30 abril 2012

um bom exemplo

Desde há duas semanas que quase todos os bancos espanhóis partilham um código de boas práticas bancárias lançado pelo executivo de Rajoy. Entre as medidas contempladas encontra-se, então, a possibilidade da entrega do imóvel ao banco ser suficiente para saldar a dívida contraída com o crédito à habitação.
DE

PS: Não é necessário legislar por tudo e por nada, neste caso sugeriu-se um código de boas práticas.

ahahahah (sub-prime nas pensões)

Fundo da Segurança Social vai poder investir na banca independentemente do risco

Na minha opinião, esta medida só se justificaria, e em último recurso, se a banca fosse pública.

PS: Sub-prime nas pensões - Rb, na caixa de comentários.

uma figura de mulher

Não existe a mais remota chance - a mais remota - de Portugal se bater com a Alemanha e os outros países do norte da Europa no jogo da produtividade e da eficiência, que é um jogo essencialmente masculino.

Agora, já não vai ser suficiente abandonar o euro. Vai ser necessário abandonar também a UE a fim de o país dispôr de políticas proteccionistas que lhe permitam sobreviver economicamente.

A Alemanha é uma figura de homem, Portugal uma figura de mulher. Não existe outro paradigma que permita compreender tão completamente a relação entre os dois países e aquilo que nos espera se continuarmos nesta via. É querer que uma mulher se comporte como um homem.

trapalhada


A China Three Gorges está a condicionar o pagamento integral dos 2,7 mil milhões de euros que acordou com o Estado português, pelos 21,35% do capital da EDP, à clarificação do quadro regulatório do sector eléctrico. Sensível aos argumentos chineses, o Governo já se comprometeu, no documento enviado à ´troika' a 9 de Fevereiro, a dar por concluídas as negociações sobre o novo enquadramento da regulação até final de Abril - ou seja, hoje.
O Diário Económico sabe que a Three Gorges enviou uma carta a Eduardo Catroga, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP - órgão onde estão representados os accionistas de referência da empresa - na qual expressa as suas preocupações. Uma mensagem que, entretanto, já foi passada ao Governo português.

No DE

29 abril 2012

excelente

Recomendado pelo Economist.

compreender

"Nem nunca eles nos vão compreender a nós, nem nunca nós os vamos compreender a eles". Foi assim que a minha mulher, sentada ao meu lado no automóvel, quebrou  um período de silêncio enquanto viajávamos esta manhã entre Zurique e  Nuremberga. Tínhamos acabado de atravessar Estugarda e contemplado o seu imponente parque industrial.

Momentos antes eu vinha a pensar: "Tudo isto é masculino. Até as mulheres parecem homens".

Zurique

Foi aqui na Catedral de Grossmunster em Zurique que em 1520 o padre católico Huldrych Zwingli desencadeou a Reforma Protestante na Suíça.

A Reforma Protestante, que abriu as portas à modernidade, foi, do ponto de vista social e em primeiro lugar, uma revolta contra o poder e a influência das mulheres na sociedade.

hilariante



o jornal da populaça

Jornal Público dedica a primeira página a condenado por roubo e assassínio.

28 abril 2012

deliquentes

Encontro-os todos os dias, basta abrir um jornal, ver uma televisão ou ter uma conversa com um português. Refiro-me aos episódios e às razões que documentam a falta de cultura democrática dos portugueses.

Hoje, decidi escolher este.

É claro que se perguntarem à Filomena Mónica se é democrata, ela vai responder que sim, se calhar até ficará ofendida com a pergunta (os portugueses ofendem-se facilmente, é outra das suas características culturais).

Mas a verdade é que um verdadeiro democrata nunca proferiria a afirmação que dá o título à notícia.

Então a democracia elege deliquentes? E, ainda assim, você consegue ser democracta?

A afirmação é um insulto ao povo e à democracia.

universidades rascas

Dezenas de recém-licenciados podem ver os seus graus anulados por causa da existência de propinas em atraso. As universidades estão a fazer um esforço para recuperar milhões de euros de dívidas existentes. Nas últimas semanas, enviaram cartas aos antigos alunos dando-lhes uma última oportunidade para regularizarem a situação. Caso não a resolvam, podem ser alvo de penhoras ou, em último caso, ver cancelados os actos curriculares relativos a esses anos lectivos.
Isto não seria uma espécie de "sharia" académica? As universidades têm capacidade jurídica para anular licenciaturas a ex-alunos com dívidas? Tenho dúvidas, muitas dúvidas. A execução de uma dívida tem de seguir determinados trâmites legais e não me parece que devam ser os credores a julgar, em causa própria, quais as penalizações a aplicar.
Um jovem licenciado desempregado, por exemplo, sem meios para regularizar um pagamento em atraso, deve perder o diploma que o pode ajudar a sair da sua situação? E um estudante que tenha falido? A universidade não tem de se associar aos restantes credores?
Parece-me que, com esta ameaça, as universidades se tornaram verdadeiramente rascas. Os magníficos reitores, por seu turno, revelaram tão pouca grandiosidade, generosidade e nobreza de espírito, que ficamos com poucas razões para lhes continuarmos a chamar magníficos.

universais

Quando o povo português governa, o povo português imita.

A imitação do regime político democrático dos países do norte da Europa saiu mal mais uma vez (foram já várias as tentativas desde 1820 todas com  mesmo resultado - o falhanço).

A realidade é que o povo português não tem uma cultura democrática. Não existe nada de dramático nesta realidade. Uma das mensagens novas que o Cristianismo veio trazer ao Judaísmo foi a de que não existem regimes políticos universais - e a democracia não é excepção.

o povo

Tem-se posto excessivo ênfase na responsabilidade que cabe aos políticos na presente crise económica e social e no colapso das instituições. Ainda recentemente o Joaquim citava aqui um artigo a propósito da Grécia  onde a responsabilidade é remetida inteiramente para os políticos.

Trata-se de um argumento largamente demagógico. Os políticos têm certamente a sua quota-parte de responsabilidade, mas a responsabildade maior, essa, pertence a quem os escolheu e a quem os lá pôs - o povo.

falhou

Passados 38 anos sobre o 25 de Abril, o que é que falhou?

Falhou a implementação da democracia, o regime político em que todos são iguais perante as regras.

Eu poderia invocar muitos episódios e várias razões para explicar por que é que isto foi assim, mas todas se resumem  numa só: cada português não gosta de ser igual ao outro.

os ateus não são de confiança

Há um preconceito contra os ateus? Há autores que afirmam que sim. Diversos estudos empíricos demonstram que a grande maioria dos inquiridos não confia nos ateus.
Só que eu não lhe chamaria preconceito. Quem é que pode confiar numa pessoa que não acredita em valores transcendentais?

o homem-massa que chegou a Presidente

O presidente da República Cavaco Silva disse, esta sexta-feira, em Águeda, que as empresas portuguesas não conseguirão afirmar-se nos mercados internacionais à custa de salários baixos, apelando a outras estratégias de crescimento.

o homem-massa


Numa boa ordenação das coisas públicas, a massa é o que não actua por si mesma. Tal é a sua missão. Veio ao mundo para ser dirigida, influída, representada, organizada – até para deixar de ser massa, ou, pelo menos, aspirar a isso. Mas não veio ao mundo para fazer tudo isso por si. Necessita referir a sua vida à instância superior, constituída pelas minorias excelentes. Discuta-se quanto se queira quem são os homens excelentes; mas que sem eles – sejam uns ou outros – a humanidade não existiria no que tem de mais essencial, é coisa sobre a qual convém que não haja dúvida alguma, embora leve a Europa todo um século a meter a cabeça debaixo da asa, ao modo dos estrúcios para ver se consegue não ver tão radiante evidência. Porque não se trata de uma opinião fundada em factos mais ou menos frequentes e prováveis, mas numa lei da «física» social, muito mais inamovível que as leis da física de Newton. No dia em que volte a imperar na Europa uma autêntica filosofia – única coisa que pode salvá-la –, compreender-se-á que o homem é, tenha ou não vontade disso, um ser constitutivamente forçado a procurar uma instância superior. Se consegue por si mesmo encontrá-la, é que é um homem excelente; senão, é que é um homem-massa e necessita recebê-la daquele.

Ortega y Gasset, A Rebelião das Massas

27 abril 2012

taxa alimentar

Cristas conhecerá a clientela das grandes superfícies?

populismo à portuguesa

Nova taxa alimentar vai custar 5 a 8 euros por metro quadrado aos hipermercados

Nova taxa pode custar entre 5,5 e 9 milhões à Sonae e Jerónimo Martins

A nova taxa vai ser paga maioritariamente pelas pessoas de baixos rendimentos que são os principais clientes do Continente e do Pingo Doce, digo eu.

25 abril 2012

porque não sou de esquerda

Não sou de esquerda porque não tenho uma visão do mundo que gostasse de construir. Há mil e uma maneiras de nos organizarmos e de vivermos em sociedade e a minha paixão é descobrir, a cada momento, como somos e para onde vamos.
Tenho uma fé inabalável na capacidade humana para fazer o Bem. Em liberdade, o nosso potencial é infinito. Basta pensar que a nossa aventura colectiva tem mais de 150.000 anos e é uma história de sucesso. Começamos por um pequeno bando de primatas que se aventurou a sair de África e aqui estamos hoje com mais de 7.000.000.000 de indivíduos, irmanados por um destino comum, neste planeta especial e talvez único que é a Terra.
Somos uma espécie inteligente e curiosa, criativa e sociável, mas apenas mais uma espécie da criação divina, sujeita aos constrangimentos inerentes à existência animal. O nosso objectivo comum, como o de qualquer outra espécie, é “Crescermos e Multiplicarmo-nos”. As famílias, as tribos, as nações e os estados, são apenas veículos ao serviço desse fim, que podemos designar por Bem Comum.
As instituições culturais emergiram de forma espontânea, ao longo de milénios, como produto agregado da ação individual. Não foram planeadas nem desenhadas por ninguém. A evolução depende portanto da liberdade de ação e esse é o valor essencial que temos de preservar e promover. A esquerda, com os seus modelos construtivistas, é naturalmente inimiga da liberdade. Em liberdade emergem soluções e equilíbrios sociais que só por improvável acaso coincidiriam com qualquer agenda política.
Ser de esquerda é sempre apostar no passado porque é olhar para o futuro à luz do que sabemos, à luz do que já foi. É ser reaccionário, é ter medo, é não confiar na capacidade individual, é não acreditar no valor supremo da liberdade.
Após o 25 de Abril, é natural que um povo pouco habituado à liberdade fosse seduzido por ideologias inimigas da liberdade, esquecendo que sem liberdade não há futuro. Hoje, no 38º aniversário desta data, Portugal continua preso ao passado e com medo do futuro.
É por tudo isto que eu, que no dia 25 de Abril de 1974 tinha 23 anos e regozijei com a “revolução”, não sou de esquerda. Prefiro surpreender-me com o futuro a ficar preso ao passado.

menos actividade = menos custos


Os portugueses estão a ir menos às urgências dos hospitais públicos e o número de cirurgias está a diminuir, indicam os dados da monitorização de Janeiro e Fevereiro deste ano da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).


Nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde praticamente todos os indicadores apresentam uma tendência decrescente nos dois primeiros meses deste ano face ao mesmo período de 2011. Em Janeiro e Fevereiro fizeram-se menos quatro mil cirurgias e até as intervenções urgentes diminuiram 4,6%. Mesmo as consultas registaram um ligeiro decréscimo neste período (0,2%).


Os dados da ACSS só apontam para um acréscimo da actividade programada nos centros de saúde, onde se fizeram mais 138 mil consultas comparativamente com o mesmo período do ano passado. Em simultâneo, porém, as consultas nos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos centros de saúde baixaram substancialmente (menos 188 mil).


Nas urgências hospitalares, a quebra foi de 7,6% no acumulado dos dois meses, mas a ACSS – que pela primeira vez anexa aos quadros da monitorização mensal uma análise dos dados – conclui que a actividade da urgência está “em linha com o esperado”.

Público

24 abril 2012

confusionismo

En verdad, los males que padece ese gran país que fue la Argentina (...) se deben al peronismo, que, con su confusa ideología donde se mezclan las más contradictorias aportaciones, el nacionalismo, el marxismo, el fascismo, el populismo, el caudillismo, y prácticamente todos los ismos que han hecho de América latina el continente pobre y atrasado que es. Hay un misterio, para mí indescifrable, en la lealtad de una porción considerable del pueblo argentino hacia una fuerza política que, a lo largo de todas las veces que ha ocupado el poder, ha ido empobreciendo al país, malgastando sus enormes riquezas con políticas demagógicas, azuzando sus divisiones y enconos, destruyendo los altísimos logros que había alcanzado en los campos de la educación y la cultura, y retrocediéndolo a unos niveles de subdesarrollo que había dejado atrás antes que ningún otro país latinoamericano.

Mario Vargas Llosa

PS: Reparem que se passa o mesmo em Portugal. Os partidos políticos não têm uma ideologia clara e tanto adoptam medidas marxistas como fascistas ou populistas.

borrachera

La expropiación del 51% del capital de YPF , propiedad del grupo Repsol, decidida por el gobierno de la señora Cristina Fernández de Kirchner, no va a devolver a la Argentina "la soberanía energética", como alega la mandataria. Va, simplemente, a distraer por un corto período a la opinión pública de los graves problemas sociales y económicos que la afectan con una pasajera borrachera de patrioterismo nacionalista, hasta que, una vez que llegue la hora de la resaca, descubra que aquella medida ha traído al país muchos más perjuicios que beneficios y ha agravado la crisis provocada por una política populista y demagógica que va acercándolo al abismo

Mario Vargas Llosa

porque será?

Os diários já não influenciam a opinião pública.

23 abril 2012

este spam não é spam

O presente e-mail destina-se única e exclusivamente a informar potenciais clientes e não pode ser considerado SPAM. De acordo com a legislação internacional que regulamenta o correio electrónico, "o e-mail não poderá ser considerado SPAM quando incluir uma forma do receptor ser removido da lista". Todos os utilizadores dispõem de total acesso aos seus dados pessoais, podendo sempre que entenderem, efectuar a sua alteração ou remoção. A opção pela remoção significa a inibição de receber futuras mensagens da boa-vai-ela® e poderá ser efectuada quando o utilizador entender. Aos destinatários desta mensagem estão garantidos os direitos dos artigos 11º e 12º da Lei nº 67/98. Todos os preços incluem I.V.A. á taxa legal em vigor. Os artigos publicados para venda estão limitados ao stock existente. A boa-vai-ela® não se responsabiliza por eventuais erros publicados na newsletter.

Eis o texto de um email que acabei de receber. Para minha surpresa, a legislação em vigor determina que o SPAM não é SPAM. Fiquei curioso com os artigos 11º e 12ª. Não ficaria mal à "boa-vai-ela" um link para o Diário da República.

muito engraçado

Edifícios do Governo Regional da Madeira foram esta manhã alvo de buscas, por parte de investigadores da Polícia Judiciária e procuradores do Ministério Público. O DCIAP está a investigar o "buraco" nas contas públicas na região.

O "buraco" nas contas públicas nacionais não despertou o interesse do DIAP.

reduzir a despesa... na Grécia

Descer os impostos, cortar na despesa pública, aumentar as pensões mais baixas e promover o crescimento económico – as linhas de força do manifesto que o líder grego da Nova Democracia, Antonis Samaras, apresentou hoje às legislativas de Maio. “As pessoas não têm mais dinheiro para pagar novas taxas e não é possível cortar mais nos salários e nas pensões. A única coisa que se pode fazer é reduzir a despesa pública, que é imensa”.

22 abril 2012

betinhos


Hospital de Braga impõe limites à criatividade.

o bom comunista

SNS posto em causa pela “agiotagem, o compadrio e a submissão” e não pelas “dificuldades orçamentais” 
António Arnaut

Este senhor contribuiu para criar, em Portugal, um sistema de saúde soviético e agora queixa-se de que o SNS tem todos os defeitos que são apanágio das organizações soviéticas. Arnault, porém, não consegue diagnosticar este problema. Para ele, o SNS não tem sustentabilidade porque não é governado por pessoas de bem.
É a teoria dos "bons comunistas". Se os sistemas comunistas tivessem sido liderados por pessoas de bem teriam tido sucesso. Enfim!

21 abril 2012

dias de miséria II

O que é que diferencia o programa do Sarkozy (ou Merkozy) do programa do Hollande? Na minha opinião é o seguinte:

  1. Sarkozy promete austeridade e miséria para a populaça, sem beliscar os interesses da elite financeira (catroguização)
  2. Hollande promete austeridade e miséria para todos.

Ora nestas condições, qual é o melhor candidato? A minha resposta inequívoca é que é Hollande. Só quando todos sentirem o peso das políticas socialistas é que surgirá a mudança cultural que abrirá a porta a políticas mais liberais.
Se eu fosse francês votaria em Hollande. Votar em Sarkozy, para 90% dos franceses é que é masoquismo.

dias de miséria

Post muito interessante do JMF, no Blasfémias.

20 abril 2012

François Hollande


Relancer la production, l'emploi et la croissance
Création d'une Banque publique d'investissement et d'un Livret d'épargne industrie au profit des PME. Doublement du plafond du livret de développement durable
Rééquilibrage de l'impôt sur les sociétés au profit des PME et des TPE et au détriment des grandes entreprises
Couverture intégrale de la France en très haut débit d'ici à dix ans
Préservation du statut public des entreprises détenues majoritairement par l'Etat (EDF, SNCF, La Poste...)
Séparation des activités des banques "utiles à l'investissement et à l'emploi de leurs opérations spéculatives", bannissement des banques françaises des paradis fiscaux, interdiction des "produits financiers toxiques" et des stock-options, sauf pour les entreprises naissantes, encadrement des bonus et sur-taxation de 15% des bénéfices des banques
Réduction du déficit public à 3% du PIB et retour à l'équilibre fin 2017
Suppression de 29 milliards d'euros de niches fiscales "équitablement répartis entre les ménages et les entreprises"
Montée en puissance du financement des "priorités" jusqu'à 20 milliards d'euros en 2017
Coup d'arrêt à la révision générale des politiques publiques (RGPP) et à l'application "mécanique" du non-remplacement d'un fonctionnaire sur deux.

Réforme fiscale
Fusion à terme de l'impôt sur le revenu et de la CSG
Nouvelle tranche à 45% pour les revenus supérieurs à 150.000 euros par part et plafonnement à 10.000 euros de la diminution d'impôt tirée des niches fiscales
Augmentation de 25% de l'allocation de rentrée scolaire dès septembre
Abaissement du plafond du quotient familial pour les 5% de ménages les plus aisés
Relèvement de l'impôt sur la fortune pour les plus gros patrimoines et abattement sur les successions ramené à 100.000 euros par enfant.

Education et jeunesse
Création de 60.000 postes supplémentaires dans l'Education en 5 ans
Augmentation de "25%" de l'allocation de rentrée scolaire dès septembre
Allocation d'études et de formation sous conditions de ressources
Abrogation de la circulaire sur les étudiants étrangers

Retraite et santé
Départ à 60 ans pour ceux qui on cotisé toutes leurs annuités. Pour le reste, négociation dès 2012 pour définir "âge légal, "montant des pensions notamment".
Augmentation de la part de rémunération forfaitaire des médecins généralistes. Encadrement des "dépassements d'honoraires", favoriser une baisse du prix des médicaments.
Assistance médicalisée pour "terminer sa vie dans la dignité", dans des "conditions précises et strictes"

Emploi
Créer 150.000 emplois d'avenir pour l'insertion des jeunes
Mettre fin à la défiscalisation et aux exonérations de charges sur les heures supplémentaires, sauf pour les TPE
"Contrat de génération": "permettre l'embauche par les entreprises, en CDI, de jeunes, accompagnés par un salarié plus expérimenté qui sera ainsi maintenu dans l'emploi jusqu'à son départ à la retraite".
Augmentation des cotisations chômage pour les entreprises qui abusent des emplois précaires
Création de 1.000 postes par an pour la police, justice, gendarmerie
Dès l'été 2012, réunion d'une grande conférence économique et sociale, "saisie des priorités du quiquennat"

Société, numérique, environnement, énergies
L'obligation pour une commune de construire des logements sociaux est portée de 20 à 25%. Mixité sociale
Banlieues: lancement d'opérations de renouvellement urbain. Maintien des services publics. Augmentation des moyens, notamment scolaires. Présence régulière des services de police.
Remplacement de la loi Hadopi par une loi "signant l'acte 2 de l'exception culturelle"
Lutte contre le "délit de faciès"
Loi favorisant l'égalité professionnelle homme/femme
Ouvrir le droit au mariage et à l'adoption aux couples homosexuels
Réduire la part du nucléaire dans la production d'électricité de 75 à 50% à l'horizon 2025
Fermeture de la centrale de Fessenheim, poursuite du chantier de l'EPR de Flamanville

Institutions
Loi de 1905 sur la séparation Eglise/Etat inscrite dans la Constitution, en tenant compte du statut de l'Alsace et Moselle
Réforme du statut pénal du chef de l'Etat
Droit de vote accordé aux étrangers aux élections locales
Loi sur le non-cumul des mandats, introduction d'une part de proportionnelle aux législatives
Réduction de 30% de la rémunération du président et des ministres

Europe et international
Proposition d'un "pacte de responsabilité, de gouvernance et de croissance", création d'euro-obligations et nouveau traité franco-allemand
Proposition d'une politique commerciale européenne anti-dumping social et environnemental
Contribution climat-énergie aux frontières de l'Europe
Retrait immédiat de nos troupes d'Afghanistan

avaliação "piscicológica"


“Directrizes referentes ao tratamento dos casos de abuso sexual de membros do clero” é uma espécie de manual que explica os procedimentos que os bispos e os padres devem adoptar quando confrontados com uma situação de abuso sexual por parte de um membro da Igreja. O documento sugere também medidas para evitar o aparecimento de novos casos. Uma delas é escolher melhor os candidatos a padres. “Devem adoptar-se os meios necessários para o conhecimento aprofundado das pessoas que se apresentam como candidatos ao sacerdócio e ter-se um cuidado particular na sua admissão aos seminários, com recurso a meios de diagnóstico e à recolha de informações específicas sobre o carácter e a personalidade do candidato”, lê-se no documento. A Igreja admite recorrer à “elaboração da história psico-sexual do candidato, conjugada com o apoio das ciências médicas e psicológicas”, mas quer ir mais longe, proponde-se mesmo a investigar o passado dos seminaristas. “Procurar-se-á obter informações junto de outras instituições onde o candidato tenha estado, de modo a obter um retrato o mais fiel possível do seu quadro psicológico”, recomendam as directrizes.

Ionline

Discordo completamente desta abordagem. As "ciências médicas e psicológicas" não estão suficientemente evoluídas para dar um contributo para a selecção e admissão de seminaristas. As únicas pessoas que estão em posição de dar esse contributo são os padres que estão nas comunidades.
A CEP, neste caso, não me parece ter demonstrado a reflexão e a sapiência necessárias para abordar um tema tão delicado.

este não

Cérebro de um seminarista sem vocação quando lhe é apresentada a fotografia de uma lolita. As zonas cinzentas demonstram que a maior parte do fluxo sanguíneo derivou para as chamadas partes baixas.

estará a tomar a pílula?

Catroga: Portugal não deve estar preocupado com regresso aos mercados em 2013

Ou será que se passou para o PS?

***

Mariano Rajoy, chefe do Executivo espanhol, justificou assim o corte de 10 mil milhões de euros na saúde e educação: "não há dinheiro para pagar serviços públicos". E fê-lo numa visita à Colômbia, onde se alojou num hotel de três estrelas.
JN

Felizmente que não estamos na situação desesperada da Espanha, os nossos governantes ainda podem andar pelas *****

o pouco que se sabe


  1. O cancro da mama tem origem nas células da mama.
  2. Há uma forte tendência hereditária para o desenvolvimento da doença.
  3. Em muitos casos o cancro da mama é multicêntrico, isto é, ocorre em vários focos da mesma mama.
  4. A incidência da doença na mama contralateral é superior à incidência na população geral.
  5. A excisão cirúrgica de ambas as mamas evita o aparecimento do “cancro da mama”, em quaisquer órgãos (isto é feito em mulheres com uma história familiar pesada de cancro da mama).
  6. A história natural do cancro da mama é das mais bem conhecidas de todas as doenças malignas porque há registos minuciosos da sua evolução, desde o Séc. XVII.
  7. A cirurgia procura curar a doença, quando é possível, mas também tem a finalidade de controlar o tumor localmente, evitando o seu crescimento e ulceração.
  8. O tratamento “standard” do cancro da mama é a chamada mastectomia modificada radical de Haltstead. Os resultados de todos os outros tratamentos são comparados com este.
  9. Até aos anos 90, o cancro da mama era considerado uma doença local que podia metastizar para o resto do organismo – os médicos focavam-se no controle local da doença.
  10. Actualmente, o cancro da mama é abordado como uma doença sistémica (partindo do princípio que quando se detecta já está espalhado) e portanto o controle local passou para segundo plano (mastectomias parciais) – os médicos focam-se na quimioterapia.
  11. A mastectomia total (ou radical modificada) é suficiente para controlar a doença local, dispensando a radioterapia, na maior parte dos casos.
  12. A mastectomia parcial necessita de radioterapia coadjuvante.
  13. Os resultados dos tratamentos de quimioterapia ainda estão muito aquém do que seria desejável.
  14. Tudo indica que há um exagero nas mamografias de rotina que tem determinado um excesso de tratamentos.

19 abril 2012

segurem-me

Segurem-me senão eu mato-o imolo-me.

a conclusão principal

O cirurgião pode remover o tumor que se encontra na mama. Admitindo por um momento que  a quimioterapia é eficaz, ela pode destruir todas as células malignas que se encontram no corpo. Mas isto é atacar os sintomas, não a origem do cancro, porque em nenhum momento se atacou a fonte, o mecanismo que produz as células malignas e que, com probabilidade, vai continuar a  produzi-las.

Este é o primeiro e o mais importante dos pontos negros do diagnóstico e do tratamento do cancro. Ataca os sintomas, não ataca a fonte do problema, porque a fonte é desconhecida.

A idade média do diagnóstico do cancro da mama nas mulheres é 54 anos. Trata-se, portanto, de uma doença geriátrica, uma doença que tende a ocorrer quando a mama já cumpriu as suas funções biológicas.  Mas qual é o mecanismo que em certas mulheres, com maior incidência à volta dessa idade, se desencadeia no seu corpo e que passa a emitir células malignas que se acumulam na mama e, por vezes, se expandem para outros orgãos com consequências fatais? Ninguém sabe. Ninguém sabe qual é o mecanismo nem onde é que ele está localizado.

Quanto à localização, presume-se que é na mama, mas nem sequer quanto a este aspecto existe certeza. Trata-se de mera presunção. É esta presunção que, em certos períodos em que é esta a opinião dominante, leva os cirurgiões a remover a mama - é a ideia de cortar o mal pela raiz. O ponto é que não há a certeza que a fonte do mal esteja na mama. Por isso, noutros períodos, em que a opinião dominante é outra, os cirurgiões limitam-se a remover o tumor.

O segundo maior ponto negro do disgnóstico e do tratamento do cancro refere-se á eficácia dos tratamentos e, em particular, daquele que é considerado o tratamento-rei, a quimioterapia. Eu não sou médico, mas sou estaticista. E, quando, há cerca de dois anos e meio, me dediquei a estudar a eficácia da quimioterapia, eu não encontrei evidência estatística que me convencesse que a quimioterapia é eficaz no tratamento do cancro da mama e dos outros cancros duros (existe alguma evidência de que ela pode ser eficaz no tratamento dos cancros moles, como os cancros linfáticos).

Para mim a conclusão subsiste até hoje de que a quimioterapia não é eficaz. Quanto aos seus efeitos adversos, quanto a esses não tenho dúvida nenhuma, conheço-os por observação directa. A parte mais decepcionante para mim foi concluir que, nas questões essenciais, como as questões que envolvem a vida e a morte, a ciência não tem respostas para dar. Ao contrário da velha oposição entre ciência e religião, nas situações extremas como esta - porque é aí que se vê a verdade - a ciência remete directamente para Deus.

Mesmo nos casos mais graves de cancro da mama, com o estadiamento ou grau IV, a taxa de sobrevivência aos cinco anos - o patamar de tempo passado o qual o cancro é considerado curado - é de 20%. Se a quimioterapia não curou estas mulheres, então o que é que as curou?

 
O terceiro ponto negro respeita aos meios de diagnóstico e, no caso do cancro da mama, à mamografia, a que aludi brevemente no post anterior. Presume-se que uma formação celular maligna detectada na mama de uma mulher vai percorrer todo aquele caminho descrito num post anterior, expandindo-se primeiro para os gânglios linfáticos e depois para os pulmões ou o fígado, onde é fatal. Mas vai?
 
 
Ninguém tem a certeza. Pode ser que se fique por ali e que a mulher acabe por morrer muitos anos depois de uma outra coisa qualquer. O paradigma prevalecente, porém, obriga a avançar imediatamente com a cirurgia, a quimioterapia, etc. É neste sentido que a post referido pelo Joaquim, e ao qual me tenho referido com frequência, sugere que 9 em cada 10 mamografias que diagnosticam alguma forma de cancro da mama, não são cancros nenhuns, só são cancros porque nós decidimos chamar-lhes cancros, não matam nem precisam de tratamento nenhum. São os tais cancros modernos a que aludi num post anterior.
 
 
Diz-se, por vezes, em defesa da mamografia preventiva, que ela permite detectar o cancro ainda numa fase precoce, aumentando as possibilidades de cura. Mas isto só é assim se o tratamento fôr eficaz. Ora a realidade é que o tratamento (quimioterapia, em primeiro lugar) não é éficaz, como argumentei anteriormente. Não é nada certo que um cancro detectado precocemente tenha mais probabilidades de ser tratado do que um cancro detectado num momento posterior.

Chegado a este ponto, que conclusão posso tirar? Uma, em particular. Não fazer exames preventivos. Se o corpo humano fosse para ser constantemente observado por dentro, viria equipado com uma espécie de periscópio. Não é. Ao fazer exames preventivos eu sujeito-me ao risco de encontrar aquilo que se julga ser uma doença, um cancro por exemplo, sujeito-me em seguida a tratamentos de quimioterapia que são devastadores para o organismo e que alteram radicalmente a minha qualidade de vida, quando, se tivesse estado quieto, teria uma vida muito feliz e acabaria por morrer de uma outra coisa qualquer. É esta a conclusão principal.  


É assim

Uma mulher que se sente em perfeitas condições de saúde, que todos à sua volta olham como estando em perfeitas condições de saúde, um dia vai ao médico fazer uma mamografia de rotina, e sai de lá com um diagnóstico de cancro.

Se isto acontece?

É assim que normalmente acontece.

É a isto também que se refere este post do Joaquim.

O paradigma

Proponho-me neste post apresentar o paradigma em que assenta o diagnóstico e o tratamento do cancro, a fim de discutir certas questões relacionadas com ele. Tomarei como referência o cancro da mama, embora aquilo que vou dizer seja generalizável à maior parte dos outros cancros.

O diagnóstico do cancro da mama começa geralmente numa mamografia, quase sempre de rotina. A mamografia sinaliza uma acumulação anormal de células, ou tumor,  e identifica se essa células são malignas ou benignas. Sendo malignas, é cancro.

Detectado este sinal, presume-se que a seguinte sequência de eventos se vai seguir: as células malignas vão-se expandir pelo corpo, através da corrente sanguínea. O trajecto faz-se através dos gânglios da axila. Os principais orgãos de destino são os pulmões, o fígado, os ossos e, mais remotamente, o cérebro, formando os chamados tumores secundários ou metástases. Atingindo estes orgãos, o cancro torna-se fatal.

Seguem-se agora dois procedimentos. O primeiro consiste em fazer exames ao fígado, aos ossos e aos pulmões para saber se estes orgãos já foram atingidos. O outro consiste em fazer uma cirurgia à mama para remover o tumor. Durante a operação, o cirurgião analisa também os gânglios axilares para determinar se eles já forma atingidos e, em caso, afirmativo, remove-os.


Após estes procedimentos, o oncologista está em condições de proceder ao diagnóstico completo, e avaliar o grau de gravidade do cancro (estadiamento, do inglês staging). O cancro é então classificado numa escala de I a IV, segundo o tamanho do tumor, a expansão ganglionar e a existência ou não de metástases. O grau I é o menos grave (para além do tumor na mama, não existe expansão do tumor nos gânglios axilares nem metástases) e o grau IV o mais grave (existem metástases no fígado, pulmões, etc.).

Seguem-se agora os tratamentos que estão protocolarizados segundo o grau de gravidade ou estadiamento e que envolvem quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia. A quimioterapia é um tratamento dirigido ao corpo inteiro, visando matar as células malignas que eventalmente já esteja disseminadas pelo corpo. A radioterapia é um tratamento localizado na mama e visa combater a produção das células malignas. A hormonoterapia - que consiste em tomar um comprimido diário durante vários anos - visa inibir a produção de hormonas que favorecem o desenvolvimento do tumor.

Quais são os pontos negros deste paradigma, aqueles onde não existe conhecimento e, portanto, reina a incerteza?

São vários.

cancros modernos

Quando eu era adolescente, raramente se falava de cancro. Porém, quando se apontava uma pessoa como tendo cancro, era certo e sabido que ela iria morrer do cancro. Era como uma profecia que inexoravelmente se cumpria.
Agora é diferente. Sabe-se que uma pessoa tem cancro, às vezes ela até aparece nas páginas das revistas sociais, sem cabelo, algo desfigurada e triste. Estou a pensar na Fernanda Serrano. Passado algum tempo, ela aí está de novo nas páginas sociais, bela outra vez, a fazer anúncios para o BES.
As coisas mudaram, e  a minha questão é saber se mudaram para melhor. Eu já fui levado a pensar que, se algum dia tiver um cancro, eu quero ter um destes cancros modernos, nada de cancros antigos, porque esses matavam sempre.
Ou será que os cancros modernos não são, afinal, cancros coisa nenhuma? 

sexo robótico

SNS deve investir em robots sexuais para assegurar a igualdade dos cidadãos.
Os robots poderiam ser genéricos fabricados em Portugal com materiais de origem nacional como a fogaça, o pão de ló, o mel e as azeitonas (para os olhos) e teriam a vantagem de ser edíveis.
Estou mesmo a ver os utentes radiantes:
- Ó Micas, vou-te comer toda!

the land of the free

A bill already passed by the Senate and set to be rubber stamped by the House would make it mandatory for all new cars in the United States to be fitted with black box data recorders from 2015 onwards.

quem diria


Gaspar recorda que apesar da aplicação de medidas expansionistas, Portugal teve um crescimento “medíocre” durante toda a primeira década do moeda única. Também “os principais indicadores de competitividade deterioraram-se de forma significativa” nesse período.
O ministro das Finanças acrescentou que, para colocar as finanças em ordem, os cortes da despesa são preferíveis a aumentos de impostos.
“É necessário um compromisso com um nível de impostos relativamente baixo para criar os incentivos correctos ao crescimento”, rematou.

PS: Sem comentários.

3 notícias 3

Ongoing compra portal de Internet à Oi

Dividendos do Brasil ajudam a sustentar remuneração na PT

Moody’s corta ‘rating’ da PT para segundo nível de 'lixo'

morreu de paragem cardíaca


A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu hoje que a morte de um bebé de cinco meses, ocorrida numa creche de Camarate, em Loures, a 19 de Março, não está relacionada com as duas vacinas, a RotaTeq e Prevenar 13, que tinham sido administradas à criança três horas antes desta ter sofrido uma paragem respiratória.
Num comunicado, a PGR informa que na sequência da autópsia médico-legal “foram realizados diversos exames complementares de diagnóstico, com recurso a especialistas nacionais e estrangeiros” e sublinha que “não existiu, nem existe, qualquer relação entre aquelas duas vacinas e o falecimento da criança”.



PS: Depois de ilibados os laboratórios farmacêuticos, fica-nos agora a dúvida, afinal de que morreu a criança? Julgo que se pode concluir, que "na sequência da autópsia médico-legal... com recurso a especialistas nacionais e estrangeiros”, a criança "morreu de paragem cardíaca". Já agora, os especialista estrangeiros, quem são? E que relação profissional têm com a indústria farmacêutica?

18 abril 2012

marcha-atrás

Bruxelas quer reduzir carga fiscal sobre trabalho e mais apoio à criação de empresas.

Trancas à porta depois de casa roubada. A Europa reconhece o fracasso do socialismo.

Uma grande martelada

Agora que eu já revelei que nunca mais farei exames preventivos na minha vida (pode haver uma pequena e única excepção, por razões familiares), eu estou à vontade para revelar as memórias mais marcantes de mais de vinte anos de check-up's anuais.

O exame que eu gostava mais era o electrocardiograma com prova de esforço. Pedia sempre ao médico que regulasse o exame para a intensidade máxima. Eu levava sempre o meu equipamento de jogging para esse exame, e ficava ali a correr até o médico mandar parar. Que prazer, saía de lá a transpirar. No fim, depois de avaliar as medições cardíacas, a reacção era sempre a mesma. "O senhor tem um coração de atleta". Isso é que eu ficava feliz.

Da primeira vez que fiz um check up, o médico encontrou-me dois males - dois, nem menos -, que me deixaram preocupado durante um ano, e até segui um regime. Quando reuniu todos os exames, disse-me que estava tudo bem, excepto as análises. Eu tinha excesso de glóbulos brancos e excesso de colesterol e, na verdade, estes indicadores estavam a níveis muito elevados. Eu perguntei a que é que se devia aquilo. Ele disse-me que o excesso de glóbulos brancos podia ser causado por uma pequena infecção - por exemplo num dente -,  e que o colesterol era muito provavelmente o resultado do meu regime alimentar.

Eu tinha os dentes tratados, mas fui logo ao dentista. Estava tudo normal. Quanto à alimentação, eu sempre tive uma alimentação sem excessos e fiz exercício a minha vida inteira. O que seria? Pelo sim pelo não, durante um tempo deixei de comer queijo, manteiga, etc. No ano seguinte, quando lá voltei, os glóbulos brancos e o colesterol estavam na mesma. Deixei de ligar ao assunto. No ano a seguir, idem e passados 20 anos, eu continuava a ter o colesterol e os glóbulos brancos elevados. Entretanto, há muito que eu tinha concluído que tinha nascido assim com o colesterol elevado e glóbulos brancos em excesso.

Curiosamente, há cerca de um ano uma filha minha com 27 anos,  uma compleição física semelhante à minha e idênticoss hábitos de exercício físico, fez pela primeira vez um check up. Chegou a casa preocupada. Tinha excesso de glóbulos brancos e o colesterol elevado. Naturalmente, eu tranquilizei-a: "Não te preocupes com isso. Já nasceste assim. Sais a mim. O excesso de glóbulos brancos significa que não há infecção que entre connosco, as nossas defesas estão sempre preparadas para o contra-ataque; quanto ao colesterol, significa que és uma pessoa enérgica, como eu ".

Mas a  memória mais divertida que eu guardo de 20 anos de check-up's aconteceu certa vez num exame de urologia. O médico era brasileiro. Depois de me fazer os exames habituais, presenteou-me com uma novidade em termos de exames de diagnóstico. Colocou-me um recipiente um tanto sofisticado pela frente, no chão, e pediu-me que urinasse para ele. Eu perguntei-lhe  para que era aquilo, e ele explicou-me que era para medir a intensidade do fluxo urinário. Compreendi perfeitamente que medir a intensidade do xixi devia ser coisa importante. E lá fiz xixi para o recipiente. No fim, depois do médico fazer as medições,  eu perguntei-lhe que tal. "O sinhô tem uma grandji martélada...", foi o que ele respondeu.

Que feliz que eu fiquei. Uma grande martelada. Quando cheguei a casa disse a toda a família  que tinha uma grande martelada, mais tarde contei o episódio em círculos de amigos, e agora conto-o aqui, em público. Uma grande martelada ... no xixi, é certo, mas todas as generalizações são possíveis. 

não façam

É a segunda vez, num curto espaço de tempo, que o Joaquim levanta o mesmo tema, a primeira foi aqui, a segunda está no post abaixo. É o tema do cancro e do diagnóstico do cancro. Logo da primeira vez, eu tive vontade de intervir. Acontece que as circunstâncias da minha vida pessoal não me permitem falar abertamente sobre este tema. A verdade, mesmo a verdade, não é um bem para ser servido independentemente das circunstâncias.

Mas hoje sempre me decidi a dizer alguma coisa sobre o assunto.

Começo pela capa do "Público" de hoje. As indemnizações por despedimento vão passar para 6 a 10 dias por cada ano de trabalho porque, segundo um estudo, é assim que acontece na Europa. Vindo o padrão do estrangeiro eu fiquei mais descansado, porque se é assim no estrangeiro então a verdade do assunto deve ser mesmo assim. Até há pouco tempo as indemnizações eram de 30 dias por cada ano de trabalho. Num curto espaço de tempo passa-se de 30 para 6 ou 10, uma redução de 67% a 80%. A cultura portuguesa é assim, contém os extremos a passa-se, às vezes, de um extremo ao outro à
velocidade da luz.

Quando eu cresci, as pessoas só iam ao médico quando estavam doentes, ia-se ao médico para tratar uma doença. Excepto em casos gravíssimos, ninguém ia ao hospital. Hoje nasce-se no hospital, tornando o hospital uma instituição familiar e onde se está perfeitamente à vontade. E muitas pessoas - na realidade, eu presumo que a maioria das pessoas - vão ao médico, ao centro de saúde e ao hospital, não já para curar uma doença, mas para procurar uma doença. Com o tempo, o sistema de saúde acaba por lhes dar aquilo que elas lá vão procurar - uma doença, ainda por cima é de graça.

Tal como a maioria das pessoas eu também já acreditei na medicina preventiva e nos exames médicos de rotina. Hoje, não negando que em certos casos eles possam trazer alguns benefícios, eu penso que a cultura da medicina preventiva que entretanto se instalou tem muito mais inconvenientes do que benefícios. E não apenas isso, existe também uma dimensão económica. Eu estou convencido de que mais de metade daquilo que o Estado gasta em saúde não é para curar doenças, mas para produzir doenças.

Durante muitos anos, eu próprio fiz exames médicos preventivos de rotina, um check-up anual. Desde há cerca de 3 anos, por razões que não interessa aqui considerar, deixei de os fazer e não tenciono mais fazê-los. Quando o corpo humano está doente, a doença revela-se por sinais - dores de cabeça, inchaços, emagrecimento, vómitos, etc.  Não havendo sinais, não há doença.  Tratamentos invasivos, nem pensar, e cirurgias só em situações in extremis e perante um mal-estar insuportável.  

Às mulheres, eu sugiro que nunca façam uma mamografia, excepto quando existirem sinais anormais na mama.

cancro da próstata

More than 80% of men will develop prostate cancer by the age of 80. However, in the majority of cases, it will be slow-growing and harmless. In such men, diagnosing prostate cancer is overdiagnosis—the needless identification of a technically aberrant condition that will never harm the patient—and treatment in such men exposes them to all of the adverse effects, with no possibility of extending their lives. Wiki

salvaguardar expectativas

Os pensionistas da banca que venham a desempenhar funções públicas vão receber duas vezes do Estado. A maioria entregou uma proposta para alterar o Orçamento Rectificativo que abre excepção para estes casos. Assim, um reformado do sector bancário com um cargo no sector público vai poder acumular o salário e a pensão, o que não é permitido para os restantes pensionistas.

Ionline

16 abril 2012

Dá que pensar

A figura mais representativa do socialismo é Karl Marx, que era judeu. E qual é a mensagem principal do marxismo? É a luta de classes, pôr as pessoas umas contra as outras - os explorados contra os exploradores -, em última instância pôr a comunidade toda à pancada, destruir a comunidade.

As figuras mais representativas do liberalismo moderno são Ludwig von Mises, Friedman, Ayn Rand, Murray Rothbard, e Hayek - todos judeus, excepto Hayek que, tendo toda a vida escondido o seu catolicismo afirmou por vezes que tinha na família uma costela judaica. Qual é a ideia central do liberalismo? Pôr as pessoas todas em competição umas com as outras.

O socialismo torna as pessoas inimigas, o liberalismo torna-as concorrentes e adversárias. O efeito final é o mesmo, enfraquecer a comunidade e, no limite, destruir a comunidade.

E quais eram as comunidades em que estes homens viveram? Eram comunidades cristãs: Marx na Alemanha, von Mises na Austria e nos EUA, Friedman e Rothbard nos EUA, Hayek na Austria, Inglaterra, EUA e mais tarde na Alemanha. Ayn Rand, tendo nascido na Rússia, viveu a sua vida adulta nos EUA.

Enfim judeus a advogarem ideias que, se postas em prática, enfraquecem e, no limite, destroem, comunidades cristãs. Dá que pensar.

forte e vigoroso

O Papa faz hoje anos, e o "Público" ontem dedicou-lhe quatro páginas. Não para lhe dar os parabéns, mas para o fazer parecer mal. Quem ler a reportagem do "Público" pode ficar com a ideia que desta vez é que é, desta vez é que a Igreja Católica vai acabar.

Mas não é ainda desta. A razão por que o "Público" e outros jornais têm dado tanta importância à Igreja Católica nos últimos tempos é que ela está forte como nunca esteve ao longo dos últimos dois ou três séculos. E o Papa Bento XVI tem sido decisivo neste revigoramento. Ele é o grande doutrinador do catolicismo dos últimos séculos.

Um Igreja Católica forte é muito importante para Portugal. Se se marcar num gráfico, tendo o tempo como abcissas, os pontos mais altos da história de Portugal e os mais baixos, e se se fizer o mesmo em relação à Igreja, conclui-se que eles são coincidentes. A história de Portugal acompanha a par e passo a história da Igreja. Uma Igreja forte e vigorosa significa, a prazo,  um Portugal forte e vigoroso.

Povo de Deus

No seu livro Jesus de Nazaré (vol. I, cap.IV - O Sermão da Montanha), O Papa Bento XVI discute, em termos teológicos, aquilo que o Cristianismo acrescentou ao Judaísmo. São principalmente dois pontos que eu vou procurar explanar em linguagem vulgar, e que ainda hoje, mau grado as raizes comuns, constituem os principais pontos de divergência entre judeus e cristãos.

1. Primeiro, Cristo universalizou o judaísmo. Cristo veio dizer que o Povo de Deus não são exclusivamente os Judeus. O Povo de Deus é toda a humanidade, somos todos nós. Cristo universalizou o Povo de Israel e levou o Deus de Israel a todos os povos do Mundo. Acabou-se o Povo Eleito, eleitos são todos os homens: "O que decide já não é a "carne", a descendência fisica de Abraão, mas o "espírito": a pertença à herança da fé e da vida de Israel através da comunhão com Jesus Cristo, o Qual "espiritualizou" a Lei e assim a transformou num caminho de vida aberto a todos" (op. cit., p. 142).

2. Segundo, Cristo pessoalizou o judaísmo. A união do Povo de Deus, não se faz primariamente pela Lei (Torah), mas em torno da figura do Legislador, Deus, encarnado na figura de Cristo. Assim, Cristo acrescenta à Lei Judaica um elemento muito importante: Ele próprio. Mais importante que seguir a Lei (Torah), passa a ser seguir o Legislador (Cristo).

Daqui decorrem algumas consequências importantes. Gostaria de mencionar duas:

a) Um católico, que seja verdadeiramente um católico, não tem nenhum preconceito em relação aos judeus, ele olha para os judeus como olha para qualquer outro povo, todos sendo filhos de Deus. A recíproca é que não é verdadeira, um judeu não olha para um católico (ou para qualquer outro povo) como sendo filho de Deus. Filhos de Deus são só eles, os judeus. Está aqui a origem do ressentimento que, ao longo dos séculos, os judeus têm gerado nas comunidades no seio das quais têm vivido.

Um exemplo actual acerca desta dualidade de critérios respeita à produção de armas nucleares pelo Irão. Israel possui armas nucleares. No meu julgamento católico, o Irão também tem direito de as possuir, porque os iranianos também são filhos de Deus. Mas isto é assim no meu julgamento católico. Porque no julgamento judaico, Israel e o Irão não são comparáveis, uns são filhos de Deus, outros são bastardos, e não se reconhece esse direito a filhos bastardos.

b) A ideia moderna do Estado de Direito, da supremacia da Lei sobre os homens é uma ideia com raizes judaicas, e de que o protestantismo se aproximou após a Reforma religiosa. Na verdade, não apenas o protestantismo adoptou a versão judaica do Antigo Testamento como, colocando o ênfase nas Escrituras e rejeitando a figura do Papa, se colocou, neste aspecto, do lado da tradição judaica.
A ideia católica correspondente é a de um Estado de Pessoa - ilustrada pelo Papa e pelo próprio Vaticano - onde um homem, o Legislador´é mais importante que a Lei, porque ele próprio tem poder para mudar a Lei (como Cristo fez em relação a vários aspectos da Lei Judaica ou Torah: circuncisão, sábado, purificação de alimentos, etc.).

Esta diferença ajuda a explicar por que é que num país tradicionalmente católico como é Portugal a ideia do Estado de Direito nunca vence. Como mais uma vez se está a confirmar.  

caines

Tal como está é um exercício antidemocrático, é "a proibição do keynesianismo enquanto resposta de política económica".

Comentário de Pedro Nuno Santos, deputado do PS, ao tratado orçamental.

PS: Para começar o dia com uma boa anedota. Como é que pode ser antidemocrático um tratado aprovado na AR? Depois, os socialistas não sabiam que o caines morreu com o Euro? Pelos vistos não sabiam.

15 abril 2012

buáaa

As várias candidaturas foram analisadas por um júri composto por 14 notáveis na área da saúde, presidido pelo ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, e que conta com personalidades como Abel Mateus (economista), Maria de Belém Roseira (ex-ministra da Saúde), Couto dos Santos (ex-ministro da Educação e ex-presidente da Comissão de Saúde Parlamentar).
Assim, na categoria de Cuidados Continuados, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, foi o vencedor. Este hospital destaca-se por, entre outras coisas, não ter dívidas e ter vindo a renegociar contratos, o que teve como efeito uma redução de custos de 15%. Neste hospital é também fundamental a auto-estima dos pacientes. Os doentes usam a sua própria roupa e podem ver-se ao espelho, como foi descrito pela reportagem do Negócios.
Já na categoria de Cuidados Primários, o vencedor foi a Unidade de Saúde Familiar de Valongo. Ao Negócios, Margarida Abreu Aguiar, coordenadora desta Unidade, sublinhou que as longas listas de espera acabaram e que os horários das consultas foi adaptado à procura por parte dos utentes.
Nesta categoria, foram ainda distinguidos o Agrupamento de Centros de Saúde de Espinho/Gaia e a Unidade de Saúde Familiar Marginal, no Estoril, com uma menção honrosa.
Por fim, na categoria de Cuidados Hospitalares, o Hospital de Santo André – Centro Hospitalar Leiria-Pombal, foi o vencedor. Este hospital conta com um projecto, o “Buáaa”, que pretende dar atenção às mães que estão a viver os primeiros momentos com os filhos. As “mamãs”, um dia após saírem do hospital, recebem um telefonema de um profissional de enfermagem.

Notícia do JN

Tenho alguma dificuldade em comentar esta notícia, desde logo porque todas as pessoas envolvidas parecem estar a dar o seu melhor e esse é talvez o principal problema. Este é o nível do que melhor se faz em Portugal para uma "Saúde Sustentável". Enfim, Buáaa!

uniquely parsimonious and happily irrefutable

Joaquim,

Cuidado.

Aí está um caso exemplar em que é preciso exercer dupla precaução.

Abçs.

PA

Charles Murray

Já está no meu Kindle, graças ao André Azevedo Alves. Obrigado.

parabéns ao Bloco de Esquerda

Francisco Louçã falava em conferência de imprensa, na qual disse estarem neste momento em situação de dificuldade de cumprimento dos contratos de crédito à habitação junto da bancada cerca de 600 mil famílias portuguesas, “o que constitui uma situação de emergência nacional”. 
O projecto do Bloco de Esquerda, que baixou directamente a especialidade sem votação na generalidade, pretende que haja uma moratória total ou parcial das prestações a reembolsar ao banco por um período até 24 meses. 
Depois deste período, os mutuários deverão retomar os normais pagamentos aos bancos, “sem que isso dê lugar a uma revisão das condições de contrato de crédito por parte das instituições financeiras. 
Outra das principais medidas defendidas pelo Bloco de Esquerda, é aplicar, tal como na Islândia e nos Estados Unidos, um mecanismo em que as famílias no acto de entrega do imóvel ao banco tenham imediatamente extinta a sua dívida contraída.

No Público

14 abril 2012

O que não poupávamos se Portugal tivesse mar

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."
Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco. Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico. 
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti… Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.

Um texto do João Quadros, que li por amável sugestão da nossa Fernanda Viegas. Obrigado.

13 abril 2012

já esteve mais longe

Guiné-Bissau. Cavaco condena "veementemente" golpe de Estado.

Portugal. Presidente da Guiné-Bissau condena veementemente golpe de Estado.

os socialistas vão acabar com o projecto europeu

Manifesto eleitoral "O Humano Primeiro", da Frente de Esquerda:

1) IRS de 100% para salários acima de 360.000,00 € anuais.
2) Salário mínimo de 1.700,00 €.
3) Não à chamada regra de ouro.

60% dos franceses consideram o líder da FE como o candidato da mudança e 13% vão votar nele.

surrealista

Troika: Governo deve considerar envergonhar responsáveis da energia e das PPP.

Se essa malta tivesse vergonha na cara não se tinha colocado nesta situação e, portanto, pensar que os podemos envergonhar parece-me surrealista.
Ainda, à falta de vergonha alia-se uma estupidez natural de monta porque não compreendem que num país falido ninguém consegue viver de rendas impagáveis.
É uma conjugação sinistra, falta de vergonha e estupidez.

ditadura fiscal en España

...
Se hará "especial hincapié" en las conductas fraudulentas que generan "alarma social". En este contexto, perseguirá el empleo de facturas falsas para reducir el pago de impuestos y los "entramados" societarios de los que se sirven profesionales, artistas y deportistas "para deducirse, indebidamente, sus gastos particulares".
"Serán objeto de atención preferente aquellos profesionales que obtienen ingresos no sometidos a retención a cuenta y aquellos que incorporen como gastos de la actividad partidas que, en realidad, son gastos de naturaleza personal", precisaba el Gobierno en sus directrices.
Será prioritaria la desarticulación de circuitos de economía sumergida, que tendrán como objeto central el control integral de las importaciones y venta de mercancías procedentes de terceros países, especialmente de Asia, así como el descubrimiento de arrendamientos no declarados de viviendas y locales de negocio, fundamentalmente en polígonos industriales.

Expansion

inovar na saúde

Para melhorar a qualidade dos serviços de saúde e diminuir os custos temos de inovar. Isto é, temos de criar oportunidades para a inovação, porque não é possível, claro está, inovar por decreto.
Ora estas oportunidades, como em qualquer outro setor, dependem da existência de um mercado concorrencial, do chamado "benchmarking" e da eliminação ou diminuição das barreiras à entrada de novos "players".
De todos estes fatores, a concorrência parece-me o mais importante. As inovações caracterizam-se sempre em relação aos produtos ou serviços que pretendem substituir e não em valor absoluto. Será que criam mais valor para os clientes, ou utilizadores, do que os produtos concorrentes? Eis a questão.
As companhias de aviação "low cost", por exemplo, surgiram da concorrência com as outras - vamos chamar-lhes "full cost" - e tiveram sucesso porque souberam criar valor para os clientes. A modesta diminuição de conforto é mais do que compensada pelo baixo custo - "low cost". Sem concorrência, porém, é absurdo pensar que as companhias de aviação "full cost" iriam reinventar os seus modelos de negócio e propor o "low cost".
O "benchmarking" é um processo de comparação de desempenho, através de variáveis quantitativas. A Ryanair, para além dos preços baixos, faz gala de ser a companhia de aviação mais pontual da Europa, um "benchmark" notável.
Por fim a questão das barreiras à entrada. Uma ideia inovadora, com potencial para arrasar a concorrência, pode esbarrar na existência de barreiras consideráveis à entrada no mercado. Alvarás dispendiosos, por exemplo, podem impedir o aparecimento de novas empresas com produtos e serviços revolucionários.
Na saúde há pouca concorrência devido ao monopólio do Serviço Nacional de Saúde. O "benchmarking" quase não é utilizado e há barreiras significativas à entrada de novos "players".  Não é portanto de estranhar que a inovação seja muito pouca. Não me refiro à inovação tecnológica de que somos ávidos importadores, refiro-me a novos modelos de gestão e de organização dos serviços de saúde que permitam melhorar a qualidade e diminuir os custos.

Artigo meu na Vida Económica de hoje

o nosso site

12 abril 2012

The Female of the Species

    WHEN the Himalayan peasant meets the he-bear in his pride,
    He shouts to scare the monster, who will often turn aside.
    But the she-bear thus accosted rends the peasant tooth and nail.
    For the female of the species is more deadly than the male.

    When Nag the basking cobra hears the careless foot of man,
    He will sometimes wriggle sideways and avoid it if he can.
    But his mate makes no such motion where she camps beside the trail.
    For the female of the species is more deadly than the male.

    When the early Jesuit fathers preached to Hurons and Choctaws,
    They prayed to be delivered from the vengeance of the squaws.
    'Twas the women, not the warriors, turned those stark enthusiasts pale.
    For the female of the species is more deadly than the male.

    Man's timid heart is bursting with the things he must not say,
    For the Woman that God gave him isn't his to give away;
    But when hunter meets with husbands, each confirms the other's tale—
    The female of the species is more deadly than the male.

    Man, a bear in most relations—worm and savage otherwise,—
    Man propounds negotiations, Man accepts the compromise.
    Very rarely will he squarely push the logic of a fact
    To its ultimate conclusion in unmitigated act.

    Fear, or foolishness, impels him, ere he lay the wicked low,
    To concede some form of trial even to his fiercest foe.
    Mirth obscene diverts his anger—Doubt and Pity oft perplex
    Him in dealing with an issue—to the scandal of The Sex!

    But the Woman that God gave him, every fibre of her frame
    Proves her launched for one sole issue, armed and engined for the same;
    And to serve that single issue, lest the generations fail,
    The female of the species must be deadlier than the male.

    She who faces Death by torture for each life beneath her breast
    May not deal in doubt or pity—must not swerve for fact or jest.
    These be purely male diversions—not in these her honour dwells—
    She the Other Law we live by, is that Law and nothing else.

    She can bring no more to living than the powers that make her great
    As the Mother of the Infant and the Mistress of the Mate.
    And when Babe and Man are lacking and she strides unclaimed to claim
    Her right as femme (and baron), her equipment is the same.

    She is wedded to convictions—in default of grosser ties;
    Her contentions are her children, Heaven help him who denies!—
    He will meet no suave discussion, but the instant, white-hot, wild,
    Wakened female of the species warring as for spouse and child.

    Unprovoked and awful charges—even so the she-bear fights,
    Speech that drips, corrodes, and poisons—even so the cobra bites,
    Scientific vivisection of one nerve till it is raw
    And the victim writhes in anguish—like the Jesuit with the squaw!

    So it comes that Man, the coward, when he gathers to confer
    With his fellow-braves in council, dare not leave a place for her
    Where, at war with Life and Conscience, he uplifts his erring hands
    To some God of Abstract Justice—which no woman understands.

    And Man knows it! Knows, moreover, that the Woman that God gave him
    Must command but may not govern—shall enthral but not enslave him.
    And She knows, because She warns him, and Her instincts never fail,
    That the Female of Her Species is more deadly than the Male.

      Rudyard Kipling (1865-1936)

as empresas não pagam impostos II

Corporations need to make a profit to survive and if they don't make a profit they will go out of business.  We can all understand this point.  Profit is basically calculated as revenue less expenses.  Corporations view taxes as a cost, or expense, of doing business, just the same as they view other expenses such as office supplies, rent, and payroll.  As such, when a corporation determines what it is going to charge for its goods or services it includes all the various taxes in its calculation.  This means that corporations pass along to their customers the cost of the taxes they remit . The corporation actually functions as a collection agent for the governmental agencies to which it reports.

What does this mean to us?  When our elected governmental leaders talk about raising taxes on the rich and on the evil and greedy corporations, they are actually talking about raising taxes on every individual citizen under their authority.  Individuals pay the full amount of taxes charged by the government.  They pay them directly through their own personal income tax returns, through their property taxes, through the sales tax on the items they purchase, and through the embedded taxes that increase the  cost of the items they purchase.  No corporation or business pays taxes.  Those that claim they do are misinformed or are lying intentionally. 
So when you hear politicians talking about raising taxes or closing loopholes you now know that you will pay for this.  I suggest you vote accordingly in the next election and in every election to remove those who don't understand this basic economic principle.

BC Politics

0,988

BES negoceia a 0,988

2 notícias 2

Para Paulo Macedo, “um hospital monovalente não tem razão de existir”.
O melhor hospital ortopédico do mundo é monovalente.

as empresas não pagam impostos

A ministra da Agricultura afirmou hoje que a taxa sobre a alimentação que o Governo quer aplicar aos supermercados visa obrigar a grande distribuição a contribuir para a segurança alimentar.
Assunção Cristas, que falava aos jornalistas à entrada de um almoço com empresários organizado pela Câmara de Comércio Luso-Espanhola, disse que a criação da taxa "é fundamental" e vai servir para criar um fundo para a segurança e saúde alimentar.
"É isso que nos dá garantias de que consumimos produtos no seu melhor estado e com controlo muito eficaz", frisou.

PS: Quem vai pagar a taxa são os consumidores. "As empresas não pagam impostos", por assim dizer, todos os impostos são pagos pelos consumidores finais.

11 abril 2012

se não têm pão que comam brioches

Qualquer taxa ou imposto adicional sobre os produtos alimentares, neste momento, revela um grau de insensibilidade social, económica e política, notável.

taxa de saúde e segurança alimentar

repartir responsabilidades

Taxa alimentar serve para “repartir responsabilidades”.

família e produtividade

Nos países do catolicismo tradicional, como é Portugal - mas talvez não apenas neles - o catolicismo tem mau nome nos círculos mais intelectuais. A razão é que ao falar de catolicismo afluem imeditamente ao espírito as ideias de religião e de moral - e mais nada. Embora  o catolicismo se inspire numa religião e tenha uma moral - bem flexível, por sinal -, a verdade é que o catolicismo é muito mais do que isso. É uma filosofia de vida, uma maneira de pensar, a maneira de pensar mais aberta (open minded) e livre que se possa imaginar.

São várias as características desta maneira de pensar ou filosofia. As principais são o seu realismo, a sua universalidade ou não-exclusão, a hierarquização das ideias e dos princípios, o seu circunstancialismo, o seu sentido de equilíbrio entre opostos e a sua forma analógica de pensar.

Eu gostaria aqui de fazer uma aplicação da forma católica de pensar a um tema económico que é importante para os portugueses - o da produtividade - e estabelecer o contraste com as diferentes soluções a este tema que são apresentadas pelo conhecimento económico corrente. Criou-se nos últimos 25 anos em Portugal, largamente por influência dos fundos europeus, a concepção de que a produtividade depende criticamente da formação (ou escolarização) e dos investimentos em infra-estruturas físicas (estradas, portos, etc.).

A verdade, porém, é que depois de se ter gasto muito dinheiro em estradas e outras infraestruturas, depois de muitos cursos de formação profissional pagos pela União Europeia, e de se ter escolarizado muita gente, a produtividade em Portugal não cessa de cair face aos nossos principais parceiros europeus. Em relação à Alemanha, por exemplo, a produtividade horária do trabalho em Portuggal não vai além de metade, e com tendência para cair. O problema de Portugal é um problema de baixa produtividade e alto custo de vida - produz-se pouco para o nível de vida que pretendemos manter ou, por outras palavras, vivemos acima das nossas possibilidades.

Eu não tenho deixado de me interrogar o que faria se tivesse de reconstruir a economia portuguesa de novo - como, de qualquer forma, vamos ter de reconstruir -, uma economia orientada para aumentar a produtividade e reduzir o custo de vida, de tal modo que possamos voltar a viver de acordo com os nossos meios. Que medidas adoptaria, quais seriam as minhas prioridades?

Investiria, como sugere a ciência económica tradicional, em formação profissional, em maior escolarização da população, mandava mais jovens para a universidade? Não. Na realidade, cortaria em tudo isso. Aquilo que eu faria em primeiro lugar, e dentro daquilo que estivesse ao meu alcance (v.g., benefícios fiscais), era fomentar a criação de famílias entre os portugueses. Não deve existir instituição que permita baixar tão drasticamente o custo de viver e aumentar tanto a produtividade como a família.

A palavra Economia (do grego oikos e nomos), que depois viria a dar o nome à ciência, foi pela primeira vez referida por Aristóteles para significar o governo da casa ou administração doméstica. A razão é que a família é uma instituição económica de se lhe tirar o chapéu. 

Central à organização económica de um país segundo o pensamento católico está a ideia de comunidade. Mas que comunidade - a família, o núcleo de amigos, a empresa, a freguesia, o concelho, a nação, o mundo? Aqui intervém a hierarquização que é um traço distintivo do pensamento católico. A mais importante de todas as comunidades é a família, porque é aí que os laços pessoais são mais fortes, decrescendo a importância da comunidade à medida que o número dos seus membros aumenta. Neste sentido, a menos importante de todas as comunidades é a comunidade universal.

A família, sendo uma instituição central ao catolicismo, ilustra também a negligência que o pensamento católico  lhe tem consagrado fora dos domínios religioso e moral. Quando os católicos falam de família falam geralmente da sua concepção teológica e moral. E, no entanto, existe uma dimensão económica da família, que é extremamente importante, mas que geralmente é negligenciada.

A família diminui consideravelmente o custo de viver. Um homem e uma mulher, vivendo separadamente vão necessitar de duas casas, dois frigoríficos, dois fogões, etc. Vivendo em união, precisam apenas de uma casa, um fogão, um frigorífico, talvez só de um automóvel, pagarão apenas uma factura de electricidade, e outra de água, e também um só IMI. E quanto à alimentação sai muitos mais barato fazê-la para dois, do que fazê-la separadamente para cada um. Se o homem gastava 100 por mês para viver, e a mulher outro tanto, num total de 200, os dois juntos gastarão em conjunto talvez 120 ou 140 - uma economia considerável, o custo de vida per capita baixa de 100 para 60 ou 70.

Mas a família aumenta também consideravelmente a produtividade. Separados, o homem e a mulher, cada um tem de gastar tempo a cozinhar as suas próprias refeiçoes, a lavar as suas roupas, a arrumar diariamente a casa, a limpá-la também, enquanto, vivendo juntos, um só dos dois faz esse trabalho para ambos, libertando o outro para se envolver em outras actividades produtivas,  desta forma aumentando a produtividade geral do país.

A quebra no crescimento da produtividade, e  aumento do custo de vida que Portugal tem experimentado em anos recentes é, em parte, o resultado de uma transformação simultânea que ocorreu na instituição da família, e que se caracterizou por um aumento considerável das taxas de divórcio, uma diminuição igualmente apreciável da taxa de nupcialidade, e a tendência dos jovens para casar cada vez mais tarde.

Recuperar o crescimento da produtividade, e diminuir o custo de viver, passa prioritariamente por restaurar a centralidade da família como instituição. E era isso que eu faria, quer pregando quer utilizando todos os intrumentos que estão à disposição de qualquer Governo para o fazer.


reforma da saúde em Espanha

Catálogo de fármacos (1)
Generalizar el llamado "cataloguiño gallego" propuesto por el presidente de la Xunta, Alberto Fernández Feijóo, que sólo permite recetar 34 principios activos salvo necesidad terapéutica, así como potenciar el uso de genéricos.
Desfinanciar medicamentos
Desfinanciar los medicamentos de menos de tres euros y de uso recurrente para dolencias que no revisten gravedad, como los que contienen paracetamol.
El criterio de la efectividad
Sanidad aboga por la desinversión parcial o completa de fármacos o procedimientos de escaso valor clínico.
Tope de financiación en tratamientos
Restringir el acceso a urgencias o implantar fórmulas de ahorro como Reino Unido para financiar hasta 50.000 euros de los tratamientos más caros. Habrá restricciones en tratamientos de reproducción asistida. Las operaciones de cambio de sexo seguirán en la cartera de servicios, pero sólo en casos patológicos.
Colaboración público-privada
Impulsar la colaboración público-privada –como Madrid, Castilla-La Mancha o Comunidad Valenciana–.
Central de compras
Racionalizar los procesos logísticos e impulsar la central de compras y los servicios compartidos.
Coto al turismo sanitario
Restringir el turismo sanitario, controlando a las personas de otros países que acuden a España para someterse a operaciones e intervenciones quirúrgicas.
Copago farmacéutico según renta
Se pagará los medicamentos en función de la renta, pero respetando la confidencialidad de los datos fiscales.
Tarjeta única y receta electrónica
Se implantará la receta electrónica y la tarjeta sanitaria única. Las CCAA podrán cobrar por renovar la tarjeta, como Galicia o Baleares, que piden 10 euros.
Expansion

(1) Medida que eu sugeri aqui

chamem o 113

Há 113 investigadores em Coimbra que não se importam de fazer uma figura de "baixa intensidade".

universidade de baixa intensidade

Descobri a melhor forma de caracterizar a Universidade de Coimbra, é uma universidade de baixa intensidade. A ideia ocorreu-me enquanto lia umas entradas  do Dicionário das Crises e das Alternativas, que foi elaborado por 113 investigadores desta academia e que a Ana Cristina Santos, do Público, transcreveu sem quaisquer comentários.

Capitalismo: ... A remuneração da força de trabalho fica sempre aquém do valor que cria, e nessa diferença ou excedente consiste o lucro do empresário e a consequente exploração do trabalhador.
Ideologia: ... Esta não-ideologia imporia uma mistificação das assimetrias e dos conflitos, apresentados como dirimíveis apenas dentro de uma lógica de estabilidade que seria a do capitalismo e a de uma democracia de baixa intensidade.
Liberdade: ... O dia-a-dia nos ensina que a liberdade anda sempre de mãos dadas com a crise.

Reparem na baixa intensidade pensante dos autores. O capitalismo, na sua versão coimbrã, não admite lucros financeiros, apenas remunerações do trabalho - um conceito ultrapassado há mais de 500 anos. A democracia é uma espécie de corrente eléctrica, de alta ou de baixa intensidade. E liberdade anda de mãos dadas com crise.

10 abril 2012

ao que chegamos

Imposto sobre a pobreza:

2 notícias 2

Governo quer criar nova taxa no comércio de alimentação

Capital da Jerónimo Martins passa para a Holanda

o sucesso chinês

Chineses estão dispostos a trabalhar dia e noite.

confusionismo

O Presidente da República lembrou ainda que "todos os constitucionalistas reconhecem que o acto de promulgação não significa o acordo do Presidente em relação de todas as normas de um diploma".
“Mas entendi que face às explicações que o governo me apresentou – razões de interesse nacional que me apresentou – eu não devia obstar à entrada em vigor do diploma”, acrescentou.
JN


O PR entendeu que as razões de interesse nacional invocadas pelo governo (no caso das reformas antecipadas) eram justas, mas recorda que a promulgação do diploma não significa que concorde com o seu conteúdo. Ó diabo, isto quer dizer o quê?

o desmembramento das equipas

Um dos aspectos mais discutidos na questão do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) tem sido o “desmembramento das equipas”. “O hospital são as equipas que demoraram anos a desenvolver” e que, com o encerramento, correm o risco de desaparecer, dizem-nos.
O próprio ministro da saúde , segundo notícias publicadas, veio manifestar também a sua preocupação com este problema.
Ora eu gostaria, fazendo um pouco o papel de advogado do diabo, de discordar desta perspectiva. A maior parte do trabalho que se desenvolve nos hospitais constitui uma rotina para os especialistas. Um parto, por exemplo, segue sempre os mesmos preceitos em qualquer maternidade do mundo Ocidental (exceptuando talvez o tanque familiar do Hospital de Setúbal). O mesmo para uma cesariana, ou para qualquer outro procedimento habitual.
Assim sendo, a qualidade do resultado final não é afectada pela composição das equipas, desde que todos os elementos sejam profissionais competentes.
As equipas fixas são importantes apenas para procedimentos muito invulgares, como, por exemplo, um transplante hepático numa criança. Nestas situações, a equipa é fundamental porque não há outras pessoas com experiência.
O mesmo se poderá dizer das equipas que conduzem investigação científica ou que oferecem tratamentos pioneiros.
Seria portanto útil que os profissionais da MAC nos esclarecessem sobre a natureza dos tratamentos pioneiros que desenvolveram, sobre os trabalhos de investigação que têm em curso, etc. Porque só as equipas que participam nessas atividades é que seriam prejudicadas pelo tal desmembramento.
O ministério da saúde também deve ser mais objectivo em relação a esta problemática. Não pode apoiar sem reservas as pretensões do pessoal da MAC, ao mesmo tempo que promove legislação para a mobilidade especial dos profissionais de saúde. Sob pena de ficarmos a pensar que não há qualquer estratégia definida.