04 junho 2012

xeque-mate

Alemanha disposta a aceitar os Eurobonds e a união bancária se os países da zona Euro cederem a Bruxelas (Berlim?) a sua soberania fiscal.

14 comentários:

Lionheart disse...

Nenhuma novidade. A exigência pedida dos alemães não é irrazoável, pois se se têm de co-responsabilizar pela dívida do todo, querem ter uma (decisiva) palavra a dizer sobre a política do todo. Não há "almoços" grátis, como dizia o outro. Por isso quem defende os "eurobonds" não pode escamotear que tal terá forçosamente de ter esta contrapartida, que tem de ser explicada aos cidadãos.

No caso de Portugal, se não fosse pedir muito, gostaria que quem de direito antecipasse os efeitos da centralização do que resta das políticas económicas e como é que o país conseguirá diferenciar-se dos outros (quando, como todos esperamos, já não estiver tão entalado) sem ser por ter salários mais baixos que eles.

Anónimo disse...

Portugal nunca (ahem...) terá salários mais baixos que a China... por aí, o futuro é claro...
Estou aqui a pensar na nossa soberania fiscal e o que ela tem feito por mim nos últimos 20 anos... ah, ok... por mim tudo bem... vou receber os alemães de braços abertos... -- JRF

Lionheart disse...

A sua opinião é motivada pelo falhanço da governação do país, devido a uma independência que não se repercute em bem-estar para o povo, mas apenas para uma minoria bem relacionada. Por isso é que o "patriotismo" é coisa de futebol. E por isso Portugal está particularmente desarmado nesta questão (não tanto os gregos, que têm uma tradição recente de luta e resistência). Mas será que podemos confiar na "bondade" dos outros? Será que as decisões dos outros terão em conta os nossos interesses e o bem-estar dos portugueses? Não terão. Quando muito poderá dizer-se que pior não ficaremos.

Fernanda Viegas disse...

Cá dentro ninguém se entende. Olha-se para a política do país, como para um derby(rosa/laranja). As bancadas dos presumíveis apoiantes, vanglorizam-se mais com os fora de jogo do adversário do que com os golos marcados pela sua equipa. É o bota abaixo permanente. Pegando neste paralelismo bacoco(política/futebol), talvez não seja de menosprezar o que ainda une os portugueses: um hino, uma bandeira e uma seleção nacional. Se levarmos isto ao pé da letra, "jogadores" já temos, falta-nos porém quem carregue o mastro ao som do hino.

Fernanda Viegas disse...

Sorry:vangloriam-se e não vanglorizam-se.

Anónimo disse...

Caro Lionheart... nem chega a ser uma opinião... é mais uma boca... há coisas que sei: não é com uma democracia corrupta que o país irá progredir; não é com quem nos enterrou que o país irá progredir; se não há ideologia e a questão é tecnocrática, sim, confio mais nos alemães para gerir os meus impostos que na comandita...
Maria, esse tripé não tem nenhuma perna... hino não gosto, bandeira também não (prefiro ambos monárquicos) e futebol não gosto nem desgosto: abomino... é o triunfo dos brutos. -- JRF

Fernanda Viegas disse...

Vou brincar um pouquinho e mais uma vez "pagando" direitos de autor à Zazie, porque será que os "campónios", mesmo que sendo engenheiros gostam todos do reizinho? Serão remeniscências feudais?V.Exa. terá sido noutra encarnação, nobre de grande coutada? Os boches não têm rei, apesar da Dª Merkel ter pretensões a ser a nova Sissi!

Anónimo disse...

O próprio Rei é campónio... como o Príncipe Carlos... são campónios de referência... hehehe... acabei de colher salsa, ervilhas "meteoro" e "chifre-de-carneiro" quer coisa melhor?...-- JRF

zazie disse...

ehehehe pois é mesmo isso- porque a tradição está no campo, não está no asfalto.

zazie disse...

Os boches têm uma Imperatriz- a Bismerka

zazie disse...

Que por pouco não era meretriz

":OP

zazie disse...

Imperador, a tua imperatriz é por um triz que não se diz ser meretriz... e merecia.

Assim é mais giro, à Banda do Casaco

Lionheart disse...

A Monarquia é tradição, é História, é mística. Além disso é "chiquérrimo"! hehe Aqui o "campónio" gosta daquele "teatro" todo, da pompa e circunstância. Já que temos de gastar dinheiro com a representação do Estado, ao menos que esta seja bem feita, não?

Afinal de contas, qual é a "superioridade" da república? O povo pode escolher o presidente verdadeiramente? Não, pode votar nos fulanos que se podem candidatar, quase todos dependentes de partidos. Desde o Soares, que se comportava como um "paxá", passando pelo mediocre Sampaio, até ao intragável Cavaco, para não falar na tropa fandanga que se perfila para ser "presidenciável" nos próximos anos, qual é o entusiasmo de votar nisto? Os partidos do actual governo foram mais votados que o presidente.

Anónimo disse...

Venha lá uma nova guerra mundial, com epicentro na Europa central. Desde que os federalistas conquistem a sua utopia de uma Europa sem nações, unida por grande socialismo republicano-maçónico e, preferencialmente, gerida por um grande líder (como manda a história, francês ou alemão), é isso que importa, né? Mas cheira-me que os Alemães, depois da lição da última Guerra Mundial, não se deixarão embalar pela cantiga encantatória do império dos eurobonds (nem mesmo pela perspectiva assaz tentadora de assumirem o controlo das finanças de todas as anteriores nações europeias)