30 setembro 2007
este homem não falha 2
serve assim ou não?
constatar o óbvio
falhanço
a autoridade
contra o populismo
uma certa
esperança de vida
jamais
na tranquilidade e na certeza
muito católico
29 setembro 2007
excessos pecaminosos
irish family
o dono do laranjal
No primeiro caso, tem-se dito que Marques Mendes tinha «princípios», «coerência» e um «projecto político», e que, por isso, o seu partido era uma alternativa séria ao PS. Se os tinha, francamente, nunca os revelou. A sua oposição ao governo, onde devia contrapor o tal «projecto», praticamente não se sentiu durante estes quase três anos. Uma ou outra opinião de circunstância, quase sempre a reboque do que fazia o governo de Sócrates. Posições próprias, ideias e posições alternativas, não se viram. Por outro lado, são históricas as suas derrotas nos debates parlamentares com o primeiro-ministro, palco por excelência onde se exigia que brilhasse – pelo menos nos momentos de impopularidade, que foram muitos, do governo - e demonstrasse uma alternativa, ao ponto dos seus mais íntimos, como o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, referirem publicamente esses fracassos. De Mendes, em conclusão, não se esperava qualquer vitória eleitoral e, por conseguinte, é absurdo referir os seus «princípios políticos» e o seu «projecto coerente». Ainda que os tivesse, não lhe seriam úteis, por manifesta incapacidade de levar o partido para o governo. Neste aspecto, a liderança de Menezes, por pior que venha a ser, dificilmente colocará o PSD num patamar ainda mais baixo do que aquele que ele está. Não parece, por isso, que dela resulte grande drama.
Quanto a um eventual governo chefiado por Menezes, ainda que não seja possível fazer quaisquer previsões, tal e qual sucedia, de resto, com Mendes, há, porém, dois aspectos importantes a ter em conta. Primeiro, Menezes demonstrou ser um excelente gestor público na presidência da Câmara de Gaia, onde – onde, sejam quais forem as causas – tem obra e obra de excelente qualidade. Poderá dizer-se que gastou nela muito dinheiro, mas a verdade é que gastar muito dinheiro é o que todos os governantes fazem, quase sempre sem obra que o justifique. Segundo, há a ter em conta que, se Menezes não se apresenta publicamente com uma equipa de luxo donde possa sair a base de um futuro governo, há que dizer que a equipa de Mendes, ao fim destes dois anos e meio, é péssima. Nesta medida, se Menezes poderá vir a demonstrar-se incapaz de juntar gente de qualidade política para formar um governo capaz, Mendes já provara essa incapacidade.
Foi por estas razões que Menezes ganhou e Mendes perdeu. O PSD é um partido de poder, com aguçada intuição política. Já tinha percebido que com Mendes não ia lá. Vai agora experimentar Menezes. À partida, e ao invés do que por aí se diz, não se vê nada que possa condenar Menezes a um líder fracassado e transformar Mendes naquilo que ele nunca foi – um líder credível.
champions
o mais pobre do grupo
era
o Chile e a Irlanda
concentração
pode ser que lhes sirva de emenda
este homem não falha
«O comportamento de Luís Filipe Menezes conseguiu alargar aquilo que seria uma diferença muito mais apertada entre Marques Mendes e ele próprio», vaticinou o ex-líder do PSD.
Na opinião do professor, com esta atitude, o autarca de Gaia «reconheceu a derrota».
Do semanário Sol.
pedigree
28 setembro 2007
um brasileiro em Ottawa
a sua tolerância ao pecado
Barcelona
Ilustrarei este enviesamento cultural dos rankings com um dos índices que mencionei - o índice da qualidade de vida nas cidades, o qual é baseado em 39 indicadores que vão desde a disponibilidade de equipamentos recreativos até à estabilidade política. De acordo com este índice a melhor cidade do mundo é Zurique, seguindo-se Geneva, Vancouver, Viena, Auckland, Dusseldorf, Frankfurt, Munique, Berna e Sidney - todas pertencentes a países de cultura maioritariamente protestante. A excepção é Viena, situada num país católico que, não obstante, é um enclave entre países maioritariamente protestante.
A dezena seguinte inclui, por esta ordem, Copenhaga, Wellington, Amsterdão, Bruxelas, Toronto, Berlim, Melbourne, Luxemburgo, Ottawa e Estocolomo - todas ainda pertencentes a países de cultura predominantemente protestante.
As dez seguintes são Perth, Montreal, Nuremberga, Calgary, Hamburgo, Oslo, Dublin, Honolulu, S. Francisco e Adelaide - uma cidade de cultura católica, Dublin, embora um tanto desnaturada, metida como está entre países de cultura protestante.
A seguir, mais dez: Helsínquia, Brisbane, Paris, Singapura, Tóquio, Boston, Lyon, Yokohama, Londres e Kobe - aqui já encontramos duas cidades do país que define a fronteira entre cultura protestante e a cultura católica.
E agora as sete seguintes, sempre por ordem do ranking: Barcelona (41ª: urrahhh), Madrid (42ª: urrahhh), Osaka, Chicago, Washington, Portland e Lisboa (47ª: urrahhhh). Nem uma cidade italiana.
Eu interrogo-me se existe alguém, que não seja uma excepção, pertencente aos países de cultura católica, que deseje viver duradouramente (refiro-me a viver duradouramente, e não simplesmente visitar ou viver por um período curto) numa cidade como Helsínquia, Copenhaga, Vancouver, mesmo Zurique ou Geneva, Bruxelas, Oslo, de preferência a uma cidade como Barcelona, Madrid, Florença, Roma, ou mesmo Lisboa e Porto.
Em Toronto, com sete meses de neve por ano e temperaturas médias de 20 graus negativos? Em Oslo, onde os empregados dos restaurantes põem os clientes na rua às dez da noite porque é hora de fechar? Em Ottawa, onde é proibido beber alcool a partir da uma manhã e, por isso, não há sequer discotecas abertas depois dessa hora? Em Geneva, onde não se pode assar sardinhas porque o vizinho da casa ao lado faz queixa à polícia? Em Boston, onde quem puxar de um cigarro é olhado como um criminoso? Em Singapura, onde fumar um charro significa ir longos anos para a cadeia? Em Bruxelas, essa cidade de burocratas e chuva miudinha permanente? Em Estocolomo, onde no inverno é noite todo o dia e, no verão, dia toda a noite? Em Helsínquia, onde no restaurante, após o jantar, se pedir um digestivo que seja típico do país, lhe servem um grande copo com uma bebida a saber a cereja e, ainda por cima, quente?
São estas as boas cidades? Nem uma italiana, só duas espanholas, só uma portuguesa?
Enfim, se os indicadores e os rankings fossem elaborados por analistas de países de tradição católica, as cidades portuguesas seriam muito mais valorizadas e Portugal, ele próprio, estaria muito melhor classificado do que cerca da 30ª posição do ranking dos melhores países do mundo. Na realidade, no meu próprio ranking, os três melhores países do mundo para (eu) viver são, por esta ordem: Espanha, Portugal e Itália. E, a seguir, está o Brasil.
Alguém acredita?
?
a vida é curta
pobreza
estão agora
De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano, o país menos desenvolvido do mundo - o último, portanto, na lista de cerca de duzentos - é a Nigéria, aparecendo em 5º lugar (a contar do fim) a Guiné-Bissau, em 10º Moçambique e em 17º Angola. Três ex-colónias portuguesas estão agora entre os 20 países menos desenvolvidos do mundo.
com o estrangeiro
generoso
Académica
vida
27 setembro 2007
...e liquidez
líquido...
emigrantes
nervous drivers
poluição
crazy drivers
na hora
entertainment
Portugal é o 13º país do mundo a possuír televisores (98.7 por cada cem habitações). O primeiro é a Bélgica (99.8).
Portugal é também o 19º no mundo a possuír leitores de CD (43 por cada cem habitações), sendo o primeiro a Noruega (89.5).
Portugal é ainda o 19º país do mundo em que as pessoas mais vezes vão ao cinema (1.6 visitas por pessoa por ano). O primeiro é a Nova Zelândia (7.7).