16 julho 2014

lamentável












Ontem assisti a uma entrevista lamentável da jornalista Helena Garrido sobre a falência do grupo Espírito Santo. Quando o jornalista lhe perguntou se o colapso financeiro do grupo era fruto de uma “pirâmide de Ponzi”, a Helena sem pestanejar afirmou que sim que havia semelhanças.
Depois, em tom de desabafo foi proclamando que afinal “sempre havia pessoas a viver acima das sua possibilidades... “.
Ora tanto quanto se sabe os problemas do grupo Espírito Santo não são comparáveis aos do Sr. Madoff nem aos esquemas da D. Branca. Com certeza que a gestão do grupo não foi previdente e que podem ter sido cometidas ilegalidades, contudo estamos a falar de situações distintas.
Era útil que os jornalistas usassem do máximo cuidado na análise destes assuntos, para não estarmos a dar tiros nos pés que sustentam a credibilidade do País.

13 comentários:

Anónimo disse...

Bem, a exposição de algumas grandes empresas portuguesas ao GES é na ordem dos 5 mil milhoes de euros. Isso vai abanar algumas empresas envolvidas além da PT.
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O BES, a ser verdade que as imparidades são na ordem dos 7 mil milhoes (incluindo angola) safar-se-à recorrendo aos seus accionistas actuais e, provavelmente, convertendo alguns credores em accionistas.
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Mas não tenho a certeza qual a exposição que o BES tem ao GES. Temo que os 'contabilistas' tenham feito demasiado bem o seu trabalho. Pode ser coisa superior ao que se diz. E se for assim, bem, se for muito superior então a coisa descamba para toda a economia pois a única alternativa seria usar o dinheiro do estado que é, digamos, a pior solução para o país.
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A confirmar-se que a divida do GES ao BES é superior ao que se pensa, o esquema pode não ser tecnicamente Ponzi mas que anda lá perto lá isso anda.
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Rb

Anónimo disse...

Em suma, confirma-se que o mercado está completamente desregulado e entre a si próprio com as consequencias que agora vemos. Os auditores não auditaram. Percebo bem porque é que avalizaram contas sem reservas quando haviam reservas imensas a apontar às contas.
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O Auditor das contas do BES e do GES deve ser imediatamente levado a justificar-se nos locais apropriados.
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Rb

Anónimo disse...

Ao contrário daquilo que defende o Ricardo Arroja, eu sou completamente contra a ideia dos bancos puderem emprestar dinheiro aos seus accionistas de referencia.
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Precisamente para evitar este tipo de esquemas de financiamento em cadeia por diversas empresas ligadas aos mesmos accionistas.
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O interesse dos accionistas é algo distinto do interesse de segurança dos clientes bancários. E quando se trata das nossas poupanças as mesmas não devem servir para financiar interesses particulares do grupo bancário.
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Rb

Anónimo disse...

Conheço bancos em Angola que se dedicam a emprestar dinheiro aos seus accionistas. O resultado é fantástico. Um valor em créditos em mora estratosférico. Mais grave, os gestores desses bancos nem podem pedir o reembolso da massa aos accionistas a quem emprestaram a massa porque provavelmente são despedidos.
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Há situações de bancos em angola cujo credito em mora há mais de um ano está nos 25%.
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As auditoras de lá, tal como cá, tambem fecham os olhinhos. São as mesmas, aliás.
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Rb

Pável Rodrigues disse...

O que mais faltava para que o "circo" ficasse ainda mais composto, era ver Joaquim Couto tomado de dores pelos do "Espírito Santo". Benza-o Deus!
O que se está a passar com o BES e consortes ultrapassa em muito o tão proclamado "fim de regime". Com este monumental chuto no traseiro dos senhores feudais mais emblemáticos do "condado portucalense" dos últimos duzentos ou mais anos, as troikas que comandam a Europa puseram ponto final no decrépito e,cada vez mais mafioso, reino dos afonsinos.
Os "aliados" Ingleses que garantiram, ou obrigaram os indígenas, a garantir, a independência do "pequeno rectângulo", pelo menos desde os tempos do nosso D. João I "de Lencastre", para usufruírem, como melhor lhes convinha, da famosa "Praia Lusitana", já há muito que, privados da sua supremacia militar, nomeadamente nos mares, davam sinais claros de desinteresse pela coisa.

Concordo com J. Couto num ponto: -"Os problemas do grupo Espírito Santo não são comparáveis aos do Sr. Madoff nem aos esquemas da D. Branca." Pois não, não são comparáveis. Os problemas da D. Branca foram crimes do foro financeiro. Os crimes dos Espírito Santo são muito maus abrangentes. São crimes do foro político,económico e financeiro. Ou simplesmente de "associação criminosa"?

Vivendi disse...

Concordo com a análise do RB e do Pável Rodrigues.

Os 2 andaram próximos da verdade.

Vivendi disse...

Já não há milagre que salve este regime. Ou os portugueses mudam de regime ou a nação afunda-se junto.

Anónimo disse...

hahahahaha...mais uma vez o jaquim aqui da tasca prova ser um menino...repete comigo o que a Branca e o Madoff fez e o que a Financa faz, mais nada. Uns teem mais backup (leia-se too big to fail) que os outros.

Elaites

Manuel disse...

fico deveras perplexo ler o que pensa o Joaquim Couto sobre o BES.
por acaso ainda acredita no Pai Natal??? então acha possivel que o incomprimento desta natureza é ómente fruto de má gestão do dinheiro aplicado?? as noticias das contas avolutadas nos banco Suiços da familia Espirito Santo, são obras da imaginação?? O Garnadeiro consegue quase transformar a melhor empresa Portuguesa (PT), para ajudar os amigos (ou a ele proprio...) pfv tenha algum pudor e olhe para a realidade de quem tenta sobreviver nesta miseria de País.

francisco manuel

Euro2cent disse...

> Concordo com a análise do RB e do Pável Rodrigues.

E obrigado por dizerem alguma coisa que se perceba.


> Era útil que os jornalistas usassem do máximo cuidado na análise destes assuntos

O Contra-Informação dantes era bom neste tipo de coisas. O resto dos escribas (e actores de voz) serviam, e servem, para deitar poeira.


zézinho disse...

Depois é o Isaltino que vai dentro porque, esse sim, ia desgraçando o país...

cfe disse...

Muito bem dito pelo Rb e o Pavel. So quero fazer um reparo: provavelmente tudo o que fizeram era permitido por lei

Anónimo disse...

Cretino