16 abril 2014

re: o libertarianismo é mais de esquerda do que de direita

Por outro, o libertarianismo pode e deve ser compatível, quando não exige, uma ordem socialmente conservadora, dados os mecanismos naturais de inclusão e ostracismo conferidos pelo direito de propriedade correctamente entendido ou formulado.

Por exemplo, sem estado social, a família deixaria de ser minada com a quebra de relações de cooperação intra-familiar-alargada baseadas na necessidade e numa hierarquia voluntariamente aceite (assente na preservação e acumulação de património, como segurança) que foi sempre o núcleo da ordem social, nunca o indivíduo em si mesmo.

Ainda por outro, o conservadorismo no seu pior, é um grande mal para o tradicionalismo. Não pensa nem reflecte porque quer conservar o que a cada momento a realidade social é. Apenas quer conservar. Por isso, acha por bem, hoje, conservar o estado social e assistir à desagregação social individualizante. O indivíduo e o Estado Moderno, e uma crescente religião secular progressista que acredita no primado da vontade Geral sobre o direito natural e que a direita tem vindo a absorver, é o que resta.

Claro que o calcanhar de aquiles é a taxa de natalidade (além de outros: a instabilidade económica natural da social-democracia, o sistema monetário socialista em que assenta, a crescente exigência de localismo que se manifesta nos movimentos de secessão). A seu tempo o tema será colectivizado.

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