Jesús Huerta de Soto chama “socialismo de direita” ou “socialismo conservador” à ideologia dos partidos socialistas que
procuram manter o “status quo” e os privilégios de determinadas pessoas ou
grupos sociais.
Em Portugal todos os partidos socialistas e
sociais-democratas, neste sentido, são de direita. São avessos ao progresso e
protegem os seu apaniguados contra o interesse geral. Os desempregados, por
exemplo, são as vítimas visíveis deste socialismo de direita.
O BE até às eleições europeias podia considerar-se
um partido socialista alternativo. Ultimamente, porém, tem dado sinais de
abandonar essa via e de aderir ao socialismo de direita puro e duro. É uma pena,
porque a crítica alternativa é útil e anima o debate político.
Os verdadeiros conservadores, por seu turno,
são "socialistas de necessidade" porque são avessos a mudanças bruscas. Defendem o SNS, a
educação gratuita até ao doutoramento e as políticas sociais típicas do Estado
Providência. Não pretendem rupturas nem revoluções como seria de esperar de um
bom conservador. Preferem mitigar o socialismo com medidas virtuais, como, por
exemplo, transformar os hospitais do Estado em EP’s.
Neste contexto, o socialismo, em Portugal, impera soberano e
desenfreado, para desgraça de todos nós, sem qualquer oposição.
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