19 fevereiro 2015

tsipras

O Alex humilhou os gregos

7 comentários:

Rui Alves disse...

Acho que o Tsipras e a sua malta andaram a estudar nesta escola dos Monty Python:

https://www.youtube.com/watch?v=Es0t50H44IE

Euro2cent disse...

A unica moralidade que nos sobra é a financeira.

É a que interessa aos nossos donos. O resto, o gado que se dane.

Registo enojado o gáudio dos endividados que não são ainda vítima do chicote do cobrador.


Euro2cent disse...

E mesmo a moralidade financeira é muito relativa.

Por exemplo a conduta criminosa dos passadores de dinheiro do HSBC ainda não foi, nem provavelmente nunca será, punida, e a imprensa devedora cala as malfeitorias:

http://www.theguardian.com/media/2015/feb/19/telegraph-250m-loan-hsbc-editorial-changes-yodel

(Sim, é a comadre da esquerda a meter o dedo no olho da comadre da direita, benza-a Deus.)

Por cá nem se ouve falar. Andam todos contentinhos armados em chefes de turma da Grécia.

Rui Alves disse...

Mas caro Euro2cent, eu diria que o alvo de chacota não são os endividados, mas sim os seus representantes: Tsipras e o seu clube lunático, que assumiram promessas eleitorais absurdas e inconciliáveis, e estão agora a ver-se... gregos.

Lionheart disse...

Gozem, gozem, mas os gregos obtiveram uma vitória hoje. Leiam o acordo e deixem de lado as patranhas dos Esteves Martins desta vida. Vale a pena os pequenos países serem reivindicativos. Se nós não formos, os outros não querem saber de Portugal para nada. Nem se lembram que existimos. Os gregos podem ser chatos, mas os portugueses são invisíveis.

E teve de ser o Syriza a fazer o trabalho sujo porque não é um partido alinhado com os partidos europeus aos quais o PSD, o PS e CDS estão enfeudados, e por isso mesmo a ameaça do Syriza teve de ser tida em conta pela Europa. Para cabrão, cabrão e meio.

A ideologia é um meio, não um fim. A ideologia do Syriza serve para a Grécia lutar contra a ideologia da direita alemã que está consagrada no Tratado orçamental, e que a condena à "escravatura" da dívida. Um partido como a Nova Democracia, que pertence ao PPE, ou um partido socialista, nunca poderiam ter a mesma postura reivindicativa do Syriza, porque estão demasiado comprometidos com as directivas dos partidos supranacionais que os tutelam. É por isso que os alemães acham o Syriza tão irritante. Mas o Syriza não foi eleito para defender os interesses dos alemães, por isso azar.

Euro2cent disse...

> o alvo de chacota não são os endividados, mas sim os seus representantes

Claro, são os PIGS

Já deixaram de publicar essa na imprensa, ou ainda continua?

Os passadores de dinheiro têm uma lata descomunal, e um aparelho publicitário ainda maior.

Os gregos deviam oferecer para venda os seis submarinos alemães que compraram. À melhor oferta, fosse de quem fosse. Só para ver.


Lionheart disse...

Os laranjinhas estão muito aziados hoje. Fica-lhes mal, porque significa que não estão seguros do seu "rumo". Isto de ser capacho é muito incómodo quando os ventos de fora mudam. Reparem que a Irlanda, que foi muito mais bem sucedida a sair da crise do que Portugal, não tem dito nada de acintoso contra a Grécia. Até manifestou abertura em relação a uma conferência internacional para reestruturar a dívida grega. Se depois na prática isso seria realista é outra coisa. Certo é que a Irlanda está noutra, está segura de si. Não precisa de dizer que não é Portugal ou a Grécia, porque ninguém a confunde, ponto.

Já este governo (não a generalidade dos portugueses) foi sempre muito infeliz a querer fazer um contraponto com a Grécia. Não é preciso ser mesquinho, achincalhando quem está por baixo, para ganhar as boas graças de quem tem poder. O governo pode ter obtido umas palmadinhas nas costas do Scheuble, mas humilhou Portugal, aceitando ser testa-de-ferro da Alemanha contra um país pequeno. Uma vergonha.

O governo Sócrates desonrou o país por ter levado o Estado e a economia à bancarrota; o governo Passos é outra desonra porque foi sempre unha com carne com uma intervenção estrangeira.