Como é que chegamos ao ponto a que chegámos? Deixem-me responder com uma palavra apenas:
SOCIALISMO
31 julho 2010
terrorismo
A "silly season" entrou na fase da idiotice: "Isabel Alçada quer acabar com os chumbos".
Enfim, desde há ano e meio que dou aulas no ensino superior e se há coisa que, nesta nova experiência, me tem chocado é a incompetência da generalidade dos alunos na escrita - a maioria não sabe escrever em português. A opinião generalizada é a de que a forma não interessa - só a substância é que é importante -, mas, raios, há limites!
Ora, segundo tenho lido, as maiores dificuldades dos estudantes portugueses centram-se no Português e na Matemática. E, aparentemente, nada se tem feito para combater estas lacunas, pois muitos alunos continuam a entrar na Faculdade com notas negativas naquelas disciplinas. Agora, se esta inusitada proposta da professora ministra for implementada, então, qualquer dia, os alunos ainda entrarão na Universidade pior que analfabetos. Na realidade, na minha opinião, o caminho adoptado deveria ser o inverso: ninguém deveria entrar no ensino universitário público com notas negativas - muito menos sem saber ler, escrever nem contar.
Infelizmente, serão os alunos aqueles que sairão mais penalizados, pois, neste mundo cada vez mais competitivo, as suas pseudo-competências nem para plantar batatas servirão. Do outro lado da balança, estarão os inconscientes que promovem estas medidas e que, em troca das estatísticas internacionais e da simpatia do povão, enterram o futuro do país. Caros leitores, perdõem-me a rudeza das palavras, mas estes senhores e senhoras que querem desclassificar e desqualificar o ensino em Portugal são terroristas e traidores. Estão a atentar contra Portugal.
30 julho 2010
Manel Zé
A "silly season" está aí - foi inaugurada com a conclusão do processo "Freeport" -, por isso, não vale a pena falar de assuntos sérios porque o país já foi de férias. Dediquemo-nos, pois, ao outro assunto tonto que enche páginas e páginas de jornais nesta época de veraneio: a canalhice que a Federação Portuguesa de Futebol se prepara para fazer ao Carlos Queirós.
Enfim, aqueles que aqui me leram durante o Mundial sabem que, na minha opinião, Carlos Queiroz não tem categoria para o cargo de seleccionador nacional. Mas aquilo que agora lhe estão a fazer é uma pulhice. Em vez de inventarem expedientes manhosos, paguem ao homem e mandem-no embora! E, de seguida, demita-se a direcção da Federação, pois esses são tão responsáveis quanto Queiroz - talvez até mais. E alguém que o faça já! Dr. Madaíl para a rua.
Entretanto, diz-se que Paulo Bento é quem irá suceder a Queiroz...Uma má escolha - na minha opinião. Eu até tenho alguma simpatia por Paulo Bento, mas que currículo apresenta este que justifique o cargo de seleccionador nacional? Nenhum! O seleccionador tem de ser um homem experimentado e vitorioso. Ora, tendo em conta que Mourinho ainda não está para aí virado, eu só vejo outro nome possível: Manuel José.
Paul, símbolo da decadência ocidental
O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, acusou Paul, o profético cefalópode, de estar ao serviço da propaganda ocidental e de ser um símbolo de superstição e de decadência.
A sardinha portuguesa poderá ser o próximo alvo de Ahmadinejad (Aqui-há-merda-já).
A sardinha portuguesa poderá ser o próximo alvo de Ahmadinejad (Aqui-há-merda-já).
contabilidade criativa II
O Ministério da Saúde (MS) vendeu (?) quatro hospitais de Lisboa a uma empresa do Estado, por 111,5 milhões de euros, dos quais foram usados 75 milhões para aumentar o capital de 18 hospitais EPE (Empresas Públicas Empresariais) e fazer face às suas dívidas. Entre as unidades vendidas, os hospitais de Santa Marta, São José e Capuchos vão ser integrados no novo Hospital de Todos os Santos, que deve abrir em 2013.
Via DN
Via DN
29 julho 2010
voltafaccia
Fevereiro de 2006
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, admitiu hoje a possibilidade de se encontrar um novo modelo de financiamento para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que seria pago em parte pelo utente.
Julho de 2010
O novo modelo de financiamento da saúde, proposto por Pedro Passos Coelho, revela "imaturidade e a toxicidade ideológica de alguns conselhos que recebe". (Artigo de ontem no Público)
PS: Correia de Campos, aparentemente, dirigiu a PPC as mesmas críticas que, na altura, recebeu de António Arnault:
"Vivemos num Estado social e não liberal", afirmou António Arnault, acrescentando que "um ministro de uma área tão sensível para um estado social como a saúde não pode dizer que o SNS está em vias de ser aniquilado".
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, admitiu hoje a possibilidade de se encontrar um novo modelo de financiamento para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que seria pago em parte pelo utente.
Julho de 2010
O novo modelo de financiamento da saúde, proposto por Pedro Passos Coelho, revela "imaturidade e a toxicidade ideológica de alguns conselhos que recebe". (Artigo de ontem no Público)
PS: Correia de Campos, aparentemente, dirigiu a PPC as mesmas críticas que, na altura, recebeu de António Arnault:
"Vivemos num Estado social e não liberal", afirmou António Arnault, acrescentando que "um ministro de uma área tão sensível para um estado social como a saúde não pode dizer que o SNS está em vias de ser aniquilado".
a Caritas é católica?
A Drª Manuela Silva, citada no post anterior, defende "uma política fiscal altamente redistributiva". Esta doutrina, contudo, é muito pouco católica. Desde logo porque a Igreja defende o direito à propriedade privada e considera o roubo e a inveja pecados capitais. Depois, porque o esbulho fiscal, mesmo que "justificado por fins sociais", compromete a caridade. E a caridade, como sabemos, é uma das maiores virtudes católicas.
Enfim!
Enfim!
a Caritas Portuguesa é vermelha
Para a Drª Manuela Silva, professora universitária aposentada e porta-voz da Caritas Portuguesa, a pobreza “é criada pelo funcionamento de um sistema económico e social injusto que produz exclusão” (artigo do Público).
Tenho de concordar, se não fossemos um País socialista, teríamos menos pobres.
saúde em foco
As transferências para o Serviço Nacional de Saúde cresceram 7,5% no primeiro semestre deste ano, refere o parecer técnico da UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) à execução orçamental dos primeiros seis meses.
Via DN
Via DN
28 julho 2010
coitus interruptus
A saga da Vivo encaixa perfeitamente num padrão a que José Sócrates já nos habituou. Muita garganta, muita treta, para depois tudo terminar sem um clímax correspondente às expectativas criadas.
Foi assim com as férias judiciais, com a avaliação dos professores, com o encerramento das urgências, com dezenas de projectos que nunca saíram do papel e até está a ser assim com as portagens. O primeiro-ministro simula entradas de leão e acaba com saídas de sendeiro.
É uma governação sem concretização, uma espécie de "coitus interruptus".
mierda oficialista
Para quando, em Portugal, um programa que "compense a mensagem hegemónica contra o governo do PS", no estilo do 6-7-8.
27 julho 2010
26 julho 2010
homem do mundo e cavalheiro
Letters to His Son on the Art of Becoming a Man of the World and a Gentleman, 1746-47
- Os custos são execráveis, o prazer é momentaneo e a posição é ridícula.
Lord Chesterfield sobre o sexo.
- Os custos são execráveis, o prazer é momentaneo e a posição é ridícula.
Lord Chesterfield sobre o sexo.
exercício de cinismo
If you tried to test the safety of cars or children’s toys using the same method the European Union applied in its stress tests on banks, you would end up in jail. How so? Simply because the testing mechanism was calibrated to fix the result. The purpose of the exercise was to ensure that the only banks that failed it were those that would have to be restructured anyway.
At the same time, the supposedly clever idea was to demonstrate to the outside world that the rest of the banking system remained sound. The purpose of this cynical exercise was to pretend that the EU was solving a problem, when in fact it was not.
25 julho 2010
défice nos 10% ?
«Ainda esta semana se soube que, afinal, os dados dos primeiros seis meses da execução do orçamento em Portugal mostram que a despesa primária cresceu outra vez, de modo a pôr em causa os objectivos que estavam traçados para o final do ano»
Pedro Passos Coelho
Pedro Passos Coelho
24 julho 2010
carga fiscal e crescimento económico
A recent study of 44 major fiscal adjustments in developed nations since 1975 found that a one-percentage-point increase in taxes as a portion of GDP cuts annual economic growth by an average of 0.9 percentage points. Reducing government expenditures by one percentage point, in contrast, increasesaverage annual growth by 0.6 percentage points.
Via RCP
Artigo citado em PDF
Via RCP
Artigo citado em PDF
nada em excesso
No Templo de Apolo, em Delfos, há algumas inscrições atribuídas aos sete sábios gregos. As mais conhecidas são:
- Conhece-te a ti próprio.
- Nada em excesso.
- Faz uma promessa e livra-te do mal.
Estas máximas permitiram a civilização. Ignorá-las é regressar á barbárie.
- Conhece-te a ti próprio.
- Nada em excesso.
- Faz uma promessa e livra-te do mal.
Estas máximas permitiram a civilização. Ignorá-las é regressar á barbárie.
o indivíduo
Para o melhor ou para o pior, os pais têm pouco poder para influenciar os seus filhos. Por isso não devem precipitar-se a assumir todas as culpas - ou créditos - por tudo aquilo em que os filhos se transformam.
PS: Os pais, a família alargada, os amigos, a escola, a universidade, os reformatórios, a prisão...
nem na velha URSS
O Ministério da Educação anunciou ontem a conclusão do processo de reordenamento da rede escolar para o ano lectivo 2010/2011, acrescentando ter chegado a acordo com os municípios para o encerramento imediato de 701 escolas do 1.º ciclo, mais 200 do que o inicialmente previsto. Em Setembro, cerca de dez mil alunos vão por isso começar o ano em novos centros escolares e edifícios que, no entanto, poderão não ser os definitivos.
Via Público
Via Público
22 julho 2010
ignorância atrevida
As atribuições das ordens profissionais não se destinam a defender e promover os interesses de qualquer classe profissional, como maliciosamente se insinua no CC:
"O bastonário da Ordem dos Advogados existe, isso sim, para defender e promover os interesses particulares da classe profissional que representa."
Bastaria ler o respectivo estatuto para não demonstrar tanta ignorância atrevida.
Atribuições da Ordem dos Advogados
Constituem atribuições da Ordem dos Advogados:
a) Defender o Estado de direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e colaborar na administração da justiça;
b) Assegurar o acesso ao direito, nos termos da Constituição;
"O bastonário da Ordem dos Advogados existe, isso sim, para defender e promover os interesses particulares da classe profissional que representa."
Bastaria ler o respectivo estatuto para não demonstrar tanta ignorância atrevida.
Atribuições da Ordem dos Advogados
Constituem atribuições da Ordem dos Advogados:
a) Defender o Estado de direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e colaborar na administração da justiça;
b) Assegurar o acesso ao direito, nos termos da Constituição;
+ interesses
Os escritórios de advogados vão ter de mobilizar os seus melhores recursos para a guerra jurídica entre a Telefónica e a PT. Convinha que para esta dita "guerra", a PT seleccionasse uma equipa jurídica que conheça bem o pensamento estratégico do primeiro-ministro. Esta opção, longe de favorecer qualquer sociedade de advogados em particular, pode ser decisiva para o desfecho da contenda.
Capiche?
Capiche?
maná jurídico
A ameaça de guerra jurídica entre a Telefónica e a Portugal Telecom subiu de tom ontem, depois de a empresa espanhola contratar mais uma sociedade de advogados para esse efeito e dizer que se prepara para processar juridicamente a própria administração da PT.
Horas depois, a equipa de Granadeiro e Zeinal respondeu dizendo-se segura da sua posição, mas evitando o tom agressivo de respostas anteriores. Até porque, entretanto, a PT continua a trabalhar num cenário de solução na disputa pela Vivo.
O tom de hostilidade da Telefónica volta assim a aumentar.
Via JN
Horas depois, a equipa de Granadeiro e Zeinal respondeu dizendo-se segura da sua posição, mas evitando o tom agressivo de respostas anteriores. Até porque, entretanto, a PT continua a trabalhar num cenário de solução na disputa pela Vivo.
O tom de hostilidade da Telefónica volta assim a aumentar.
Via JN
21 julho 2010
Has José Sócrates lost his mojo?
Sócrates e o secretariado do PS parecem "instrumentalizados" pela estratégia de Passos Coelho.
Acentuar a fractura entre o PS e o PSD, francamente, só pode contribuir para ajudar o PSD a conquistar uma maioria absoluta nas próximas eleições. A populaça está tão farta dos socialistas que apoiará mais facilmente um partido que acentue as diferenças do que um que valorize as semelhanças.
A resposta desastrada de José Sócrates à proposta de revisão constitucional do PSD, só pode reflectir desespero e falta de sentido político. O líder está a claudicar...
- José has lost his “mojo”!
20 julho 2010
o cobrador do fraque
Jornal da Angola apelida comitiva presidencial de "cobradores do fraque".
PS: Dica de um comentário de Ricciardi.
PS: Dica de um comentário de Ricciardi.
debt trap II
Como caímos na ratoeira do débito...
- Não querem um instituto nacional de emergência médica? O dinheiro não foi bem gasto?
- Não querem um instituto nacional de emergência médica? O dinheiro não foi bem gasto?
acabem com as contrapartidas
Acabar com as contrapartidas seria um contributo excelente para diminuir a corrupção. Aqui está um ponto em que o PSD se poderia diferenciar do PS, incluindo esta ideia no seu projecto de governo.
19 julho 2010
o reino da estupidez
Noise officers managed to contact the partygoers via the entryphone, at which point it was discovered that the property's owner, Madonna, was not present.
A noise abatement notice was served on the revellers by posting it through the letterbox, after which the music stopped.
A further notice addressed to the owner was handed to staff in person the following day.
Westminster City Council said the case is unlikely to go to court, but warned that any further offences could see Madonna summoned to appear before magistrates.
Via Telegraph
A noise abatement notice was served on the revellers by posting it through the letterbox, after which the music stopped.
A further notice addressed to the owner was handed to staff in person the following day.
Westminster City Council said the case is unlikely to go to court, but warned that any further offences could see Madonna summoned to appear before magistrates.
Via Telegraph
o último a saber
A encomenda de cerca de dois mil milhões de euros de aerogeradores pela EDP à Vestas apanhou de surpresa José Sócrates, que não gostou de saber que o negócio não tinha contrapartidas para a economia nacional e passava ao lado do cluster eólico nacional.
Via Público
Via Público
18 julho 2010
inconciliável
Inconciliável:
1) Abertura económica na UE
2) UEM
3) Estado-Providência
"Muitas das coisas magníficas que queremos fazer são difíceis de conciliar..."
Luciano Amaral
1) Abertura económica na UE
2) UEM
3) Estado-Providência
"Muitas das coisas magníficas que queremos fazer são difíceis de conciliar..."
Luciano Amaral
iliberal?
Poderá o capitalismo iliberal constituir uma alternativa credível à democracia liberal e capitalista?
Alguns intelectuais pensam que sim. Eu penso que não, por todas as razões que aqui expus e mais estas.
Trata-se de um debate muito interessante que poderá dar alguns contributos para a evolução do nosso sistema político.
democracia liberal e capitalista
Um mercado de bens e serviços depende de um mercado de ideias. Por outras palavras, mercados económicos livres funcionam muito melhor quando enquadrados por um “mercado político” livre, porque o exercício pleno da liberdade económica depende do acesso à informação, à justiça e a um jornalismo independente, da liberdade de expressão, de reunião, de um acesso amplo ao ensino e de liberdade para viajar e negociar.
Ian Bremmer
17 julho 2010
racismo
A mortalidade infantil em África é de 88/1000, enquanto na Europa e nos EUA é de 5/1000 (nascimentos). Obviamente, a procriação é muito importante para a sobrevivência das populações e este factor tem de ser tido em linha de conta quando se estigmatiza a alegada homofobia dos africanos.
Na minha opinião, os que fazem esta crítica aos africanos são apenas racistas com uma mentalidade colonial.
Na minha opinião, os que fazem esta crítica aos africanos são apenas racistas com uma mentalidade colonial.
16 julho 2010
pobreza em Portugal
O primeiro-ministro reclamou esta quinta-feira para o Governo os louros pela redução da pobreza em Portugal. No dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o país alcançou em 2009 a mais baixa taxa de pobreza de sempre.
PS: E quando tivermos todos um rendimento idêntico ao RSI (Rendimento Social de Inserção) deixará de existir pobreza. Como é óbvio.
PS: E quando tivermos todos um rendimento idêntico ao RSI (Rendimento Social de Inserção) deixará de existir pobreza. Como é óbvio.
a ratoeira do débito
O chamado “debt trap” (que eu traduzi por ratoeira do débito) é uma situação de endividamento excessivo que força ao recurso a novos empréstimos para pagar os encargos com os que já existem.
As empresas, ou particulares, caiem na ratoeira do débito quando estão demasiado alavancadas financeiramente e as perspectivas de crescimento não permitem diminuir o peso da dívida.
Sem recursos para investir e crescer, as entidades que caiem na ratoeira do débito limitam-se a produzir para os credores, até estes se consciencializarem da precariedade da situação e fecharem a torneira. Abre-se então um processo de falência.
É muito claro, actualmente, que os nossos dirigentes políticos (não lhes vou chamar líderes) arrastaram o País para esta situação de “debt trap”.
As empresas, ou particulares, caiem na ratoeira do débito quando estão demasiado alavancadas financeiramente e as perspectivas de crescimento não permitem diminuir o peso da dívida.
Sem recursos para investir e crescer, as entidades que caiem na ratoeira do débito limitam-se a produzir para os credores, até estes se consciencializarem da precariedade da situação e fecharem a torneira. Abre-se então um processo de falência.
É muito claro, actualmente, que os nossos dirigentes políticos (não lhes vou chamar líderes) arrastaram o País para esta situação de “debt trap”.
não ter cabeça
Só quem não tem coração é que não tem saudades da velha URSS, mas para desejar voltar à velha URSS não chega ter coração, é preciso não ter cabeça.
Vladimir Putin
Vladimir Putin
15 julho 2010
a melhor definição
O que é capitalismo?
O capitalismo é o que as pessoas fazem quando as deixam em paz.
Kenneth Minogue
O capitalismo é o que as pessoas fazem quando as deixam em paz.
Kenneth Minogue
Dona Branca de Valbom
...
"Apesar de haver pessoas que ainda não foram ressarcidas a maior parte já o foi", disse o juiz, acrescentando que os próprios "arguidos têm contribuído para que assim aconteça". No entanto, vincou, a sentença tem sobretudo a ver com o tempo que já decorreu e com o seu comportamento ao longo dos anos", "a lei é assim aplicada neste momento, não o seria há oito anos atrás".
Aos juristas:
O prolongamento dos processos (8 anos ?) pode ser invocado para benefício dos criminosos? Do género, ficou provado que durante estes oito anos o assassino não matou mais ninguém. Se o julgamento tivesse sido mais célere, o réu não tinha beneficiado deste factor...
"Apesar de haver pessoas que ainda não foram ressarcidas a maior parte já o foi", disse o juiz, acrescentando que os próprios "arguidos têm contribuído para que assim aconteça". No entanto, vincou, a sentença tem sobretudo a ver com o tempo que já decorreu e com o seu comportamento ao longo dos anos", "a lei é assim aplicada neste momento, não o seria há oito anos atrás".
Aos juristas:
O prolongamento dos processos (8 anos ?) pode ser invocado para benefício dos criminosos? Do género, ficou provado que durante estes oito anos o assassino não matou mais ninguém. Se o julgamento tivesse sido mais célere, o réu não tinha beneficiado deste factor...
14 julho 2010
não se bastam a si mesmos
Quando era miúdo passava largos dias do ano, invariavelmente os dois meses das chamadas “férias grandes”, de papo para o ar numa praia do Norte de Portugal, na companhia sempre presente, amiga de tutelar dos meus Pais.
Uma das coisas que mais me entusiasmava, a mim e à miudagem em geral, eram as compras que fazíamos aos vendedores ambulantes, que vendiam um pouco de tudo, desde os gelados da Olá (com prémio nos pauzinhos...), à bolacha americana, às bolas de Berlim e outros pastéis de confecção medíocre, pipocas, rissóis e croquetes, dropes e pirolitos, e muitas outras “porcarias” do género que faziam a alegria da pequenada.
Os produtos nem sempre estavam nas melhores condições (sobretudo os gelados, que derretiam sob um sol, às vezes, abrasador, guardados que estavam em arcas frigoríficas ambulantes de fraca qualidade), uma vez por outra tinham um aspecto pouco recomendável, mas entre mim, criança, e os produtos vendidos estavam os meus pais, adultos sensatos, que quando viam que as coisas podiam oferecer algum perigo para a minha saúde pura e simplesmente não as compravam
Em muitos anos de praia que vivi em criança e da muita “porcaria” que por lá comi, nunca me sucedeu ter contraído qualquer doença ou sofrido um achaque que resultasse desse consumo. Da muita primalhada e crianças amigas que tinha e que faziam praia connosco também não tive notícia de dramas dessa espécie. Não me parece, portanto, que a venda ambulante de produtos alimentares nas praias possa constituir uma ameaça à saúde pública que justifique qualquer intervenção dos poderes soberanos. Do que tenho conhecido no turismo balnear que venho fazendo em adulto, desde algumas praias da Europa, às da América do Sul, constato que o sistema é universal e que ninguém reclama em parte alguma a intervenção do ius imperii para ser autorizado a comer um gelado, um pastel, uma bola de Berlim sob o sol quente de uma praia.
Em Portugal, as coisas parecem ter, entretanto, mudado. Hoje, o estado considera-se intermediário necessário entre o consumidor e o vendedor de produtos alimentares vendidos nas praias. Já não chegam o juízo e o bom senso das pessoas, desde logo dos pais e adultos responsáveis pelas crianças: o estado regulamenta as saquinhas onde os produtos são vendidos, fiscaliza o seu estado de conservação no momento da venda, verifica se os tributos devidos estão pagos e assegurados. Para isso dispõe de uma burocracia própria à mediação destas complexas relações sociais, a quem deve pagar para assegurar esta importante intervenção pública.
O que estranho em tudo isto é a forma passiva e nalguns casos entusiástica com que muitos portugueses aceitam mais esta perda de espontaneidade social (vd., por exemplo, a caixa de comentários deste post). Estranho, mas não me espanto. Na verdade, não é por acaso que estamos como estamos. De há muito para cá que os portugueses declinam responsabilidade pessoal em tudo o que fazem, e aguardam que o estado os substitua em todas as dimensões da sua existência: até mesmo para comerem bolas de Berlim nas praias de Portugal os portugueses não se bastam a si mesmos.
Uma das coisas que mais me entusiasmava, a mim e à miudagem em geral, eram as compras que fazíamos aos vendedores ambulantes, que vendiam um pouco de tudo, desde os gelados da Olá (com prémio nos pauzinhos...), à bolacha americana, às bolas de Berlim e outros pastéis de confecção medíocre, pipocas, rissóis e croquetes, dropes e pirolitos, e muitas outras “porcarias” do género que faziam a alegria da pequenada.
Os produtos nem sempre estavam nas melhores condições (sobretudo os gelados, que derretiam sob um sol, às vezes, abrasador, guardados que estavam em arcas frigoríficas ambulantes de fraca qualidade), uma vez por outra tinham um aspecto pouco recomendável, mas entre mim, criança, e os produtos vendidos estavam os meus pais, adultos sensatos, que quando viam que as coisas podiam oferecer algum perigo para a minha saúde pura e simplesmente não as compravam
Em muitos anos de praia que vivi em criança e da muita “porcaria” que por lá comi, nunca me sucedeu ter contraído qualquer doença ou sofrido um achaque que resultasse desse consumo. Da muita primalhada e crianças amigas que tinha e que faziam praia connosco também não tive notícia de dramas dessa espécie. Não me parece, portanto, que a venda ambulante de produtos alimentares nas praias possa constituir uma ameaça à saúde pública que justifique qualquer intervenção dos poderes soberanos. Do que tenho conhecido no turismo balnear que venho fazendo em adulto, desde algumas praias da Europa, às da América do Sul, constato que o sistema é universal e que ninguém reclama em parte alguma a intervenção do ius imperii para ser autorizado a comer um gelado, um pastel, uma bola de Berlim sob o sol quente de uma praia.
Em Portugal, as coisas parecem ter, entretanto, mudado. Hoje, o estado considera-se intermediário necessário entre o consumidor e o vendedor de produtos alimentares vendidos nas praias. Já não chegam o juízo e o bom senso das pessoas, desde logo dos pais e adultos responsáveis pelas crianças: o estado regulamenta as saquinhas onde os produtos são vendidos, fiscaliza o seu estado de conservação no momento da venda, verifica se os tributos devidos estão pagos e assegurados. Para isso dispõe de uma burocracia própria à mediação destas complexas relações sociais, a quem deve pagar para assegurar esta importante intervenção pública.
O que estranho em tudo isto é a forma passiva e nalguns casos entusiástica com que muitos portugueses aceitam mais esta perda de espontaneidade social (vd., por exemplo, a caixa de comentários deste post). Estranho, mas não me espanto. Na verdade, não é por acaso que estamos como estamos. De há muito para cá que os portugueses declinam responsabilidade pessoal em tudo o que fazem, e aguardam que o estado os substitua em todas as dimensões da sua existência: até mesmo para comerem bolas de Berlim nas praias de Portugal os portugueses não se bastam a si mesmos.
Ói
Brasileira prepara-se para lançar ataque cibernético, contra Portugal, através da Vivo.
- Rui, po' favô, salve a gente desta loucura.
- Rui, po' favô, salve a gente desta loucura.
até que enfim
Finalmente, alguém conseguiu explicar o interesse estratégico nacional na Vivo:
Tendo isto presente, os portugueses devem tirar lições do ataque da espanhola Telefonica sobre o controlo da VIVO pela PT - uma empresa de telecomunicações que é, obviamente, de interesse estratégico nacional, numa era em que a segurança das infra-estruturas críticas pode estar à mercê de um ataque cibernético.
AG no Causa Nossa
O uso da golden share destinou-se a garantir a segurança de infra-estruturas críticas contra possíveis ataques cibernéticos. Já posso dormir tranquilo.
Tendo isto presente, os portugueses devem tirar lições do ataque da espanhola Telefonica sobre o controlo da VIVO pela PT - uma empresa de telecomunicações que é, obviamente, de interesse estratégico nacional, numa era em que a segurança das infra-estruturas críticas pode estar à mercê de um ataque cibernético.
AG no Causa Nossa
O uso da golden share destinou-se a garantir a segurança de infra-estruturas críticas contra possíveis ataques cibernéticos. Já posso dormir tranquilo.
um país de psicopatas
Via José Manuel Fernandes e Blasfémias, tomei conhecimento de uma operação de apreensão e destruição de 500 criminosas bolas de Berlim nas praias portuguesas do Algarve. A natureza do «crime» dos vendedores ambulantes reside, segundo uma soi-disant «Autoridade Marítima do Sul», no exercício ilegal da actividade (não pagam impostos sobre os pastéis clandestinamente vendidos, os bandidos...), e no facto inqualificável das bolas de Berlim terem creme (como é possível!) e não estarem embaladas. Apreendida a delituosa mercadoria, foi a mesma imediatamente destruída, sem apelo nem agravo, como mandam as boas regras da burocracia higiénica e fascista que nos domina. Salvaram-se 500 banhistas, entre eles inúmeras criancinhas ranhosas, que certamente padeceriam dos horrores da desinteria, caso a Autoridade Marítima do Sul não tivesse intervindo pronta e zelosamente, a Bem da Nação. Moral da história: a mentalidade socialista reinante transformou Portugal e os portugueses num país e num povo de psicopatas e de imbecis. Provavelmente, sem recuperação possível.
13 julho 2010
ele bate-me porque gosta de mim
En comunicado divulgado tras el anuncio de Moody's, el Ministerio apuntó que la decisión de la agencia «ya era esperada» y explicó que ésta es una muestra de confianza en la estrategia de la política económica del Gobierno portugués al calificar como «estable» sus perspectivas.
PS: Presumo que um "upgrade" da dívida pública portuguesa seria uma má notícia...
PS: Presumo que um "upgrade" da dívida pública portuguesa seria uma má notícia...
RTP - ANTENA ABERTA
RTP - ANTENA ABERTA
"Temos uma Assembleia da República que funciona como um condomínio fechado (...) onde quem paga é quem está de fora e não quem está dentro."
"Temos uma Assembleia da República que funciona como um condomínio fechado (...) onde quem paga é quem está de fora e não quem está dentro."
insubmissão
As políticas radicais de Zapatero levam à insubmissão. Em muitos casos, as leis não são acatadas nas regiões.
a privatização do estado
Como é que o estado pode conferir poderes idênticos aos da polícia a uma empresa privada?
12 julho 2010
mas não impossível?
Do Público: "“Totalmente improvável.” Foi assim que o presidente da República, Cavaco Silva respondeu à previsão negra avançada pelo Nobel da Economia, Paul Krugman, veiculadas numa entrevista ao jornal “El País”."
Por estas declarações parece que Aníbal Cavaco Silva regressou aos tempos de comentador económico, do saudoso episódio da Lei de Gresham, e se esqueceu de que exerce agora as funções de Presidente da República. É certo que de uma república das bananas e numa função praticamente decorativa, mas mesmo assim...
imobiliário
Nos últimos meses, tenho passado uma boa parte do meu tempo de lazer a pesquisar o mercado imobiliário e a visitar apartamentos. Já aqui escrevi diversas vezes sobre o assunto e, aqueles que me têm lido acerca do tema, sabem qual é a minha opinião: existe em Portugal uma bolha estrutural no mercado imobiliário. A base factual que suporta a minha conclusão está na relação entre os preços dos imóveis e os salários anuais dos agregados familiares no nosso país - muito superior em Portugal comparado com o que se passa noutros países europeus. Contudo, a tese oficial é contrária à minha opinião e ainda hoje me recordo da forma eloquente que ouvi de Vítor Constâncio quando há um ano, numa conferência, rematou o assunto: "no boom then, no bust now!".
Assim, uma das minhas preocupações é encontrar factos que possam confirmar ou infirmar a minha conclusão. A este propósito, ainda no outro dia encontrei um conhecido, que trabalha na avaliação bancária, que colocado perante as minhas reservas sorriu e, de seguida, disparou: "tu és um daqueles a quem nós chamamos de 'powerpoints'". A mensagem era a seguinte: esquece esses rácios exóticos, esquece os números do INE, nada disso conta; o mercado tem de girar, por isso, os preços já corrigiram o que tinham a corrigir e a partir daqui é sempre a subir. Enfim, dei comigo a pensar "pois, pois, os números não contam até ao dia em que...". Despedi-me e regressei ao escritório ainda mais determinado a estudar os números.
Ora, da minha análise aos preços por metro quadrado dos principais concelhos do distrito do Porto - que incidiu sobre um universo composto por centenas de imóveis no Porto, Matosinhos e Gaia -, o meu diagnóstico é o seguinte: há várias freguesias onde, para certas tipologias, o preço por metro quadrado dos usados é superior ao dos novos!! Querem melhor sinal de bolha do que este?!? E agora, caros leitores, para além disso, metam na equação mais alguns elementos como, por exemplo, a redução na concessão de crédito à habitação, o aumento do desemprego e o facto de ser possível construir com qualidade por 700 euros mais IVA...e estão reunidos todos os condimentos para uma natural correcção dos preços. Enfim, eu cá estarei para comprar!
jóias no prego
In a tiny footnote in its annual report, the bank disclosed its unusually large holding of gold, compared with nothing the year before. The disclosure was a large factor in the correction of the gold price this week, which fell below $1,200 for the first time in more than a month.
...
Concerns hinged on whether the BIS could potentially sell on this vast cache of bullion in the event of a default, flooding the market with liquidity. It appears to have raised $14bn for whoever's been doing the swapping – small fry on the currency markets, but serious liquidity in the gold market.
...
Meanwhile, economists and gold market-watchers were determined to hunt down which bank is short of cash – curious about who is using their stash of precious metal for what looks suspiciously like a secret bailout.
At first it looked like the BIS was swapping gold with a troubled central bank. After all, the institution is the central bankers' bank and its purpose to conduct transactions with national monetary authorities.
Central banks in the troubled southern zone of Europe were considered the most likely perpetrators.
According to the World Gold Council, central banks in Greece, Spain and Portugal held 112.2, 281.6 and 382.5 tons of gold respectively in June – leading analysts to point fingers at Portugal, or a combination of the three.
Via Telegraph
detonator
O Jornal de Negócios cita hoje o empresário Joe Berardo que, ontem, em entrevista à Agência Lusa afirmou que uma das soluções para Portugal sair da actual crise financeira "passa pelo Governo nacionalizar tudo e começar tudo de novo".
O comendador Berardo já nos habituou a declarações bombásticas, mas esta ultrapassa todos os limites! Sugiro-lhe, pois, que ele próprio dê o exemplo e que deixe o seu pecúlio pessoal ser nacionalizado à conta do crédito que, segundo reza a imprensa, a CGD já lhe terá concedido. Enfim, que alguém queira ser o detonador de implosão nos bancos por onde vai passando isso é lá com cada um. Agora, que queiram fazer o mesmo ao país já é outra história. A resposta só pode ser uma: nem pensar!
11 julho 2010
capitalismo de estado
Excerto:
To illustrate the differences between a Soviet-style command economy and these various forms of capitalism, imagine a football game or soccer match. Command economics is a game in which the state tries to predetermine the final score by ensuring that all players, referees, and spectators faithfully perform their preassigned roles. It’s more a pageant than a sport. Post–Soviet Russian–style laissez-faire capitalism is a blood sport with few rules and referees who represent the competing interests of the spectators who wagered most on the outcome. The strongest dominate, and everyone else loses. Mixed capitalism is a game with referees who exist only to ensure proper enforcement of recognized rules and with players involved in genuine competition. Government’s only role is to ensure that the rules are written effectively and fairly. It’s an ideal, one to which most U.S. and European policy makers aspire. State capitalism is a match in which government controls most of the referees and enough of the players to improve its chances of determining the game’s outcome. Spectators profit from some limited level of genuine competition, but the state rigs the game to ensure that favored players have what they need to score the vast majority of points on its behalf.
o mistério da kultura
O Ministério da Cultura é o departamento governamental ao qual compete prosseguir uma política global e coordenada na área da Cultura e domínios relacionados. Tem, pois, por missão melhorar as condições de acesso dos cidadãos à Cultura e, ao mesmo tempo, defender e salvaguardar o património cultural, incentivando novas modalidades do seu conhecimento e fruição.
As funções do Ministério da Cultura traduzem-se, fundamentalmente, numa particular responsabilização no domínio das grandes infraestruturas indispensáveis ao desenvolvimento de uma política cultural coerente, consistente e eficaz, sem prejuízo da obrigação de valorizar a diversidade das iniciativas culturais que se desenvolvam na sociedade civil e, de igual modo, de estimular formas de cooperação não só com as entidades autárquicas e regionais mas também com agentes privados e com os cidadãos em geral.
10 julho 2010
o socialismo sem crédito
... é a primeira vez que vem a público uma recusa da banca em conceder crédito a uma empresa pública. O que pode indiciar pouca fé na capacidade do Estado para liquidar as suas dívidas. Mas mostra, pelo menos, os problemas de financiamento da própria banca, incapaz de alimentar os pedidos de crédito.
Via DN
Via DN
09 julho 2010
08 julho 2010
ilegalidades
Na minha opinião, a grande notícia do dia de hoje não é a ilegalidade da golden share do Estado na PT, assim declarada há pouco pelo Tribunal de Justiça da União Europeia. Não. A grande notícia do dia de hoje é a outra (aparente) ilegalidade que o Governo se prepara para fazer já em Janeiro do próximo ano. Então, de acordo com a edição de hoje do Jornal de Negócios, o "Ministério das Finanças esclareceu ontem que a imposição de um tecto para o valor global das deduções e benefícios fiscais terá reflexo nas tabelas de retenção na fonte que se aplicarão logo no início de 2011".
Eu, confesso, não percebo o que é que uma coisa tem a ver com a outra, ou seja, a que propósito é que a limitação das deduções e dos benefícios fiscais tem de conduzir ao aumento das taxas de retenção na fonte?!? Enfim, que estas tenham aumentado em face da taxa adicional de IRS parece-me lógico, mas esta nova medida do Governo não faz sentido. São coisas totalmente distintas e a única interpretação que eu encontro é a seguinte: com a introdução de novas tabelas de retenção na fonte, o Governo está a assumir que todos os portugueses esgotam as deduções e benefícios fiscais que a lei fiscal lhes permite, o que, obviamente, não corresponde à realidade.
Mas, vamos lá ver, pode ser que eu esteja absolutamente equivocado naquilo que acabei de escrever e que, do ponto vista técnico, a proposta possa fazer sentido. Eu duvido e a avaliar pelo repúdio já manifestado pelo PSD - que viabilizou a taxa adicional de IRS em Junho - é provável que este Governo tenha entrado numa irremediável rota que apenas culminará no seu fim.
07 julho 2010
casamento gay
Se o objectivo é permitir que homem case com homem...então, por que é que um deles tem mamas e tenta passar por mulher?!
olympic share
Os chamados PIGS vão propor à UE uma medida revolucionária para refrear o ultraliberalismo global. Zapatero, que vai agendar com Durão Barroso uma reunião para debater este assunto, defenderá que a ONU passe a deter uma “golden share” em todas as instituições globais com uma capitalização bolsista superior a 10 B€.
O investimento é mínimo, cerca de 500 acções em cada multinacional, mas permitirá garantir uma estratégia de defesa do planeta e dos direitos consagrados na Carta dos Direitos Humanos da ONU, através do uso selectivo dos direitos especiais garantidos por estas acções.
Os PIGS propõem ainda que seja abandonada a designação “golden share” (pela associação ao vil metal) e sugerem que seja aberto um concurso para encontrar um nome consensual.
os marretas
- Desde que fui para o governo, o défice já ultrapassou os 10% e o desemprego já atingiu os 20%. Temos mais de 4 milhões de desempregados em Espanha...
- A culpa não é tua, é do neoliberalismo e da desregulação dos mercados.
- O Estado Social é cada vez mais necessário.
- Se é. Em Portugal, o défice está a aproximar-se do espanhol. No desemprego é que ainda levais vantagem.
- Camarada, quanto pior... melhor. Se não houvessem pobres acabava-se o socialismo.
- Não vai acontecer. Com o PEC vou conseguir aumentar o desemprego em 2 ou 3 pontos...
- Força camarada. Sem o Estado Social estávamos tramados.
- A culpa não é tua, é do neoliberalismo e da desregulação dos mercados.
- O Estado Social é cada vez mais necessário.
- Se é. Em Portugal, o défice está a aproximar-se do espanhol. No desemprego é que ainda levais vantagem.
- Camarada, quanto pior... melhor. Se não houvessem pobres acabava-se o socialismo.
- Não vai acontecer. Com o PEC vou conseguir aumentar o desemprego em 2 ou 3 pontos...
- Força camarada. Sem o Estado Social estávamos tramados.
Dr. Feelgood
“When I became the NASA administrator, [Obama] charged me with three things,” NASA head Charles Bolden told al-Jazeera. “One, he wanted me to help re-inspire children to want to get into science and math; he wanted me to expand our international relationships; and third, and perhaps foremost, he wanted me to find a way to reach out to the Muslim world and engage much more with dominantly Muslim nations to help them feel good about their historic contribution to science, math, and engineering.”
vade retro satana
Não contem comigo nem com o PS para pôr o neoliberalismo na nossa Constituição.
José Sócrates
José Sócrates
06 julho 2010
ahahahah
Governo espera melhoria da conjuntura financeira para privatizar REN.
PS: Os investidores estão escaldados com a Vivo...
PS: Os investidores estão escaldados com a Vivo...
Casa Real
Orçamento da Casa Real de Espanha 8,8 M€ (2010).
Orçamento da Presidência da República Portuguesa 17 M€
Orçamento da Presidência da República Portuguesa 17 M€
este é meu, este é teu...
O Diário Económico publica na sua edição de hoje uma notícia muito interessante, daquelas que vale a pena destacar. Pelos vistos, a Direcção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI), a fim de ajudar na redução do défice público, decidiu vender 100 imóveis onde se encontram sedeadas muitas das suas delegações por esse país fora. Porém, fê-lo ao abrigo de uma dessas curiosas manobras que a lei portuguesa ainda permite. Ou seja, primeiro, fê-lo por ajuste directo. E, segundo, fê-lo a uma outra empresa do Estado, a Estamo, uma participada da Parpública. O valor da transacção está estimado em 106 milhões de euros, que dá uma média de 1 milhão e pouco por imóvel, mas que não dá o preço por metro quadrado (ainda que seja provável que esta informação seja pública). No entanto, é por este tipo de promiscuidade que se devia alargar o perímetro de cálculo do défice público ao Sector Empresarial do Estado...
Infelizmente, nesta triste estória, há mais. Aparentemente, de acordo com a notícia, a DGCI, contra aquilo que é normal nestas circunstâncias, quer imputar à Estamo as obras de conservação ou de reparação estrutural que os referidos imóveis venham a necessitar. E, ainda, recusa-se a ser penalizada - em 4,5% ao ano sobre o valor dos imóveis - se, por acaso, se atrasar na celebração do contrato de arrendamento com a Estamo que, ao abrigo da transacção, terá de realizar até 30 de Junho do próximo ano. Ou seja, se eu bem entendi tudo isto, pode acontecer que os serviços da DGCI, tendo vendido o conjunto de imóveis e não sendo penalizadas por não concretizar o contrato de arrendamento associado à venda, ali permaneçam, ilegalmente, nas instalações que, entretanto, passaram a ser da Estamo. Porreiro, pá! Ai ai, este país...
Imprensa escrita (II)
A manchete de ontem do jornal "i" demonstra bem a encruzilhada em que se encontra a imprensa escrita em Portugal e a forma como todos, uns mais e outros menos, continuam em busca de uma solução para a crise que se vive no sector. Mas como, ainda esta manhã, comentava o proprietário da papelaria onde todos os dias compro os meus jornais, as publicações ditas "sérias" são cada vez menos procuradas. Hoje, excepcionalmente, comprei o Público - para ler a entrevista de Ricardo Salgado -, coisa que já não fazia há muitos meses. De resto, da minha rotina diária, constam apenas o "Jornal de Negócios" e o "Diário Económico", para além dos internacionais que, cada vez mais, gosto de ler.
Regressando ao "i" que nasceu envolto de grandes expectativas, mas que, recentemente, quase implodiu, ontem, decidiu jogar no campeonato do sensacionalismo publicando uma manchete - "Governo prepara maior corte de sempre nos salários da função pública" - que, mais tarde, revelou-se enganosa. Nesse artigo, o jornalista indicava que o Governo promoveria uma redução nominal da massa salarial pública em 4%, 2,4% e 2,6% em 2011, 2012 e 2013, respectivamente. Ou seja, dava a entender que seriam aquelas as reduções médias dos salários na função pública. Horas mais tarde, na sequência de uma conferência de imprensa do Governo, convocada exclusivamente para repudiar a insinuação daquela notícia, o "i" actualizava a notícia com um "follow up", mantendo um título semelhante, mas em que, a páginas tantas, já misturava salários nominais com o indexante de actualização. E hoje volta à carga com o mesmo assunto, mas explorando outra avenida que não a da massa salarial. Enfim, o "i" a tentar descalçar a bota...
Devo dizer o seguinte: estou francamente convencido de que, mais cedo ou mais tarde, a redução salarial irá mesmo acontecer, por isso, acredito que, eventually, o "i" terá razão. Mas isso não invalida a forma como a manchete foi dada, na minha opinião, exagerada, com o simples propósito de vender papel. De resto, não é a primeira que tal acontece, pois recordo-me de uma outra manchete no "i", a propósito do Banco Finantia, essa (ao contrário desta) totalmente injustificada e despropositada - a notícia já tinha dois meses - e que, na altura, resultou em forte (e justo) protesto daquele banco junto do director do "i". Ou seja, este estilo sensacionalista não me agrada e penso que não agradará à generalidade dos leitores dos jornais ditos "sérios". É um estilo que funciona em matérias de "faca e alguidar", como tão bem o faz o "Correio da Manhã" e, cada vez mais, o "Jornal de Notícias" e que, quiçá, é o único domínio onde a imprensa diária escrita conseguirá sobreviver. Agora, aquele mesmo estilo nos segmentos aos quais se dirigem o "Público" ou o "i" não sei não...
Enfim, eu insisto naquilo que já aqui escrevi antes: hoje em dia, os jornais, quer os diários quer os semanários, valem quase que exclusivamente pelos seus colunistas e editorialistas. Gente como o Pedro Guerreiro, o João Silva, o Camilo Lourenço, o Pedro Sousa Carvalho, o Daniel Amaral, o José Eduardo Moniz, o Miguel Sousa Tavares, o Miguel Monjardino, o Vasco Pulido Valente, o João Carlos Espada, o Eduardo Dâmaso, entre tantos outros que, sobre os mais variados temas, ainda, vão escrevendo na imprensa escrita. Quanto à pequena notícia, aquela que se encontra em todo o lado e que é actualizada minuto a minuto na internet, essa não tem rigorosamente interesse nenhum. Mas, infelizmente, é ainda este tipo de conteúdo que constitui a espinha dorsal da imprensa dita "séria". Por quanto tempo mais?
05 julho 2010
King Kavaco
Despesa dos contribuintes do Reino Unido com a família real - 0,75 € / pessoa.
Despesa dos contribuintes portugueses com a Presidência da República - 1,7 € / pessoa.
Agora leiam a notícia que o Ricardo citou no post anterior e tirem as vossas conclusões.
Despesa dos contribuintes portugueses com a Presidência da República - 1,7 € / pessoa.
Agora leiam a notícia que o Ricardo citou no post anterior e tirem as vossas conclusões.
os sacanas que nos governam
Foi a pressão de meia dúzia de boys da PT que querem continuar a gerir uma grande empresa e ter alguém a pagar as suas visitas mensais às amantes brasileiras. Pode parecer ridículo, mas é por isto (poder e putas para uma meia dúzia de sacanas) que se sacrifica a saúde financeira de um país inteiro.
CGP, no Insurgente
CGP, no Insurgente
04 julho 2010
tomem nota
Estamos asistiendo, me parece, a un hecho histórico: el derrumbamiento del socialismo como alternativa política, y de su obra más redonda y nociva, el Estado del Bienestar. El epicentro de este fenómeno se está produciendo en Alemania, que acaba de aprobar un ajuste sacrificial a pesar de que su déficit público apenas rebasará el 5% este año, la economía ha empezado a crecer y mantiene una tasa de paro relativamente baja. El recorte de los subsidios encadenados a los parados de larga duración o la supresión de algunas subvenciones obscenas como las ayudas para gastos de calefacción reflejan el disparate alcanzado por el Estado filantrópico en la patria de Bismarck. Estamos ante una buena noticia. Aunque costará tiempo, y probablemente sangre, sudor y lágrimas, la retirada dolorosa del Estado protector abrirá paso a la responsabilidad individual en el destino de la propia vida, incentivará la puesta en valor de las aptitudes y capacidades personales y promoverá la creación de riqueza.
El Estado afronta hoy una tarea distinta de la sopa boba: estimular la búsqueda de trabajo y promover a los emprendedores y los inversores que lo crean. Para eso habrá que bajar impuestos, liberalizar la economía y suprimir burocracia y regulación. Punto y final al socialismo.
é-pá-fodi-a
A epifania é um momento de revelação, um pensamento tão profundo e original que transforma a nossa visão do mundo.
E se uma tipa de repente nos abrir as pernas, não vale a pena filosofarmos. Não estamos perante qualquer originalidade que transforme o mundo ou a natureza humana. Se for boa...
- É-pá-fodi-a!
03 julho 2010
multiplicadores
Businesses create investment and jobs. I call it business power. And this power has been totally ignored in the debate over economic policy.
In a watershed study, former Treasury economists Gary and Aldona Robbins argued a few years ago that tax cuts aimed at capital and business produced the biggest economic benefits. For example, for every tax-cut dollar on capital gains, $10.61 of new GDP is created. For every dollar of accelerated business-investment tax write-offs, $9 of new GDP is created. And for every dollar of corporate tax cuts, $2.76 of new GDP is created.
This bang-for-the-buck analysis contrasts sharply with estimates for increased government spending. According to the White House, every dollar of new government spending creates about $1.50 of new GDP -- much weaker than the effects of business tax cuts. And the White House analysis looks like a stretch. The International Monetary Fund has a model that says every additional dollar of government spending creates only $0.70 of new GDP. So you have to borrow a buck to get 70 cents back. Not a good trade.
Clearly, neither of these spending multipliers holds a candle to the benefits of lower business tax rates. Incidentally, for deficit worriers, corporate tax cuts pay for themselves, as do lower tax rates on capital gains.
Via RCP
In a watershed study, former Treasury economists Gary and Aldona Robbins argued a few years ago that tax cuts aimed at capital and business produced the biggest economic benefits. For example, for every tax-cut dollar on capital gains, $10.61 of new GDP is created. For every dollar of accelerated business-investment tax write-offs, $9 of new GDP is created. And for every dollar of corporate tax cuts, $2.76 of new GDP is created.
This bang-for-the-buck analysis contrasts sharply with estimates for increased government spending. According to the White House, every dollar of new government spending creates about $1.50 of new GDP -- much weaker than the effects of business tax cuts. And the White House analysis looks like a stretch. The International Monetary Fund has a model that says every additional dollar of government spending creates only $0.70 of new GDP. So you have to borrow a buck to get 70 cents back. Not a good trade.
Clearly, neither of these spending multipliers holds a candle to the benefits of lower business tax rates. Incidentally, for deficit worriers, corporate tax cuts pay for themselves, as do lower tax rates on capital gains.
Via RCP
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