19 dezembro 2014

o Estado dá, o Estado tira


Qual é a posição libertária em relação à greve? Em primeiro lugar reconhecer o que são os sindicatos e qual é o papel da greve.
Os sindicatos são cartéis que procuram limitar o funcionamento dos mercados, inflacionando o preço do trabalho. A greve é a arma destes cartéis que procuram monopolizar o mercado do trabalho e coagir os empregadores sob a ameaça da paralisação.
Os libertários são contra os monopólios, mas ao mesmo tempo procuram defender a liberdade de associação e de negociação. Neste sentido, nunca proibiriam os sindicatos e a greves.
Procuram, contudo, equilibrar a balança garantindo o direito do empregador ao despedimento. Ainda, procuram garantir o livre funcionamento dos mercados, de modo a nunca deixar os consumidores na mão de monopolistas e de cartéis mafiosos.
A nossa posição não é de esquerda, desequilibrando a balança a favor dos trabalhadores. Mas também não é de direita, desequilibrando a balança a favor dos empregadores. Procuramos o equilíbrio na liberdade e nos mercados.
Vamos agora ao caso da TAP, de que lado estamos? A favor ou contra a greve e a favor ou contra a requisição civil?
A TAP é um apêndice do Estado e os cartéis que promoveram esta greve também. A Lei protege-os mesmo quando os seus fins são políticos e prejudicam gravemente o País. A actual situação, portanto, não passa de uma patologia do colectivismo/socialismo.
Em liberdade a TAP nunca existiria e a capacidade dos sindicatos para provocarem o caos estaria limitada pela concorrência.
O meu sentimento em relação à greve/requisição civil é, em conclusão, o seguinte: o Estado criou o problema, o Estado que o resolva. Até que os cidadãos prefiram a Liberdade ao Estado.

5 comentários:

Ricciardi disse...

Caro Joachim,

Eu vou por outro lado. Esta greve é justa e aceitável ou não?
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Claramente que não é justa nem aceitável.
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Tem objectivos que nada tem a ver com os trabalhadores. Tem por objectivo tomar uma posição de força para condicionar a privatização. Ora isso não cabe aos trabalhadores decidir. Cabe exclusivamente ao accionista que por mero acaso é o estado.
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Ainda, aos sindicatos poderá chamar-lhe de lobbies, se quiser. Talvez esta palavra mereça mais a sua concordância liberal.
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Um lobbie faz pressão e usa os meios disponiveis para obter os seus fins. Os sindicatos não passam de grupos de pressão.
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Se os meios forem equilibrados não vejo problema algum. É justo lutar-se por melhorar as nossas condições. Se se utilizarem meios desproporcionados e injustos, como é o caso, então a requisição civil é bem aplicada.
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Rb

Ricciardi disse...

Joachim, eu viajo muito de avião. Muito mesmo. E já não me lembro de viajar pela TAP. É a companhia mais cara de todas. Muito mais cara. Com um serviços medianozinho. É a minha última opção e a opção de recurso último. Não sei para que serve aos portugueses se estes tem possibilidade de viajar noutras a preços mais em conta.
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Rb

Ricciardi disse...

Falam da necessidade da TAP nas mãos do estado por causa do PALOPS e dos emigrantes e outras barbaridades. É falso. A única coisa que pode ter sentido é a ligação com as regiões autonomas. Aqui sim tem sentido o serviço público.
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Para os Palops existem inumeros voos de outras companhias. A preços mto mais baixos. E até nos vêm buscar ao Porto ou a Lisboa.
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Rb

Impertinente disse...

«O Estado criou o problema»? «O Estado que o resolva»?
Quem é essa entidade mítica a que chama Estado?
«Até que os cidadãos prefiram a Liberdade ao Estado»?
Cidadãos? Quais cidadãos? Quando vai isso acontecer?
É muito fácil enrolar os problemas em retórica.

Ricciardi disse...

Ǥ 2435

A greve é moralmente legítima quando se apresenta como um recurso inevitável, e mesmo necessário, em vista de um benefício proporcionado. Torna-se moralmente inaceitável quando é acompanhada de violências ou ainda quando se lhe atribuem objetivos não diretamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum.» Catecismo
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Rb