O Carnaval foi um período Zen para mim, li,
meditei e dilui-me no cosmos; ao ponto da I. começar a ficar preocupada comigo :-) .
O Budismo Zen não é uma religião e também não
tem um Deus antropomorfizado. Aceita contudo que existe um Princípio e tem
alguns pressupostos inultrapassáveis. O meu Roshi chama-lhes “factos”, a saber:
‹‹A vida, o envelhecimento, a doença e a morte››. Buddha ainda identificou
algumas fragilidades – ou doenças – que afectam todos os seres humanos: o
egoísmo, a agressão, o ciúme e a inveja.
O Zen procura levar-nos a aceitar os “factos
da vida” e a lidar com as fragilidades humanas. O Cristianismo não se afasta
muito desta filosofia quando nos desafia a aceitar a vontade de Deus (aceitar
os factos da vida) e a não pecar (não agredir, cobiçar ou invejar).
Quase todas as religiões têm as suas raízes
nestas “tradições” ancestrais.
Quando o Papa Francisco nos alerta para
que não ter filhos é egoísta, não está a fazer mais do que dar eco à tradição.
No Génesis Deus diz: ‹‹Crescei e multiplicai-vos››, o que poderia dizer o Papa
Francisco? Extingui-vos?
Quando a Ana Matos Pires, do Jugular, chama parvo ao Papa e diz que se ele é egoísta nada lhe dá o direito de generalizar, eu digo-lhe: a menina além de parva é ignorante porque todos somos
egoístas.
Eu luto todos os dias para ser menos egoísta,
mas é uma fragilidade que me vai acompanhar até à morte. A mim, ao Papa
Francisco e até à Ana Matos Pires que está em piores lençóis do que nós porque revela
pouca capacidade para lidar com o seu egoísmo.
4 comentários:
Joaquim, também deve falar só por si, como o Papa. Se o joaquim diz que é egoista, faça mais filhos.
Mas então ... a camarada Rand ... então dão-se facadas destas pelas costas aos mortos?
Não foi ela que escreveu que "o egoísmo é um humanismo", ou estou a fazer confusão?
A Ana Matos Pires é que tem o preconceito (tal como o Papa) de que ser egoísta é mau.
O "socialismo" das jotas é assim
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