores exemplos.

Nas outras crises tínhamos a dívida pública e a dívida das famílias e ainda a dívida das empresas.

Agora temos esta novidade, a dívida das «parcerias» entre o Estado e o Sector Privado.

Por outras palavras vários Estados no Ocidente foram capturados por sectores económicos.A obra pública serviu para criar PIB artificial e emprego artificial.

Não há nem vai haver crescimento na Europa por causa da energia, sem uma revolução tecnológica no sector energético não haverá crescimento. O estado social morreu, acabou, os holandeses, suíços, ingleses ou suecos perceberam isso há muito tempo e andam a alterar as regras do jogo. Por cá não percebem que a Seg. Social como está é um monstro insustentável.

O Bagão bem pode ulular que é, pois quer a sua reformazinha intocável. Para muita gente 2000 ou 3000 euros não chega no final do mês porque estão a pagar o colégio privado dos netos e a prestação do apartamento de luxo da filha, mas o Estado não tem nada que ver com o que cada um faz ao seu dinheiro.

Anónimo disse...

«Os gregos estão falidos há 4 anos. Isso é mais ou menos consensual. Até o Schlaube concorda com isto.

O problema é que mesmo assim os credores querem o dinheiro. Ora a definição de falencia é não poder pagar aos credores :-)

Rui Silva»

Caro,

a Grécia pagaria a dívida em algumas décadas, isto se não cair um cometa, ou não houver uma guerra nuclear, ou a Rússia não invadir a Europa, mas adiante,

A Grécia pagaria SE os gregos tivessem reformas em percentagem do PIB dentro da média da UE, veja eles gastam 17% a média da UE é de 13.8% mas com a economia que eles têm teriam de gastar abaixo da média da UE,

depois SE cortassem no salário mínimo e o pusessem igual ao português ou melhor ainda igual ao checo, e cortassem nos salários para valores à portuguesa,

e SE melhorasse a máquina fiscal e pusessem as máquinas com factura obrigatória e comunicação às Finanças, como nós temos,

e SE tivessem uma ASAE forte para controlar os trabalhadores independentes que são o dobro ou o triplo do que há cá,

se fizessem tudo isto começariam a pagar a dívida.

Ora já ficou visto que Reformas por lá são impossíveis em democracia, portanto aquilo é um caso perdido.

zazie disse...

Achar um piadão aos gregos estarem supostamente falidos e o máximo ao governo que esconde isso e ainda os manda votar por negociações como se não estivessem é altamente interessante.

É da mesma ordem de inteligência e probidade que votar num vigarista que escondia o défice com PECs a seguir a PECs.

Mas enfim- no fim há que lutar é contra a injustiça das preventivas.

E combater os remédios para as doenças poderem desenvolver-se livremente com os mesmos estímulos.

Ricciardi disse...

As alternativas a este austerianismo são conhecidas. Basta ver o q se fez nos EUA. Não conheceu desemprego, a economia cresce há anos a um ritmo muito superior à UE.
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Para perceber do assunto é preciso estudar. Economia de preferência. Bitaites são bitaites.
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A não ser q os economistas de topo a nível mundial, que abominam este tipo de austeridade, sejam maluquinhos.
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As calinada são tantas nos comentários da zazie q não se pode ir a todas. Dizer q a culpa do défice é da despesa é não perceber q a receita é igualmente importante. Senão mais.
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Na crise de 2008 a receita colapsou e o défice disparou.
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A redução da despesa tb é importante, desde q efectuada com inteligência. Por exemplo, reduzir a despesa publica reduzindo salários de supetao, tem o efeito de gerar desemprego no privado de imediato. Reduz a despesa com salários e aumenta os subsídios desemprego.
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Isso quer dizer q não se deve baixar salários?
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Não. Quer dizer que o momento para baixa-los é em crescimento e não em recessão. Em crescimento o mercado reabsorve desempregados. Em recessão i mercado não o faz.
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A zazie não faz ideia do conteúdo da teoria de Keynes. Papagueia uns soundbites q houve falar. Se conhecesse não diria o q disse. Pois, foi exactamente a Keynes q se deve o desenvolvimento económico capitalista. Meteu num bolso is clássicos liberais e deu novas armas para debelar crises.
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Rb

zazie disse...

É preciso estudar pois.

E conhecer a natureza humana. Passar dinheiro a vigaristas para gastarem prometendo que é financiamento para poupanças é mesmo coisa que é preciso estudar muito.


Se passarem tudo para os apparatchiks e conseguirem transformar em apparatchik metade da população eu acredito que no fim, pelo menos algum país com mais tino vai ter muitos refugiados de luxo

Ricciardi disse...

O Rui diz-se tecnicamente xuxa. Pelo q leio é tudo menos socialista. Nunca o vi defender a apropriação dos meios de producao. Na verdade, para os libertários, todos aqueles que não forem liberais, são socialistas. A bunch of socislists como diria hayek.
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Rb

zazie disse...

E não, eu não faço ideia do conteúdo do mesmo que nem eu nem os que papagueiam nunca leram.

Mas sei como se vende a mesma coisa mudando-lhe o nome.

Tenho até exemplos de pessoas conhecidas que também acreditam nessas coisas e que tudo é investimento da responsabilidade do Estado.

Uma delas vive num condomínio que ficou um matagal porque toda a gente achou que era da responsabilidade da Câmara.

A Câmara, para agradar e ter votos e carcanhol estatal, ando por lá com um tractor a fingir que ia tratar do matagal e cortou as mangueiras da rega da relva de luxo paga pelo Estado, em direito de financiamento de condomínio privado.

Andou a dar entrevistas em jornais e até criou uma associação de moradores do matagal para exigirem agora do Estado, a reparação e manutenção que eles nunca fizeram porque é investimento assegurado e garantido pelo Estado.

Tanto chagaram a Cãmara que a coisa subiu e teve resolução legal- foram intimados em poucos dias a tratarem imediatamente do matagal privado antes que apanhassem multa da Cãmara.

Embrulhem!

zazie disse...

Socialismo só existe se se apropriar meios de produção. é por isso que o partido socialista é ladrão social democrata mas chama-se socialista para não parecer o rival social-democrata que tem de ser o papão da Direita.

Estas coisas cativam muito as mentes fracas que adoram viver de palavras e acham o máximo serem de esquerda capitalista paga pelo Estado.

zazie disse...

Por acaso esta minha conhecida também é comuna capitalista e com muitos produtos financeiros mas vota socialista para se sentir mais social-democrata.

Ricciardi disse...

Isso é verdade, quer dizer, usam deficientemente Keynes para poderem fazer obras. Como Keynes defendeu q a procura agregada devia ser mantida para q o desemprego não disparasse em tempos de crise, usando investimentos do estado ou baixa de impostos, os xuxinhas pegaram nesta parte e desataram a gastar à toa. Nem quiseram saber da parte em q, qdo a economia comece a crescer q tinham de repor o q tiraram.
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Rb

Anónimo disse...

"são todos uma cambada de socialistas."

HAHAHA

Ainda podia meter aí a Manuela Ferreira Leite e o Bagão Félix.

Ricciardi disse...

A última crise não foi derivada dos excessos de despesa do estado, nem dos excessos de dívida dos estados. Recordo que em 2007 a dívida média europeia era, salvo o erro, na ordem dos 55%. Portugal estava acima, nos 68%.
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A crise deveio pelo colapso duns bancos gringos q despoletou uma série consequências devido ao facto de ter 'revendido' creditos, anos a fio, em forma de derivados, pela aldeia global. Vários bancos europeus estavam entalados com esses fundos.
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Os estados socorreram os bancos. O programa irlandes foi exclusivamente para salvar bancos. A UE inventou um sistema para q is estados financiassem bancos. O BCE emprestava massa as bancos e estes compravam dívida pública.
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O problema português, grego, espanhol e francês, porém, tem contornos de natureza diferente. A crise de 2008 veio trazer à tona estes problemas. Ou antecipar aquilo q aconteceria numa decada, se nada fosse feito.
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Os problemas destes países são de competitividade com o exterior. Ou porque fabricam produtos maus ou porque o fazem a preços maus. Qualidade e preco. As duas coisas, provavelmente.
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A qualidade (no sentido de produtos com Valor) tem a ver com a fraca gestão, nível de educao, pouca i&d, marketing etc. Portugal precisa de uma revolução a este nível. Enquanto não acontece termos uma moeda flexível dava jeito para competir em preço.
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Como não temos uma coisa nem a outra, vai ser difícil. Principalmente se não refundarmod o sistema educativo. Sair do Euro, de forma ordeira, seria bom começo.
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Rb

Harry Lime disse...

Em primeiro lugar algumas notas vindas de uma mente naturalmente socialista:

a) a divida de um pais não é para ser paga por atacado, é para ser gerida.

b) Reformas? Muito bem, claro. Mas temos de ver o que é reestruturar. Reestruturar, signifca lato sensu que os recursos na economia estão a ser mal alocados. Exemplo: investidores do Norte da Europa preferem investir em vivendas no Sul de Espanha ou em PPSs em Portugal a investir em actividades produtivas.

c) Por isso, podemos perguntar-nos em que é que reduzir as reformas ajuda a reestruturar a economia. Pode ajudar um pouco! Mas o efeito principal vai ser deprimir a procura na economia, prejudicando ainda mais as poucas empresas gregas (ou portuguesas ou espanholas, ou italianas) que se dedicam a actividades "produtivas". Certo?

d) Porque todos os que conhecem o conceito de "marginal propensity to consume" sabem que os aumentos no consumo (e com eles o aumento da procura) é maior nos individuos e familias com rendimentos mais baixos. Sim, são as ideias komunas (e pior, Socialistas!) desse perigos komuna, trotskista que dava pelo nome de Keynes.

Assim, essa conversa de reformas altas ou baixas pode até ser falacciosa. Tendo em conta o custo de vida, uma reforma de 700 euros na Grecia pode ser equivalente a uma de 500 em Portugal.

A triteza total é haver "pessoas inteligentes" que acreditam que 500 ou 700 euros servem para alguém viver de forma digna.

Rui Silva

Harry Lime disse...

Phonix, o Ricciardi mais uma vez antecipou-se e escreveu precisamente o que eu queria escrever!

Bolas! Malvado sejas, Rb! :-) :-) :-)

Rui Silva

Harry Lime disse...

Eu uso a minha qualificação xuxa com ironia. É verdade que voto PS mas é também verdade que nunca tentei apropriar-me dos meios de produção. E neste ultimo aspecto estou acompanhado por outros camaradas xuxas (o Gangsta 44, por exemplo)

Na realidade, e estas foram as grandes descobertas dos meu cursinho no UK, há dois pensadores que eu sigo como deuses: no campo macroeconomico, o Keynes, e no campo microeconomico, o Warren Buffet.

Este ultimo tem a vantagem de me ter inspirado a investir nos mercados de capitais (seguindo os seus ensinamentos) com resultados que não envergonham ninguém.

Mas a verdade é que nenhum destes dois grandes pode ser designado por socialista (quer dizer, fora da FOX News e do Portugal Contemporaneo, não pode...).

Rui Silva

Harry Lime disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Harry Lime disse...

Alias, é extremamante irónico que numa altura da história em que a sociedade está mais virada à direita do que nunca (e isto é evidente), exista cada vez mais a retórica dos "reaccionários" a armar em vitimas e a chamar xuxas a quem se desvia um milimetro que seja da ortodoxia neo-liberaloide.

Rui Silva

zazie disse...

Dizem que até um macaco sabe especular e eu acredito.

zazie disse...

"O Sócrates é invendível, incompravel, e imprestável." Vicente Matheus para Rui Silva- o grande financeiro antiliberal.

zazie disse...

E eu também acho que a é uma porra andar-se com antenas de loja de chinês e depois só se dar com o caminho paro fundo.

Harry Lime disse...

Mas eu não sou antiliberal. Só acho que o liberalismo tem limitações. Mais nada.

E o Gangta 44 é apenas mais um personagem tipico da nossa politica. O Bom Passos só não foi o que o G44 foi porque não teve a oportunidade porque o ambiente onde eles "cresceram" é semelhante.


Rui Silva

PS. Eu não especulo, eu invisto. E não ponho em causa a minha macaquice. :-) :-) :-)

PPS. Mas uma virtude do Gangsta 44 é que me parece que ele foi dos poucos que "intuiu" minimamente o que significava a vinda da troika.

Ricciardi disse...

Isso é verdade, quer dizer, usam deficientemente Keynes para poderem fazer obras. Como Keynes defendeu q a procura agregada devia ser mantida para q o desemprego não disparasse em tempos de crise, usando investimentos do estado ou baixa de impostos, os xuxinhas pegaram nesta parte e desataram a gastar à toa. Nem quiseram saber da parte em q, qdo a economia comece a crescer q tinham de repor o q tiraram.
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Rb

Ricciardi disse...

O Rui diz-se tecnicamente xuxa. Pelo q leio é tudo menos socialista. Nunca o vi defender a apropriação dos meios de producao. Na verdade, para os libertários, todos aqueles que não forem liberais, são socialistas. A bunch of socislists como diria hayek.
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Rb

Anónimo disse...

O Rui diz-se tecnicamente xuxa. Pelo q leio é tudo menos socialista. Nunca o vi defender a apropriação dos meios de producao. Na verdade, para os libertários, todos aqueles que não forem liberais, são socialistas. A bunch of socislists como diria hayek.

Eu também sou assim. Tecnicamente ninguém me pode apelidar de xuxa. Nem a mim nem a nenhum socialista português, até porque sou rico e não partilho a riqueza com toda a gente. É uma forma que os neoliberais têm de engavetarem os que nós não engavetamos como sendo neoliberais.
Rb

Euro2cent disse...

> "O Sócrates é invendível, incompravel, e imprestável."

Duas em três não é mau.

> antiliberal.

Devia haver mais disso. Os jacobinos têm duas estirpes, a libertária e a igualitária, e são as duas venenosas.

Infelizmente, apresentam-se amigavelmente como a gama total de alternativas possíveis.

zazie disse...

Este ao menos sabe explicar e não tem MBA

http://blasfemias.net/2015/07/03/guia-para-perceber-o-debate-da-sustentabilidade-da-divda/